sexta-feira, 19 de julho de 2013

O SONHO DE DEUS - PROJETO DE JESUS




      

O Sonho de Deus é possível de ser realizado. Jesus, com a sua maneira de ser, agir e de conviver com as pessoas, mostra o que é concretizar o Sonho de Deus.
Para compreender Jesus e o seu Projeto é preciso conhecer um pouco de sua vida, o lugar onde viveu, a realidade de sua época, e costumes do povo.
A vida em Nazaré na Galiléia.
Jesus viveu aproximadamente 30 em Nazaré, lá cresceu em estatura e graça. Aprendeu com a vivencia no meio do povo, entre pessoas pobres e simples, mas um povo muito religioso e praticante. O povo de Nazaré cumpria os compromissos religiosos. Era costuma nas famílias a oração diária, uma visita semanal à sinagoga e uma vez por ano uma peregrinação ao templo em Jerusalém.
 Acreditavam que o mundo repousa em 3 colunas: a Lei de Deus, o Culto e a Caridade.
AS AUTORIDADES RELIGIOSAS:
- os fariseus procuravam a observância da pureza.
- os escribas, doutores da lei, ensinavam a lei nos mínimos detalhes.
- os sacerdotes exerciam o culto no Templo.
- o povo achava que as doenças eram causadas por maus espíritos.
- que o sofrimento era castigo de Deus.
Só com a pureza legal é que podiam comparecer ao Templo, diante de Deus e receber as bênçãos. Custava caro a purificação. Para os pobres era muito difícil manter-se puro, pois era impossível trabalhar e manter-se puro. Assim muitos ficavam marginalizados e excluídos, observavam os preceitos, mas não eram rigorosos, comiam sem lavar as mãos, arrancavam espigas no sábado, se estavam com fome. Convivam com os pagãos. Era um povo que tinha bom senso, não se importado com as criticas dos fariseus.
 Jesus vivia no meio de um povo dividido, pois havia muitos conflitos e tensões sociais entre grupos de tendências políticas diferentes. As classes sociais eram bem definidas, mesmo no templo.
 E esse povo esperava “aquele” que iria libertá-los como os profetas haviam anunciado.
A Galiléia era governada por Herodes Antipas, filho de Herodes. Na época havia pesados impostos e do que produziam pouco sobrava, e povo ficou empobrecido e sem condições de observar a lei, assim  ficavam afastados de Deus, e eles sofriam por causa desta situação.
 O Templo era usado para ganhar dinheiro, pois as Autoridades religiosas já não defendiam o que Deus queria, a Lei anulava a vida e as normas de pureza legal pesavam sobre o povo pobre. A religião não promovia a vida do povo.
 É a partir dessa realidade dura e sofrida que Jesus vai discernir a ação do Espírito de Deus, descobrir a sua Missão e anunciar a Boa Nova do Reino.
Jesus anuncia a Boa Nova.
João Batista foi precursor de Jesus, e é visto como um profeta, pois anuncia a liberdade dos oprimidos e pede mudanças no modo de viver.
Para Jesus, a prisão de João Batista foi o sinal de Deus de que o Reino tinha chegado: “Esgotou-se o tempo. O Reino de Deus chegou. Mudem de vida.”  O que todos esperavam já estava ali, mas não o percebiam. É esta presença escondida do Reino no meio do povo que ele quer anunciar e revelar aos pobres e excluídos de sua terra.
Jesus reúne multidões, e ali ele acolhe a todos sem descriminação, cura os doentes, expulsa os maus espíritos, consola os tristes, confraterniza com eles. Jesus quer ajudar o povo, assim convoca um grupo e o prepara para a mesma missão. Revela uma paixão pelo Pai e pelo povo abandonado.
Jesus anuncia a Boa Nova nas sinagogas, em casa de amigos, na praia, no deserto, na montanha, nas praças e no Templo. Anuncia o Reino de Deus e também da o testemunho vivi dele. Revela qual é o Sonho de Deus.
O impacto da Boa Nova do Reino.
              Jesus fala de coisas novas, e duas coisas causam impacto ao povo:
1-     o jeito novo de ensinar.
2-    o poder que saia dele para purificar.
   A  Boa Nova, trazida por Jesus, mexia com o povo, pois “ ensinava com autoridade”, mexia também com as colunas centrais da Religião oficial , o ensino e a pureza, e incomodava as autoridades religiosas, os escribas e fariseus.
  O povo percebeu a diferença, ficou admirado e gostou do que Jesus dizia, mas os fariseus respondiam que era “blasfêmia”, “ que Jesus tinha o demônio no corpo”, “ como com os pecadores”. A pregação de Jesus mostrava a hipocrisia e o erro das autoridades.
 Jesus possibilitou ao povo alcançar a pureza e em condições de se colocar diante de Deus, foi uma libertação. Devolveu ao povo a vontade de viver, sem medo de ser feliz.
Conseqüências da missão de Jesus.
 Por causa da Boa Nova, Jesus entrou em conflito, tanto com a religião oficial da época, como com a política do governo e foi condenado por ambos.
Vamos ver:
·        Para realizar a sua missão, Jesus se colocou na contramão, em defesa da vida. Numa sociedade que exclui e marginaliza as pessoas, a mensagem da vida, da igualdade, da justiça e fraternidade só pode seguir se for na contramão.
·        Entrou em conflito com a religião oficial porque impunha ao povo uma infinidade de normas e leis, que marginalizava os pobres. Jesus queria que todos tivessem vida plena, que a fé em Deus fosse um motivo de alegria para o povo.
·        Jesus criticava a política do governo porque ela desintegrava a      comunidade. Jesus promovia a partilha, a solidariedade e a fraternidade, insistindo na vida em comunidade.
Jesus chama para segui-lo
 Para atender o chamado de Jesus é preciso decisão e compromisso, deve haver uma mudança de vida, uma verdadeira conversão, acreditar na Boa Nova.
É preciso amar a Jesus, e deixar tudo para segui-lo. Aceitar o chamado de Jesus é encontrar um tesouro. É começar tudo de novo, uma nova vida na família, na comunidade.
 Para ser seguidor de Jesus é preciso imitá-lo, nas suas atitudes, nas suas práticas. A pobreza marca a vida dos seguidores, devem confiar no povo e não se preocupar com dinheiro, ter seriedade na administração dos bens, e ter opção pelos pobres.
 A comunidade, ensaio do Reino.
 Na comunidade de Jesus todos eram irmãos, a base da comunidade é igualdade e fraternidade, há partilha, são amigos e não empregados, há oração, são felizes.
  Estas são marcas na comunidade de Jesus que é sinal do Reino de Deus para o mundo. É a verdadeira experiência de Deus.
 A morte de Jesus deixou os seus seguidores frustrados, ficam aflitos e chorosos. Com a morte de Jesus eles morreram também “ nós esperávamos que ele fosse o libertador...”
 Mas a ressurreição de Cristo é a confirmação do poder de Deus sobre a morte.
Por isso  todas as comunidades vão nascer, crescer e testemunhar essa verdade central do Evangelho.
 A vida de Jesus, toda em obediência ao Pai e a serviço do povo, é vida vitoriosa.
 Ainda hoje para sermos testemunhas fiéis da ressurreição é necessário lutar pela vida, andar na contramão da sociedade, buscar a justiça para alcançar a paz.
      
