sexta-feira, 14 de junho de 2013

A MISSÃO DE JESUS CRISTO

Jesus Cristo, Deus que se fez homem, nasceu em Belém, em uma manjedoura. Filho de Deus, gerado em Maria pela ação do Espírito Santo, tendo como pai adotivo José. Jesus cresceu em Nazaré, sua família era pobre, sua mãe cuidava dos afazeres domésticos e seu pai era carpinteiro. E ali ora ajudando sua mãe, ora ajudando seu pai, ele cresceu também em graça., que se revela em sua sabedoria. Era uma criança como as outras, embora tivesse consciência que tinha uma missão a cumprir. Jesus cresceu no meio do povo, conhecia os sofrimentos e as angustias deste povo, que era marginalizado e segundo a lei estavam distantes de Deus.

         Jesus Cristo veio ao mundo para nos trazer a salvação, nos libertar do pecado, nos abrir os caminhos que levam a Deus. Trouxe um novo jeito de ser onde prevalece o amor, a bondade, a solidariedade, a sinceridade, a partilha, a doação, a humildade e a alegria de ser cristão. Onde o relacionamento humano esta baseado no perdão, na justiça e na paz. Jesus Cristo veio mostrar o Reino de Deus.

A missão de Jesus foi a de anunciar a todos o Reino de Deus.  Para fazer parte deste Reino basta seguir Jesus. Ter uma mudança de atitudes, uma mudança radical de vida, ou seja, uma conversão. Jesus veio para libertar os pobres e oprimidos, onde todos têm voz e vez, onde os valores estão pautados na pratica do amor, que conduz a fraternidade. Para fazer parte deste Reino é preciso acolher a Palavra de Jesus, ser seu seguidor. O reino de Deus acontece já aqui na terra, a partir do momento de nossa conversão.

Jesus é o enviado do Pai, veio para fazer a vontade de Deus, ele veio a serviço. Aos 30 anos inicia a realização de sua tarefa, retirou-se para o deserto por um longo período, para orar, se fortalecer para então poder vir e ensinar a todos as coisas de Deus. Inicia convidando  pessoas, os apóstolos , para  formarem um grupo, uma comunidade. Jesus ensinava o povo fazendo longos discursos, falava de maneira simples para que todos pudessem entender. Falava parábolas. Realizou milagres e curas sempre com objetivo de indicar sua divindade e mostrar a chegada do Reino de Deus. Sempre ressaltou a fé como  principio. O seu primeiro milagre foi transformar a água em vinho no casamento em Cana.

Jesus vem ensinar o perdão. Ele perdoa os nossos pecados, mas com a condição que também perdoemos as ofensas recebidas. A oração do Pai-Nosso, a oração ensinada por Jesus, diz: “ ...perdoai as nossas ofensas assim como perdoamos a quem nos tem ofendido.....” A única coisa que pode impedir a nossa entrada no Reino de Deus é uma atitude de rejeição a causa de Deus. Abandonar o pecado é condição para entrar no Reino.

As atividades de Jesus e sua pregação de justiça e paz, de igualdade para todos, foram criando um ambiente desfavorável em relação às autoridades da época. As autoridades religiosas (judeus) e as autoridades políticas (romanos) começaram a olhar Jesus com alguém que quer perturbar. Jesus  dizia ser o Messias, o enviado de Deus, e questionava a Lei em vigor que era muito dura para com os pobres. O povo judeu a muito esperava pelo Messias que foi sendo anunciado pelos profetas ao longo do tempo. Mas para os judeus o Messias  seria um libertador que viria restaurar a realeza em Israel. Seria um Rei, e não  uma pessoa simples e pobre.

