Caros diocesanos. No retiro do Presbitério, em 2014, nosso assessor, Pe Flávio Martinez, da Arquidiocese de Pelotas/RS, foi convidado a orientar-nos sobre o tema pastoral do ano: Iniciação à Vida Cristã, junto com o texto bíblico referencial dos Discípulos de Emaús (Lc 24, 13-35), destacando a frase: “O que andam conversando pelo caminho?” (Lc 24, 17).
Quando um retirante acolhe a luz do Espírito Santo e participa com empenho generoso dos diversos momentos de um retiro, certamente, abre-se o caminho para um frutuoso exercício espiritual. Não foi diferente, em Vale Vêneto – São João do Polesine/RS. Uma das palavras mais destacadas nas exposições, desde o começo, foi “Caminho”, motivada pelo texto bíblico referencial, em que Jesus aparece aos discípulos de Emaús e caminha com eles, revelando-se aos poucos como o Ressuscitado. Nas reflexões pessoais fui percebendo o quanto esse termo é importante na vida de Jesus e, conseqüentemente, na vida dos seus discípulos, da sua Igreja e de cada um de nós. Não é por nada que Jesus é apresentado no Evangelho de São João como Aquele que se identifica com “o Caminho”. Quando o apóstolo Tomé pergunta: “Senhor, não sabemos para onde vais. Como podemos conhecer o caminho?” Jesus responde: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida” (Jo 14, 5-6). O mesmo sentido é usado por Lucas nos Atos dos Apóstolos, quando ele narra a perseguição de Saulo nas comunidades cristãs: “Saulo apresentou-se ao sumo sacerdote e pediu-lhe cartas de recomendação para as sinagogas de Damasco, a fim de trazer presos para Jerusalém os homens e mulheres que encontrasse, adeptos do Caminho” (At 9, 1-2). Os primeiros cristãos já consideravam Jesus como o Caminho, aquele que conduz à comunhão com Deus, ou seja, Jesus Cristo é o caminho do divino que vem ao encontro do humano e que possibilita ao humano encontrar-se com o divino. É o sentido teológico da festa natalina. A liturgia fala em troca de dons entre o céu e a terra.
Poderíamos usar ainda outros textos bíblicos que apresentam essa dinâmica peregrina, presente em toda vida de Jesus, que pode ser resumida num longo Caminho, desde Belém até Jerusalém, convidando permanentemente discípulos missionários e discípulas missionárias, em todos os tempos, para segui-lo. Agora chegou a nossa vez. O Papa Francisco fala em “Igreja em saída”, isto é, uma Igreja a caminho missionário!
Estamos no tempo do Natal e ainda desejo apresentar o que São Francisco de Assis, o criador do presépio, em Greggio – Itália - escreveu sobre o nascimento de Jesus que, segundo ele aconteceu a caminho: “Um Menino santíssimo e dileto nos foi dado e nasceu por nós (cf. Is 9, 6) no caminho e foi colocado no presépio (cf. Lc 2, 7) porque ele não tinha um lugar na hospedaria (cf. Lc 2, 7)” (Ofício da Paixão do Senhor, 5ª parte – No Tempo do Natal do Senhor, 7). Sim, Jesus nasceu no caminho, na realidade dos pequenos de sua época, numa gruta de animais, nos arredores de Belém, recebendo a visita de humildes pastores.
No Natal de 2014 o Senhor quer nascer no caminho de nossa vida, em nossa realidade concreta: nosso coração, família, comunidade, pastoral, escola, serviço, movimento, associação, trabalho, convivência social... Ele quer estar junto a nós, e com todos, pois veio para ser o Emanuel: Deus conosco (Is 7, 14). Há lugar para Ele no caminho de nossa vida? Caso tivermos, convidemo-lo e Ele caminhará conosco. Feliz Natal, com Sua presença, e Abençoado Ano Novo - Ano da Animação Bíblica da Vida e da Pastoral - em nossa Diocese! Que Ele torne-se sempre mais ‘tenda da Palavra’ entre nós, pois Ele é a Palavra que se fez carne (cf Jo 1, 14). Feliz Natal para todos!