 O mesmo Jesus que viveu na Palestina, que acolhia os pobres e era para eles a revelação do Pai, este mesmo Jesus continua vivo no meio de nós, nas nossas comunidades. Com ele continuaremos na contramão da sociedade, em defesa da vida.
 Jesus viveu para tornar realidade o Sonho de Deus. O seu projeto de vida foi implantar aqui  e agora o Reino de Deus, a felicidade para o povo através do amor.

Jesus nos amou até o fim. Por amor a  Jesus precisamos ser fieis ao seu projeto, aos seus ensinamentos e ser seu seguidor.
                                           Maria Ronety Canibal

quinta-feira, 18 de julho de 2013

Consciência Ecológica



 Deus fez o céu e a terra e todas as coisas. Criou todas as criaturas que vivem na água, que voam no céu e habitam a terra, em seus campos e florestas.( Gn 1,1-31)
 O ser humano foi criado por Deus, a sua imagem e semelhança para viver e ser feliz na natureza que lhe foi entregue por Deus.  Por isso é necessário que haja uma convivência pacifica entre o homem e a natureza.( Gn 2, 1-25)
 O mundo foi se transformando ao longo do tempo. O homem cada vez mais inventando coisas, que foram se integrando ao seu dia a dia, até chegar aos dias de hoje, quando não se vive mais uma vida simples integrada com a natureza.

1- O que é consciência ecológica?
    Consciência ecológica é a busca da mudança de comportamento em relação à natureza e a modernidade. É a valorização da vida no seu sentido mais amplo.
   Consciência ecológica é o despertar de uma compreensão e de uma sensibilidade acerca da degradação do meio ambiente e das conseqüências desse processo para a qualidade da vida humana e para o futuro das espécies como um todo.
      Significa, também, uma nova forma de ver e compreender as relações entre os homens e destes com seu ambiente, de constatar a indivisibilidade entre sociedade e natureza e de perceber a indispensabilidade desta para a vida humana. Aponta, ainda, para a busca de um novo relacionamento com os ecossistemas naturais que ultrapasse a perspectiva individualista, antropocêntrica e utilitária que, historicamente, tem caracterizado a cultura e civilizações modernas ocidentais.

O que é ecossistema natural?
Ecossistemas naturais :    Na natureza,  nenhum  ser  vivente é isolado. No ecossistema  "natural",  todas as comunidades de seres vivos se inter-relacionam de maneira equilibrada. Assim, os vegetais considerados produtores, crescem pela incorporação da energia solar. Os animais consumidores se alimentam dos vegetais, de  insetos  ou  de  outros  animais.  A  morte  de  todos  os  seres  vivos,  a  queda  de  folhas,  a decomposição,  de todos os resíduos,  devolvem ao ambiente os materiais iniciais, completando o ciclo. Quando o homem realiza esta revolução ecológica de cultivar a vontade vegetais,  criar e domesticar animais úteis e agrupar-se em núcleos multifamiliares, ele passa a interferir nos mecanismos naturais de regulação ambiental.

Para pensar:
Como  me relaciono com a natureza no dia a dia?