Jesus considerado mentiroso pelos judeus, que blasfemava contra Deus (dizendo-se Deus) e um agitador pelos romanos, foi preso. Condenado, crucificado e morto.  A sua morte foi conseqüência de sua missão. Foi fiel até o fim. Morreu por amor a cada um de nós, para nos trazer a salvação. Pois RESSUSCITOU, provou que era Deus. A sua ressurreição é sinal da nova e definitiva chance que Deus dá aos homens, mas é preciso comprometer-se com Jesus Cristo. A ressurreição é o fundamento de nossa fé, é acreditar na vida eterna, pois Jesus nos abriu assim a porta do céu. Ler 1 Corintios 15,12-19.
                                Maria Ronety Canibal


quarta-feira, 12 de junho de 2013

A FAMILIA NO MUNDO DE HOJE

                                    

       
      Ao iniciarmos esta reflexão, devemos primeiro olhar como estamos vivendo. Como esta o mundo ao nosso redor. Quais  são os valores impostos pela sociedade?
        Então vemos uma sociedade capitalista, regida pelo dinheiro. O outro sempre é um concorrente, o qual eu preciso derrotar, de qualquer  maneira    para     eu  poder alcançar o sucesso. As amizades que nascem no ambiente de trabalho nem sempre são sinceras, pois existe a competição.
        Vivemos um tempo de corrupção e traição, num mundo egoísta e individualista. Poucos têm muito, alguns têm alguma coisa, e muitos não têm nada. Um mundo onde as pessoas são valorizadas pelo dinheiro que têm, pela posição que ocupam, mas ninguém nem quer saber a origem da fortuna, se vem de meios honestos ou não. E voltamos as costas para aqueles que estão a margem da sociedade, que vivem sem dignidade, sem perspectiva de vida. E nós simplesmente  desvalorizamos essas pessoas, desvalorizamos o ser humano, desvalorizamos a vida.
         A ditadura da beleza, que impõe padrões, quando mulheres e homens se submetem as cirurgias, muitas vezes com risco de vida, para ficarem dentro dos padrões e sentirem-se bonitos e aceitos pela sociedade. Jovens ainda que nem estão com o corpo completamente definido, implantam silicone.       
         Ser bom, honesto, direito, não conta, é preciso levar  vantagem em tudo.
         Mas ninguém esta feliz, há muita ansiedade, depressão...
         Como conseqüência o mundo esta violento, onde principalmente os jovens estão vivendo  sem limites, e caindo nos vícios, tanto da bebida como da luxuria,  isso quando não vão para  as   drogas mais pesadas.
.           É esse o mundo que Deus quer para nós?
            O que fazer?
        Precisamos buscar caminhos, tomar consciência de que há valores e verdades que devem sempre prevalecer.
        São Paulo nos diz que: “devemos viver no mundo sem ser do mundo”.    Somos  filhos de Deus, não filhos do mundo,  o nosso caminho é para Deus.  Jesus nos deixou esse caminho, nos ensinou o amor.
       A vivencia do amor inicia na família, que é constituída de pai, mãe e filhos.Jesus nasceu em uma família, cresceu em estatura, graça e sabedoria junto de seus pais, e com eles permaneceu até a idade adulta.
        A família é sagrada, vem de Deus. Se não fosse necessária, Jesus não precisaria ter nascido em uma família.
        A família é sagrada, pois é o lugar privilegiado do amor, ali surge à vida e a vida é um dom de Deus.É na família que a criança vai crescer e deve, portanto, receber os primeiros ensinamentos cristãos, aprender os valores éticos e morais que vão permanecer por toda a sua vida, para tornar-se um adulto equilibrado, consciente e comprometido com a Verdade. A criança que nasce em uma família bem constituída faz a experiência do amor, da convivência fraterna e da solidariedade e aprende a viver o respeito e compromisso.
       A família é o menor grupo natural, a menor comunidade e tem a responsabilidade para com à sociedade, de criar pessoas de bem, educadas para a vida e para a vivencia do amor fraterno Para isso precisa ser fiel aos ensinamentos de Cristo, pois os pais têm o dever de prover as necessidades físicas e espirituais de seus filhos.
       É fundamental que as famílias tenham momentos de oração, pois assim os laços  familiares ficam mais fortes.
       A melhor maneira de ensinarmos nossas crianças é com exemplos, pois não podemos querer façam algo que nunca nos virar fazer. Somos para nossos filhos um referencial  muito forte, por isso precisamos praticar o que queremos ensinar.
      O mundo mudou, não existe mais a família tradicional com as responsabilidades do casal bem definidas, o homem para trazer o sustento e mulher para cuidar dos afazeres domésticos e ambos da educação dos filhos.  E essa mudança tem sido muito rápida, e radical, e está  abalando as estruturas familiares 
       A mãe  precisa trabalhar fora para poder sustentar  a  casa,    para  dar  mais conforto e satisfazer os caprichos dos filhos.   No corre-corre do dia a dia, não há mais tempo para dedicar  as crianças.
       Hoje, substitui-se a falta de tempo para com as crianças com presentes.  A  mãe não cuida das crianças, não conhece seus filhos, não conversa, não sabe de seus anseios, medos, alegrias, realizações. A mãe não tem intimidade com seu filho, não sabe o que se passa em seu coração.
       A televisão rouba a atenção de todos impondo normas morais adversas aos bons costumes, novas modas de vestir, que outrora seria imoral sair dessa forma na rua, e nossas jovens e até mães querem vestir. O que a TV apresenta ninguém discute, todos aceitam. É considerada uma verdade, que se repete e se vive.
       Não se costuma mais pensar. Não se faz avaliação de nada, tudo nos é imposto de maneira sutil pela TV, e isso influi negativamente na vida familiar.
       E a família  sem  perceber esta delegando a outros o privilégio de  ensinar os seus filhos.  Já desde tenra idade as crianças estão na creche,sendo ensinados por estranhos.   Embora sejam pessoas bem capacitadas, profissionais, mas ainda assim são estranhos.
        Depois os pais passam a responsabilidade para a escola.
        E  a responsabilidade da escola é dar conhecimento e cultura as crianças é auxiliar na educação, pois estas, já devem chegar à escola com boas maneiras, com disciplina e com valores e limites já estabelecidos. Embora ainda com  pouca idade,essas crianças já devem estar sendo educadas pela família.
        A família não cumpre mais o seu dever!
                                                        Maria Ronety Canibal

