Missa de ação de graças: Wojtyla é um santo da família, da paz e da defesa da vida
Cidade do Vaticano (RV) – “S. João Paulo II, reze pela Igreja que você tanto amou e impulsionou corajosamente na senda da fidelidade heroica a Jesus”: palavras do Arcipreste da Basílica Vaticana, Card. Angelo Comastri, na missa de ação de graças presidida esta manhã, na Praça S. Pedro, com a participação de cerca de 80 mil fiéis e peregrinos, sobretudo oriundos da Polônia.No início de sua homilia, o Card. Comastri recordou uma das imagens mais marcantes do dia do funeral de Karol Wojtyla, com o vento que esfolheava o Evangeliário sobre o seu caixão. Nesta imagem, afirmou, está a resposta do porquê este Papa foi tão amado, “pois toda a sua vida foi uma contínua obediência ao Evangelho de Jesus.
Citando o próprio João Paulo II, que dizia que os santos não devem ser aplaudidos, mas imitados, o Card. Comastri identificou alguns aspectos que devem servir hoje de inspiração a todos os católicos. O primeiro deles, a coragem que teve Wojtyla de defender a família, com inúmeros documentos, discursos e ações.
Depois, o Arcipreste ressaltou a luta em defesa da vida humana de João Paulo II, “numa época em que está se difundindo a cultura do descartável, como mais vezes se expressou o Papa Francisco. Sim, na atual penúria de amor, os mais fracos são descartados porque o egoísmo não os suporta, mas os sente como um peso. Fato terrível: sinal de uma regressão de civilidade”.
A fé corajosa de João Paulo II, ressaltou ainda o Cardeal, não parou aqui. O Papa polonês teve a coragem de defender a paz, enquanto sopravam ventos de guerra, como nas duas guerras do Golfo.
Teve a coragem também de ir ao encontro dos jovens “para libertá-los da cultura do vazio e do efêmero, e para convidá-los a acolher Cristo, única luz da vida. Os jovens de todo o mundo reconheceram em João Paulo II um verdadeiro pai, um guia autêntico, um educador leal”.
E a coragem de viver diante de todo o mundo a alegria de ser sacerdote, de pertencer a Cristo e de viver totalmente pela causa do seu Reino.
Por fim, João Paulo II teve a coragem de enfrentar “o inverno mariano” que caracterizou a primeira fase pós-conciliar.
O Card. Comastri então concluiu: “S. João Paulo II, reze pela Igreja que você tanto amou e impulsionou corajosamente na senda da fidelidade heroica a Jesus. São João Paulo reze por nós, para que unidos com o Papa Francisco formemos um só coração e uma só alma, para que o mundo creia”.
Já na saudação aos fiéis, o Arcebispo de Cracóvia, Card. Stanislao Dziwisz, definiu João Paulo II “filho da terra polonesa, o Papa da Divina Misericórdia" que, "que deu vida às decisões do Concílio e introduziu a Igreja no terceiro milênio da fé cristã”. O Card. Dziwisz, que durante 40 anos foi secretário de Karol Wojtyla, concluiu recordando que para o Papa polonês a Itália “se tornou uma segunda pátria. Hoje, certamente, João Paulo II a abençoa do alto, assim como abençoa a Polônia e o mundo inteiro. No seu coração, encontraram lugar todas as nações, as culturas e as línguas".
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