FONTES: Internet: site: Ecologia e Meio Ambiente

Nossa Senhora Conquistadora



Foi o Padre Roque Gonzáles, um missionário jesuíta, que pela primeira vez se referiu a Nossa Senhora, a Mãe de Deus, como Conquistadora.
Aconteceu que Roque Gonzáles, em 1614, recebeu de presente do Superior Provincial da Companhia de Jesus, o Padre Diogo de Torres,  por ocasião de sua visita a redução Santo Inácio Guaçu, um quadro pintado pelo Irmão Bernardo Rodrigues, SI, representando a Imaculada Conceição.
O povo da redução  recebeu com muita alegria e entusiasmo a Mãe do Céu e da Terra, foram muitas as manifestações de acolhidas. Foram danças religiosas, cantos e procissão. A imagem foi carregada por quatro caciques.
Mas dois morubixas vizinhos estavam observando toda a festa feita à Nossa Senhora. O Padre Diogo, vendo-os, tomou a iniciativa de os convidar para fazer a catequese, para tornarem-se cristãos, mas eles recusaram e fugiram.
 O povo da redução sabendo do fato colocou-se em oração e vigília diante do quadro da Mãe para pedir pela conversão dos dois caciques. E no dia seguinte os dois retornaram na companhia de mais um, com a intenção de assumir eles com suas tribos a fé cristã.
Diante deste fato o Padre Roque voltou-se para a imagem e com muito entusiasmo a chamou de CONQUISTADORA.  Pois ela havia feito uma conquista espiritual daqueles corações.
 Depois disso, aquela imagem pintada foi assim chamada, e o Padre Roque e seus companheiros sempre levavam consigo, aonde fossem a Imagem da Conquistadora.
Foi em 1626 que o Padre Roque Gonzáles e seus companheiros Padres Afonso Rodrigues e João Del Castilhos chegaram a essa região, hoje Diocese de Uruguaiana, entrando na região pelo rio Ibicui com o firme propósito de aumentar o numero de reduções do sul.  As Missões Jesuíticas, especificamente a Missão de Yapeju que tinha um território que abrangia Alegrete, Uruguaiana, Itaqui e Quarai. Estabeleceu aqui um trabalho muito intenso com os índios, sempre com a proteção da Nossa Senhora Conquistadora, fazendo com que os índios se afeiçoassem à Mãe com um carinho filial.
Os Guaranis passaram a chamar o lugar que viviam de Tupanciretã que significa: Terra da Mãe de Deus.
Tupan – Deus
Ci – Mãe
Retã – terra.
 Os  três padres missionários tornaram-se mártires das Missões. O quadro com a pintura da Nossa Senhora Conquistadora, por ocasião do martírio, foi rasgado. Passaram anos e séculos, mas luz não se apagou. Nossa Senhora Conquistadora continua a conquistar os corações, e João Paulo II disse: “ cristão que não é mariano não é bom cristão.’
 A devoção a Nossa Senhora Conquistadora continua forte, em toda região da campanha e oeste do Rio Grande do Sul, e principalmente na Diocese de Uruguaiana, onde ela é a Padroeira da Diocese. A Romaria Diocesana de Nossa Senhora Conquistadora é uma marca da fé do povo por essa Mãe tão cativante.
 Assim continua a dar frutos na Fronteira Oeste do Rio Grande do Sul a devoção plantada por Roque Gonzáles à Mãe Conquistadora.
OBS: A Virgem dos Milagres, Padroeira do Paraguai, por sua semelhança na origem é muitas vezes confundida com a Nossa Senhora Conquistadora, pois ambas são Imaculada Conceição e tem histórias de conversão dos índios.
                                         Maria Ronety Canibal
Fontes:
Roque Gonzáles e Companheiros – Pe. Roque Scheneider
Ano dos Mártires das Missões – Arthur Rabuske
Jornal Expresso Minuano nº 343
Internet



quarta-feira, 17 de julho de 2013

A vida em comunidade


  A comunidade cristã é o espaço adequado para os cristãos fazerem a experiência da Palavra e do Espírito de Cristo Ressuscitado e  atuar nos  seus corações.
Ninguém começa a ser cristão sozinho  A comunidade é o espaço especial para a comunicação da Palavra. A comunidade, portanto, é a mediação  do Espírito Santo, pois a Palavra acontece no coração da pessoa  pela ação do Espírito Santo.
O crescimento espiritual da pessoa na comunidade acontece através de realizações e celebrações que são mediações privilegiadas para o Espírito Santo atuar no coração de cada um. Eis algumas dessas mediações fundamentais: a Oração, a Palavra, a Eucaristia e a Fraternidade.
Os membros da comunidade  devem ter  para com Deus e os irmãos,  seriedade.. A comunidade é feita de pessoas livres, conscientes e responsáveis, com forte consciência de pertença comunitária. Por isso cultiva-se a fraternidade entre si.
 É fundamental  eleger o outro como alvo de bem-querer. Entender muito bem que o amor é o caminho do amadurecimento e felicidade humana  para um bom relacionamento comunitário..
As pessoas sentem-se responsáveis pelas próprias tarefas, procurando agir de modo a edificar a comunidade. Todos são iguais, apesar da diversidade de carismas, ministérios e capacidades. Todos se sentem estimados e valorizados naquilo que fazem.
Ninguém pode se sentir superior ao outro, porque é o Espirito Santo que age distribuindo os dons entre todos os membros da comunidade. Há espaço para todos, porque é Deus quem determina a tarefa.
 Na comunidade não há parasitismo, mediocridade ou fraude. As pessoas sorriem alegres, pois têm sentidos para viver. Como todos são tomados a sério, a participação de cada um é estimado por todos.
As pessoas tomam todas parte no que a todos diz respeito. Ninguém se sente excluído. As pessoas compreendem que a meta da comunidade é chegar à plena comunhão.Graças ao sentido que aquelas pessoas têm do amor, encontram condições para optar e decidir de acordo com a sua realização e o bem comum da comunidade. Ninguém busca o bem pessoal , a auto promoção.
Há lugar para a originalidade de cada um, pois todos sabem que as pessoas são únicas, originais e irrepetíveis Todos se olham nos olhos. No seu olhar e no modo de sorrir há transparência e sabor a verdade e lealdade. Quando olham para o jeito de ser e viver na comunidade as pessoas percebem que é disto que todos temos fome.
As atitudes das pessoas entre si coincidem com as aspirações mais profundas e autênticas do coração humano.O gesto mais espontâneo entre as pessoas da comunidade é estender a mão e dizer bom dia ou boa noite. Portanto a  comunidade é fruto de muitas decisões, escolhas, opções e compromissos de vida.
 Ninguém se sente mais que os outros, pois são todos membros do corpo de Cristo (1 Cor 12, 13; 10, 17; 12, 27).Todos têm a mesma dignidade fundamental: pessoas humanas, filhos de Deus e irmãos uns dos outros. As diferenças são apenas de tipo funcional, não essencial
Não é cristã a comunidade onde as pessoas não são tomadas a sério. A coordenação na comunidade, tem densidade sacramenta. Exprime e significa a presidência de Cristo que é a cabeça do corpo. Na comunidade amadurecida não há pessoas faz tudo, as quais são um veneno para a vida comunitária. É melhor todos a fazer pouco, que poucos a fazer tudo.
                                                                   Maria Ronety Canibal