terça-feira, 11 de junho de 2013

As bem-aventuranças são os novos mandamentos


Adicionar legenda

Papa Francisco: a verdadeira liberdade é a "liberdade do Espírito Santo", que exige "a abertura do coração"

Por Luca Marcolivio
CIDADE DO VATICANO, 10 de Junho de 2013 (Zenit.org) - Mais uma vez, o papa Francisco se concentra no verdadeiro significado da liberdade para os cristãos. Na missa matinal celebrada na Casa Santa Marta, o papa começou a homilia com as palavras de São Paulo, que, na primeira leitura de hoje (2 Cor 1,1-7), fala de "consolação" para os cristãos do seu tempo, chamados a evangelizar em meio a um clima de perseguição.
A consolação, disse o Santo Padre, é "a presença de Deus em nosso coração", onde nosso Senhor só pode entrar se lhe abrirmos a porta, ou seja, mediante a nossa "conversão". Encontrar Jesus e segui-lo implica uma "mudança de vida", que torna "necessária uma força especial de Deus".
Viver "na consolação do Espírito Santo" é uma das condições necessárias para a "salvação", acrescentou o papa, recordando que aqueles que vivem "na consolação do espírito do mundo" se enquadram claramente no "pecado".
Entre o pecado e a salvação é impossível "negociar", frisou. Não por acaso, o evangelho nos recorda que "não se pode servir a dois senhores". A abertura ao "Espírito do Senhor" nos leva às bem-aventuranças, o tema do evangelho de hoje (cf. Mt 5,1-12a).
As bem-aventuranças, disse Francisco, "não podem ser entendida apenas com a inteligência humana": para compreendê-las, é necessário ter "um coração aberto" à "consolação do Espírito Santo". Sem essa predisposição da alma, as bem-aventuranças podem parecer "bobas"; no entanto, elas são "novos mandamentos".
O instinto humano é mais facilmente levado a pensar que ser "pobre", "humilde" e "misericordioso" não é um caminho para o "sucesso". As bem-aventuranças, porém, são "a lei para aqueles que foram salvos e abriram seu coração para a salvação"; em última instância, elas são a "lei da liberdade", graças ao Espírito Santo.
Pode-se ainda regular a vida "com base em uma lista de mandamentos ou procedimentos" de caráter "meramente humano", mas esta, sem dúvida, não é a estrada para a salvação, que se consegue apenas quando se tem um "coração aberto". A atitude oposta, de fechamento do coração, era a postura daqueles que queriam "examinar" a "nova doutrina" de Jesus para, depois, "discutir" com Ele.
Muitas pessoas, observou o papa, têm um "coração fechado para a salvação" pelo simples fato de terem "medo da salvação" em si, embora todos nós precisemos dela. Para nos salvar, devemos "dar tudo" ao Senhor, mesmo que o nosso instinto seja o de "comandar".
É essencial, portanto, "pedir ao Senhor a graça de segui-lo", mas com a liberdade do Espírito Santo: com a simples "liberdade humana", corremos o risco de nos tornar "como aqueles fariseus e saduceus hipócritas, que discutiam com Ele". E a hipocrisia consiste justamente em "não permitir que o Espírito mude os corações com a sua salvação".
A liberdade puramente humana, desta forma, é um engano: "é apenas uma forma de escravidão", disse o papa, ao passo que o Senhor nos dá, supremo e sublime paradoxo, "uma forma de servidão que nos torna livres".
O Santo Padre concluiu com a seguinte oração: "Peçamos a graça de abrir os nossos corações para a consolação do Espírito Santo, para que esta consolação, que é a salvação, nos faça entender esses mandamentos".
VIA ZENIT