Quando um retirante acolhe a luz do Espírito Santo e participa com empenho generoso dos diversos momentos de um retiro, certamente, abre-se o caminho para um frutuoso exercício espiritual. Não foi diferente, em Vale Vêneto – São João do Polesine/RS. Uma das palavras mais destacadas nas exposições, desde o começo, foi “Caminho”, motivada pelo texto bíblico referencial, em que Jesus aparece aos discípulos de Emaús e caminha com eles, revelando-se aos poucos como o Ressuscitado. Nas reflexões pessoais fui percebendo o quanto esse termo é importante na vida de Jesus e, conseqüentemente, na vida dos seus discípulos, da sua Igreja e de cada um de nós. Não é por nada que Jesus é apresentado no Evangelho de São João como Aquele que se identifica com “o Caminho”. Quando o apóstolo Tomé pergunta: “Senhor, não sabemos para onde vais. Como podemos conhecer o caminho?” Jesus responde: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida” (Jo 14, 5-6). O mesmo sentido é usado por Lucas nos Atos dos Apóstolos, quando ele narra a perseguição de Saulo nas comunidades cristãs: “Saulo apresentou-se ao sumo sacerdote e pediu-lhe cartas de recomendação para as sinagogas de Damasco, a fim de trazer presos para Jerusalém os homens e mulheres que encontrasse, adeptos do Caminho” (At 9, 1-2). Os primeiros cristãos já consideravam Jesus como o Caminho, aquele que conduz à comunhão com Deus, ou seja, Jesus Cristo é o caminho do divino que vem ao encontro do humano e que possibilita ao humano encontrar-se com o divino. É o sentido teológico da festa natalina. A liturgia fala em troca de dons entre o céu e a terra.
Poderíamos usar ainda outros textos bíblicos que apresentam essa dinâmica peregrina, presente em toda vida de Jesus, que pode ser resumida num longo Caminho, desde Belém até Jerusalém, convidando permanentemente discípulos missionários e discípulas missionárias, em todos os tempos, para segui-lo. Agora chegou a nossa vez. O Papa Francisco fala em “Igreja em saída”, isto é, uma Igreja a caminho missionário!
Estamos no tempo do Natal e ainda desejo apresentar o que São Francisco de Assis, o criador do presépio, em Greggio – Itália - escreveu sobre o nascimento de Jesus que, segundo ele aconteceu a caminho: “Um Menino santíssimo e dileto nos foi dado e nasceu por nós (cf. Is 9, 6) no caminho e foi colocado no presépio (cf. Lc 2, 7) porque ele não tinha um lugar na hospedaria (cf. Lc 2, 7)” (Ofício da Paixão do Senhor, 5ª parte – No Tempo do Natal do Senhor, 7). Sim, Jesus nasceu no caminho, na realidade dos pequenos de sua época, numa gruta de animais, nos arredores de Belém, recebendo a visita de humildes pastores.
No Natal de 2014 o Senhor quer nascer no caminho de nossa vida, em nossa realidade concreta: nosso coração, família, comunidade, pastoral, escola, serviço, movimento, associação, trabalho, convivência social... Ele quer estar junto a nós, e com todos, pois veio para ser o Emanuel: Deus conosco (Is 7, 14). Há lugar para Ele no caminho de nossa vida? Caso tivermos, convidemo-lo e Ele caminhará conosco. Feliz Natal, com Sua presença, e Abençoado Ano Novo - Ano da Animação Bíblica da Vida e da Pastoral - em nossa Diocese! Que Ele torne-se sempre mais ‘tenda da Palavra’ entre nós, pois Ele é a Palavra que se fez carne (cf Jo 1, 14). Feliz Natal para todos!
Dom Aloísio A. Dilli – Bispo de Uruguaiana