O SACRAMENTO DA RECONCILIAÇÃO



              
 Este  Sacramento é a concretização do apelo de Jesus à conversão interior, do nosso coração, é uma reorganização da nossa vida interior, rejeitando tudo o que nos afasta de Deus e da sua orientação.
 O pecado é sempre uma ofensa á Deus; é uma forma de afastamento de Deus, que nos leva para um caminho diferente e distante daquele que Deus nos mostra. Também pelo pecado interrompemos a nossa relação filial com Deus.
               O pecado pode ser mortal ou venial.
 O pecado mortal destrói a caridade no coração ,é uma infração grave da lei de Deus, desvia o homem de Deus.O pecado mortal é  sempre uma prática ou conduta de um ato livre e consciente, sabendo de antemão que leva a uma ruptura com Deus. Portanto é uma desobediência deliberada dos mandamentos e ensinamentos de Deus. O pecado mortal nos separa de Deus, é como se caminhássemos em sentido contrário ao que ele indica.
               Para que um pecado seja mortal é preciso três condições ao mesmo tempo: assim é pecado mortal todo o pecado que tem como objeto uma matéria grave, e que é cometido com plena consciência e deliberadamente.
                O  pecado venial afasta-nos de Deus, sem o abandonarmos, por isso não nos priva da sua convivência. O pecado venial é quando não se observa, em matéria leve, a medida prescrita pela lei moral, ou então quando se desobedece a lei moral em matéria grave, mas sem pleno conhecimento, ou pleno consentimento.
  O pecado venial enfraquece a caridade, impede o progresso e o exercício da virtude e a prática do bem moral, o pecado venial que fica sem arrependimento pouco a pouco nos leva cometer faltas mais graves, nos conduz ao pecado mortal.
               O SACRAMENTO DA RECONCILIAÇÃO nos ajuda a voltar para perto de Deus. A confissão é sempre um chamamento de Deus, que anseia por nosso regresso. É através do padre que temos a possibilidade de nos reconciliarmos com Deus. O arrependimento e o pedido de perdão é que vai trazer a paz interior em nós, vai restituir a dignidade de filho de Deus, e vai nos conduzir a harmonia com os irmãos.
             “Aquele que blasfemar contra o Espírito Santo não terá remissão para sempre. Pelo contrário, é culpado de um pecado eterno.” (Mc 3, 29.) A misericórdia do Senhor não tem limites, mas quem se recusa deliberadamente a acolher a misericórdia de Deus pelo arrependimento rejeita o perdão de seus pecados e a salvação oferecida pelo Espírito Santo. Semelhante endurecimento pode levar à impenitência final e à perdição eterna.
                Ler a parábola do filho pródigo Lc 15, 11-32.

                A conversão e arrependimento estão contados nesta parábola, em que Jesus descreve a saída do filho mais novo da casa paterna, desperdiçando sua vida e seus bens e acabando na extrema pobreza, sofreu humilhação, abandono e vergonha, para então se da conta que na casa do pai possuía tudo. Sentiu o chamamento em seu interior e arrependido voltou com um desejo viver em comunhão com o pai. O carinho com que foi recebido é o mesmo que recebemos de Deus quando nos aproximamos do sacramento da Reconciliação.
                                                                                               Maria Ronety Canibal

terça-feira, 16 de julho de 2013

Oração a Nossa Senhora do Carmo

Oração a Nossa Senhora do Carmo

O devoto do Escapulário deve sempre rezar alguma oração mariana, como o terço, por exemplo. Deve orar por si e também pelos outros, principalmente pelos que sofrem, pela Igreja e pelas vocações sacerdotais.




"Ó Senhora do Carmo, revestido de vosso escapulário, eu vos peço que ele seja para mim sinal de vossa maternal proteção, em todas as necessidades, nos perigos e nas aflições da vida. Acompanhai-me com vossa intercessão, para que eu possa crescer na Fé, Esperança e Caridade, seguindo a Jesus e praticando Sua Palavra. Ajudai-me, ó mãe querida, para que, levando com devoção vosso santo Escapulário, mereça a felicidade de morrer piedosamente com ele, na graça de Deus, e assim, alcançar a vida eterna. Amém."


via internet 

NOSSA SENHORA DO CARMO





Nossa Senhora do Carmo (ou Nossa Senhora do Monte Carmelo) é um titulo consagrado à Virgem Maria. Este titulo apareceu com o propósito  de relembrar o convento construído em honra da Santíssima Virgem Maria nos primeiros séculos do Cristianismo em Israel. A principal característica desta invocação mariana é apresentar o Escapulário símbolo que representa o ato de se estar ao serviço do Reino de Deus e que traz muitas indulgências, graças e outros benefícios espirituais a quem assume este sinal e esta proposta como seus. A sua festa litúrgica é comemorada pelos cristãos no dia 16 de julho. 
Conta-nos o Gênesis (3, 21) que, após a queda de nossos primeiros pais, Adão e Eva, o próprio Deus lhes confeccionou túnicas de pele e com elas os revestiu. Bem mais tarde, Jacó fez uma túnica de variadas cores para o uso de José, seu filho bem-amado (Gn 37, 3). E assim, as vestimentas vão sendo citadas nestas ou naquelas circunstâncias, ao longo das Escrituras (Gn 27, 15; 1 Sm 2, 19; etc.). Uma túnica porém, ocupa lugar "principes" entre todas as vestimentas: aquela sobre a qual os soldados deitaram sorte, por se tratar de uma peça de altíssimo valor, pelo fato de não possuir costura. Uma piedosa tradição atribui às puríssimas mãos de Maria a arte empregada em sua confecção. Ao se darem conta, os esbirros, da elevada qualidade daquela peça, tomaram a resolução de não rasgá-la.
O Escapulário é um sinal de aliança com Nossa Senhora,e exprime nossa consagração a Ela. Assim vestia Maria a seu Filho Jesus, desde o seu nascimento, como esmerada e devotada Mãe. E da mesma forma quer revestir também a nós, seus filhos adotivos, Aquela que "como névoa cobre a terra inteira". Pois a Ela fomos entregues na mesma ocasião em que os soldados, pela sorte, decidiam sobre a propriedade da túnica de Jesus: "Mulher, eis aí teu filho" (Jo 19,26).
E que roupa nos oferece Ela?
Em 1951, por ocasião da celebração do 700º aniversário da entrega do Escapulário, o Papa Pio XII disse em carta aos Superiores Gerais das duas Ordens carmelitas: "Porque o Santo Escapulário, que pode ser chamado de Hábito ou Traje de Maria, é um sinal e penhor de proteção da Mãe de Deus".
Exatamente 50 anos depois, o Papa João Paulo II afirmou: "O Escapulário é essencialmente um ‘hábito'. Quem o recebe é agregado ou associado num grau mais ou menos íntimo à Ordem do Carmo, dedicada ao serviço da Virgem para o bem de toda a Igreja. (...) Duas são as verdades evocadas pelo signo do Escapulário: de um lado, a constante proteção da Santíssima Virgem, não só ao longo do caminho da vida, mas também no momento da passagem para a plenitude da glória eterna; de outro, a consciência de que a devoção para com Ela não pode limitar-se a orações e tributos em sua honra em algumas ocasiões, mas deve tornar-se um ‘hábito'."
Esses dois Pontífices confirmam, assim, manifestações de apreço ao Escapulário feitas por vários de seus antecessores, tais como Bento XIII, Clemente VII, Bento XIV, Leão XIII, São Pio X e Bento XV. Bento XIII estendeu a toda a Igreja a celebração da festa de Nossa Senhora do Carmo, a 16 de julho.
Eis algumas das razões que unem os Arautos à Ordem do Carmo e por isso são revestidos do Escapulário além de terem num bispo carmelita, Dom Lucio Angelo Renna, um pai e protetor. ²
Dentre todos os "negócios" de que nos ocupamos nesta vida, há um de tão grande importância que deve ser tratado com absoluta prioridade, sob pena de fracassarmos em todos os outros: nossa salvação eterna!
Certo dia, um repórter meu amigo resolveu fazer em várias cidades uma pesquisa sobre este assunto. Percorrendo as ruas, perguntava aos transeuntes: "Você quer ir para o Céu ou para o Inferno?" Impactadas, as pessoas respondiam, quase sem refletir: "Claro que quero ir para o Céu!" E tocavam em frente... Alguns, nosso repórter conseguia reter por mais um instante e fazer a segunda pergunta: "Quais os meios que você emprega para alcançar tão grande felicidade?"
Resultado da pesquisa: 100% querem ir para o Céu. Porém, menos de 1% se preocupa sobre como fazer para lá chegar!
São abundantes esses meios. Vamos aqui indicar um dos mais eficazes, que a Mãe de Misericórdia põe à disposição de todos, sem qualquer exceção. Quem se julgar indigno, por ser grande pecador, lembre-se do que disse Jesus: "Eu não vim chamar os justos, mas os pecadores" (Lc 5, 32).
Trata-se do uso do Escapulário do Carmo, recomendado por vários Papas e Santos. Um destes, São Cláudio de La Colombière, afirma: "Não basta dizer que o Escapulário é um sinal de salvação. Eu sustento que não há outro que faça tão certa nossa predestinação".
No dia 16 de julho de 1251, São Simão Stock suplicava a Nossa Senhora ajuda para resolver um problema da Ordem Carmelitana, da qual era o Prior Geral. Enquanto ele rezava, a Virgem apareceu- lhe, trazendo o Escapulário nas mãos, e disse essas confortadoras palavras: "Filho diletíssimo, recebe o Escapulário da tua Ordem, sinal especial de minha amizade fraterna, privilégio para ti e todos os carmelitas. Aqueles que morrerem com este Escapulário não padecerão o fogo do Inferno. É sinal de salvação, amparo e proteção nos perigos, e aliança de paz para sempre". A Igreja assumiu o Escapulário e fez dele uma das devoções mais difundidas entre o povo de Deus.
Em nossa época de superstições, não é supérfluo esclarecer que o Escapulário está longe de ser um sinal "mágico" de salvação. Não é uma espécie de amuleto cujo uso nos dispensa das exigências da vida cristã. Não basta, portanto, carregá-lo ao pescoço e dizer: "Estou salvo!"
É verdade que Nossa Senhora não pôs condição alguma ao fazer sua promessa. Simplesmente afirma: '"Quem morrer com o Escapulário não padecerá o fogo do inferno".' Não obstante, para beneficiar-se deste privilégio, é preciso usar o Escapulário com reta intenção. Neste caso, se na hora da morte a pessoa estiver em estado de pecado, Nossa Senhora providenciará, de alguma forma, que ela se arrependa e receba os sacramentos. E nisto a misericórdia da Mãe de Deus se mostra verdadeiramente insondável!
Viajando de automóvel em companhia de um bispo, o autor deste artigo viu uma mulher entrar distraída na rodovia e ser esmagada por uma enorme carreta cujo motorista não teve tempo de frear. O bispo mandou parar o automóvel, desceu apressadamente, deu a absolvição sacramental e ministrou a unção dos enfermos à mulher agonizante. Depois comentou comovido: "Ela estava com o Escapulário do Carmo. Certamente foi Nossa Senhora quem providenciou que um bispo estivesse passando por aqui, justo neste momento!" Um caso diferente - narrado por Dom Marcos Barbosa na obra "O Escapulário de Nossa Senhora do Carmo" - se passou na Inglaterra. Na hora da morte, um cavaleiro conhecido por sua grande impiedade, em vez de pedir a Deus perdão de seus pecados, blasfemava dizendo: "Quero o inferno e o diabo!" Os presentes, horrorizados, chamaram São Simão Stock, o qual tomou o Escapulário e estendeu- o sobre o blasfemador. Imediatamente este se arrependeu e pediu os sacramentos. Segundo antiga e piedosa tradição, a Santíssima Virgem, aparecendo ao Papa João XXII, prometeu livrar do Purgatório, no primeiro sábado após a morte, todos os que portarem devotamente o Escapulário. Este é o chamado "privilégio sabatino". Para se beneficiar dele é preciso manter a castidade segundo o próprio estado, recitar o Pequeno Ofício da Imaculada ou rezar um terço todos os dias.
E mais: cada vez que o devoto beijar o Escapulário com piedade, fazendo um pedido à Santíssima Virgem, recebe uma indulgência parcial, isto é, a remissão de uma parte das penas que devia cumprir no Purgatório.
Quem usa o Escapulário pode beneficiar-se também de indulgência plenária (remissão de todas as penas do Purgatório) no dia em que o recebe, na festa de Nossa Senhora do Carmo, 16 de julho; de Santo Elias, 20 de julho; Santa Terezinha, 1º de outubro; dos santos carmelitas, 14 de novembro; São João da Cruz, 14 de dezembro; São Simão Stock, 16 de maio.
Nossa Senhora, a melhor de todas as mães, quer para seus devotos filhos não somente os benefícios espirituais, mas também os temporais. Assim, quem porta seu Escapulário recebe d'Ela uma proteção especial nos perigos da vida quotidiana.
São inumeráveis os exemplos desse desvelo da Virgem Mãe por seus filhos. Dom Marcos Barbosa, na obra mencionada acima, narra dois bem interessantes.
Em Santo André (SP), uma menina de 5 anos caiu dentro de um poço de 20 metros de profundidade. Uma hora depois, foi encontrada boiando sobre a água, com o Escapulário no pescoço. A família, naturalmente, atribuiu o fato à proteção da Mãe do Carmelo.
Em São Paulo, um jovem de 15 anos, ao atravessar de bicicleta uma via férrea, foi apanhado pelo trem. Passado todo o comboio, ele se levantou ileso e, beijando comovido seu Escapulário, exclamava: "Só tive tempo de gritar: ‘Nossa Senhora do Carmo!' Foi o bentinho d'Ela que me salvou!"
O Escapulário é um sinal de aliança com Nossa Senhora, e exprime nossa consagração a Ela. Seu uso é um poderoso meio de afervorar os que vivem em estado de graça e de converter os pecadores.
Deus não deixa sem recompensa nenhum benefício feito a uma pessoa necessitada, mesmo um simples pedaço de pão dado a um indigente. Imagine, pois, como Ele recompensará quem ajudar na salvação de uma alma!
Seja, portanto, você também, um ardoroso propagador do santo Escapulário! Nossa Senhora lhe retribuirá com toda espécie de graças e favores já nesta terra; e mais ainda no Céu.
Como receber e usar o Escapulário[editar]
1 - Qualquer padre tem poder para benzer e impor na pessoa o Escapulário.
2 - Essa bênção e imposição valem para toda a vida, portanto, basta recebê-lo uma vez.
3 - Quando o Escapulário se desgastar, basta substituí-lo por um novo.
4 - Mesmo quando alguém tiver a infelicidade de deixar de usá-lo durante algum tempo, pode simplesmente retomar o seu uso, não é necessária outra bênção.
5 - Uma vez recebido, ele deve ser usado sempre, de preferência no pescoço, em todas as ocasiões, mesmo enquanto a pessoa dorme.
6 - Em casos de necessidade extrema, como doentes em hospitais, se o Escapulário lhe for retirado, o fiel não perde os benefícios da promessa de Nossa Senhora.
7 - Em casos de perigo de morte, mesmo um leigo pode impor o Escapulário. Basta recitar uma oração a Nossa Senhora e colocar na pessoa um escapulário já bento por algum sacerdote.
8 - O Papa São Pio X autorizou substituir o Escapulário por uma medalha que tenha de um lado o Sagrado Coração de Jesus e do outro uma imagem de Nossa Senhora. Mas a recepção deve ser feita com o escapulário de tecido.

VIA INTERNET

JMJ - JORNADA MUNDIAL DA JUVENTUDE







Nossa saudação vai hoje especialmente aos jovens, pois estamos a poucos dias da Jornada Mundial da Juventude, marcada para 23 a 28 de julho de 2013, quando os olhos cristãos do mundo estarão voltados para o Rio de Janeiro, onde, certamente, milhares de jovens e lideranças eclesiais estarão reunidos com o Santo Padre o Papa Francisco, em sua primeira visita ao Continente Sul-Americano. Esta jornada já percorreu intenso movimento preparatório, em diversos níveis. Estamos na Semana Missionária, que antecede o acontecimento central do Rio de Janeiro. Não se deseja apresentar aos olhos do mundo apenas mais um evento com a presença do Papa, em meio aos jovens. Este movimento todo tem como grande objetivo a evangelização da juventude, o fortalecimento de sua fé por intensa catequese. Por isso foi escolhida como lema da JMJ a frase do Evangelho de Mateus: “Ide e fazei discípulos entre todas as nações” (Mt 28, 19). Assim sendo, é decisiva a preparação e a continuação desse evento singular, já ocorrido em muitos países dos diversos continentes do planeta. A fase preparatória foi motivada, sobretudo, pela presença do símbolo da cruz, acompanhada pelo ícone de Nossa Senhora, que já percorreram o país inteiro, também algumas cidades de nossa diocese, em novembro de 2012.
Junto com as muitas e diversificadas iniciativas preparatórias da Jornada Mundial da Juventude, será realizada, entre 16 a 20 de julho próximo, em todas as dioceses do Brasil, a chamada Semana Missionária que antecederá o grande evento do Rio. É uma espécie de Pré-Jornada que vai acontecer, independentemente da presença ou não de peregrinos de outros países; ela envolve também os numerosos jovens que não poderão estar no Rio, assim como os adultos que estarão em comunhão com este evento eclesial. Na Semana Missionária, caso formos contemplados por visitantes estrangeiros, vamos acolhê-los como se estivéssemos acolhendo Jesus Cristo. As 18 dioceses do Rio Grande do Sul se dispõem a acolher numerosos peregrinos. A Diocese de Uruguaiana também está de braços abertos, mesmo sendo mais difícil a vinda de peregrinos, devido às distâncias, pois, após a Semana Missionária, os visitantes se dirigirão imediatamente para o Rio de Janeiro; assim sendo, é compreensível que optem por dioceses mais próximas da Cidade Maravilhosa. Mas informações dos países vizinhos estimam a passagem de 200 mil peregrinos, via Libres-Uruguaiana. A eles boas-vindas!
Quais são os três eixos a serem trabalhados na Semana Missionária?
1.  O primeiro eixo á : Pretende-se propiciar aos jovens do mundo momentos de oração e meditação, a fim de que possam fazer a experiência do encontro pessoal e comunitário com Jesus Cristo;
2.   O segundo eixo é a Cultura: A Semana Missionária deseja oportunizar aos jovens ambientes de partilha e conhecimento da diversidade cultural dos povos, apresentando, sobretudo, características da cultura local;
3.  O terceiro eixo é a solidariedade: Através dele objetiva-se envolver a Juventude local e os peregrinos em diversas campanhas e projetos de solidariedade, tendo em vista a realização da Civilização do Amor.
Os jovens de nossa diocese, além de participar vivamente da fase preparatória, estão se organizando para representar-nos bem no evento do Rio. Já há vários ônibus contratados para o deslocamento e participação nos dias centrais da Jornada Mundial da Juventude. Que nossa Mãe Conquistadora acompanhe os peregrinos e abençoe o evento, a fim de que a evangelização da juventude tenha prosseguimento também após a Jornada, tornando sempre mais “o jovem apóstolo do jovem”.
Dom Aloísio A. Dilli - Bispo de Uruguaiana


domingo, 14 de julho de 2013

A FAMÍLIA E A ORAÇÃO DO PAI NOSSO

             Desde os primórdios do mundo, o ser humano sempre procurou aproximar-se e comunicar-se com Deus, por meio da oração. A oração cristã é a forma de comunicação com o Pai. E é através da oração que podemos elevar a nossa alma até Ele.
            A oração é um desejo interior. “Pois a oração é um impulso do coração, é um simples olhar lançado ao céu, um grito de reconhecimento e amor no meio da provação ou em meio a alegria.”CIC 2558.
              Sempre que oramos e seja através de gestos, cantos ou palavras, o nosso corpo inteiro fica em oração. Mas a oração parte  do fundo de nossa alma. É o nosso coração que reza.
              Se o nosso coração não está em Deus, se está longe de Deus, a oração é vã. São apenas palavras que não chegam até Deus.
             Pois, “ O coração é casa em que estou, onde moro. Ele é o nosso centro escondido, inatingível pela razão e por outra pessoa; só o Espírito de Deus pode sondá-lo e conhecê-lo. Ele é o lugar da decisão, no mais profundo de nossas tendências psíquicas. É o lugar da verdade, onde escolhemos a vida ou a morte.”CIC 2563  Assim vemos que o coração é o nosso ponto de encontro com Deus.
               A iniciativa de comunicação sempre parte de Deus, Ele nos chama, assim como chamava  Abraão ( Gn 12,4) A escuta do coração  ao chamado de Deus é essencial para acontecer a comunicação, entre Deus e eu.
               Portanto a oração cristã é ação de Deus e do homem, brota do Espírito e de nós, é dirigida ao Pai, em união com Jesus Cristo.
               A Bíblia nos relata que Jesus em varias ocasiões se retirou para orar. Comunicava-se com o Pai através da oração, nos ensinou a rezar, nos ensinou a oração do Pai Nosso. Lc 11, 1-13.
              A oração precisa ser vivida a partir do nosso coração, para ser vivida em nossa vida , em nossa realidade.
             Vivemos em um mundo competitivo, individualista, consumista e personalista. Criamos os nossos filhos para o mundo. Criamos nossos filhos para esse  mundo desleal e desonesto. O que ensinamos em casa? Qual o nosso exemplo de vida? O que esperamos deles? Qual proposta de vida que apresentamos a eles? Uma vida de sucesso ou uma vida de felicidade? Queremos os dois sucesso e felicidade, será que é possível?
             Na verdade, queremos que nossos filhos tenham sucesso na vida, e por isso queremos e cobramos sempre a vitória, não nos contentamos com o segundo lugar. E dessa maneira damos a idéia de que é preciso alcançar de qualquer maneira o primeiro lugar. E muitas vezes não nos importamos com os meios de chegar, o importante é chegar. O importante é vencer, ter sucesso. Até sabemos que nosso filho cola nas prova da escola, bem... Mas depois vem uma nota boa e ele passa de ano. Cuidado!!!
            Também queremos que nossos filhos sejam felizes, que  devem     divertir-se, buscar o prazer,   e assim saem para dançar, beber, transar...Correm de moto, ou automóvel, a velocidade faz parte...Enfim, devem aproveitar a juventude.   Pensamos que isso é felicidade. Será que não é mera ilusão?
           Por causa dessa ilusão quantos jovens morrem precocemente de acidente, contraem doenças, caem nos vícios, se desiludem, perdem o rumo.
           Mas como encontrar a felicidade em  um mundo onde as pessoas estão corrompidas pelo poder, um mundo de disputas, guerras, violência,  de desigualdade social grave? Como poderemos ser felizes com esse pano de fundo? Hoje, a felicidade nos parece algo distante, difícil de atingir, mas por que? Se Deus nos criou para sermos felizes!
            A sociedade atual  vive a inversão dos valores, não está mais alicerçada nos valores éticos e morais cristãos. “ A inversão dos meios e dos fins  que acaba por conferir valor de fim àquilo que não passa de meio para consegui-lo, ou por considerar as pessoas como meros meios em vista de um fim, produz estruturas injustas que tornam árdua e praticamente impossível uma conduta cristã conforme os mandamentos do Divino Legislador.” CIC 1887.
             Por isso é necessária uma conversão interior, é preciso resgatar os princípios cristãos na família. Buscar uma mudança pessoal, para levar a uma mudança na família e conseqüentemente na sociedade. Criar nossos filhos próximos de Deus. Colocar o amor à Deus como objetivo principal em nossa vida.
              A oração do Pai Nosso é o caminho que nos leva a uma reflexão mais profunda sobre a nossa vida, o nosso sentir, o nosso pensar, o nosso agir. “ Pois é a mais perfeita das orações...Nela não só pedimos tudo quanto podemos desejar corretamente, mas ainda segundo a ordem em que convém desejá-lo. De modo que esta oração não só nos ensina a pedir, mas ordena também todos os nossos afetos.”CIC 2541.
            A oração nos remete a vida de irmãos, se o Pai é nosso, é porque somos todos irmãos, e na verdade, o somos, pois  a partir do nosso batismo nos tornamos filhos de Deus, e por isso somos irmãos na fé. Vivemos em sociedade e devemos viver o principio do amor. O amor ao próximo. Ter o coração aberto para o outro, sempre pronto a ajudar, a perdoar...A oração também nos ensina que o perdão é fundamental, que precisamos perdoar para ser perdoado. A pessoa humana deve ser sempre o principio, sujeito e fim de todas as instituições sociais, principalmente na família.
            Quando chamamos a Deus de nosso Pai, precisamos lembrar de que devemos comportar-nos como filhos de Deus. Mas se conservamos um coração cruel e desumano, e egoísta voltado para o ter, o poder e o prazer, não nos comportamos como filhos de Deus.
            Devemos entender que o mundo, as riquezas, o prazer nos afastam de Deus, e só encontraremos  Deus, quando nos esforçarmos para descobrir a beleza de uma vida simples, despojada, numa autêntica procura de Deus, e só ai encontraremos a verdadeira vida, a verdadeira felicidade.
             Encontramos nessa oração o resumo do Evangelho, ai Jesus nos ensina uma vida nova por suas palavras, nos ensina a pedi-las pela oração, pois da retidão de nossa oração dependerá a retidão de nossa vida em Cristo.
             Rezar ao Pai Nosso deve desenvolver em nós a vontade de nos assemelhar a ele,  ao seu amor e bondade, ter o coração humilde e confiante, que nos conduz a comunhão com a Santíssima Trindade a aos irmãos.
                             Maria Ronety Canibal



Formação Espiritual da criança: Quem é o responsável?

Coluna de orientação catequética aos cuidados de Rachel Lemos Abdalla
Por Rachel Lemos Abdalla

CAMPINAS, 12 de Julho de 2013 (Zenit.org) - O Catecismo da Igreja Católica afirma que os pais são os primeiros responsáveis pela educação de seus filhos (2222). Mas, qual é a melhor forma de orientá-los? Sendo exemplo dando testemunho ao formar um lar onde a ternura, o perdão, o respeito, a fidelidade e o serviço desinteressado são as regras que permeiam o dia a dia do casal.
Respeitar os filhos é a única forma de eles aprenderem a respeitar os pais, e isso não quer dizer que o respeito dos pais para com os filhos irá prejudicar ou diminuir a autoridade que têm sobre eles, pelo contrário. Aliás, os pais nunca devem se esquecer de que, por mais difícil que seja a educação, a formação e a criação dos filhos, eles nunca perdem a autoridade que lhes é concedida por Deus e que deve ser usada como uma ferramenta do amor que se coloca à frente, como um escudo, como uma proteção junto aos filhos.
Alguns pais dizem que não têm autoridade sobre seus filhos, mas de fato, o que acontece é que eles não estão sabendo usar desta autoridade, que é muito diferente de autoritarismo.
Maria, nas Bodas de Caná, mesmo sem a concordância de Jesus, ao ordenar aos serviçais, "Façam o que ele mandar" (Jo 2,5), ela está agindo com autoridade sobre o Seu filho, o Filho de Deus! E isso não é um desrespeito para com Ele, ou uma falta, ao contrário, mesmo se referindo ao próprio Deus, Ela age, naquele momento, com a autoridade que lhe foi concedida, por ser Mãe. E isto se confirma no respeito e na obediência de Jesus à ordem dada por Ela com autoridade que Ele reconhece e acata.
Outras ferramentas que podem e devem ser usadas na formação espiritual são a afetividade, o amor, a verdade, o estímulo, a confiança, a sabedoria. E todas elas se encontram na Palavra de Deus como fonte e modelo de atitudes e valores cristãos que devem ser usados no dia a dia, no mais íntimo da relação com os filhos desde bem pequeninos.
Falar a verdade sempre é uma questão ética e moral, "por isso, renunciai à mentira. Fale, cada um, a verdade a seu próximo (Ef 4,25)."
Na fase de crescimento, a dedicação dos pais deve ser mais intensa, pois as crianças necessitam não só fisicamente como também emocionalmente de seus genitores, aqueles que mais os amam, para seu sadio desenvolvimento e crescimento. É o momento onde o amor começa a ser compreendido, aceito, acatado e reproduzido no coração e no entendimento da criança. Ela precisa ser amada para aprender a amar, pois é no amor que se encontra o maior fundamento da existência humana!
Muitos pais, infelizmente, não se encontram mais em união conjugal, mas isso não diminui a responsabilidade ou a essência do 'ser' pai ou mãe. A primícia de uma relação entre pais e filhos é e sempre será o amor paternal e maternal, e isso ninguém pode tirar de um ou de outro. Portanto, são eles, os pais, os primeiros responsáveis pela educação religiosa e formação espiritual de seus filhos, inclusive para que, na idade adequada sejam encaminhados à Igreja para se prepararem para receber os Sacramentos, sinal sensível, visível e perceptível da presença de Cristo invisível, presente na vida de cada cristão.