segunda-feira, 10 de junho de 2013

A DIMENSÃO SOCIAL DA FÉ

         

O ser humano é um ser social, por isso precisa viver em sociedade. A sociedade deve ser organizada de tal forma que todos possam viver com dignidade. A fé é um elemento que ajuda na organização da sociedade, pois o cristão procura mediante a fé torná-la mais justa e fraterna. A construção do Reino de Deus requer uma sociedade participativa e responsável, que ofereça projetos e oportunidades para todos, com respeito à vida e à natureza.

A família tem um papel fundamental na sociedade, pois ela tem a missão de transmitir a fé na vivência cristã. A família também é responsável pela educação dos filhos, com exemplos de amor mútuo, partilha, perdão, confiança, respeito e diálogo, pois são valores que irão permanecer no convívio social, e fortalecer a sociedade.  
       
 A Igreja tem procurado orientar a sociedade, mostrando critérios de ação, em questões de moral, de economia social e política para que os cristãos possam agir à luz de seus ensinamentos. O Ensino Social da Igreja é  um conjunto de documentos que oferecem princípios para a construção de uma nova sociedade, baseada no amor e nas relações humanas no trabalho e a dignidade humana.

 O primeiro documento, foi a Encíclica RERUM NOVARUM ( Das coisas novas ) do Papa Leão XIII lançada em 1891. Trata das condições dos trabalhadores nos países industrializados,(REVOLUÇÃO INDUSTRIAL) que gerou riquezas a um pequeno grupo de donos de fábricas, enquanto havia uma multidão de trabalhadores famintos que eram explorados pelos donos das fabricas.. Esta situação criou um terrível conflito social. O Papa afirma que estas mudanças dividiram a sociedade em duas classes, os donos  das indústrias e os operários, e cavaram um abismo entre eles. Daí defende um salário justo ao trabalhador, porque o trabalho é a fonte geradora de toda a riqueza.

             Após 40 anos, o Papa Pio XI, em 1931 publicou a carta QUADRAGÉSIMO ANNO, que além de comemorar os 40 anos da primeira, quer restaurar e aperfeiçoar a ordem social. Aponta para as grandes mudanças, o avanço técnico e industrial e a devastação deixada pela primeira guerra mundial. Afirma que o salário deve ser suficiente para o sustento da família.

              Ao Papa João XXIII coube comemorar os 70 anos da Rerum Novarum, e com uma visão aberta ao desenvolvimento lança a MATER ET MAGISTRA ( Mãe e Mestra) em 1961. Um novo conceito fica nítido, o do “ bem comum” que é um conjunto de condições sociais que permitem ao homem o desenvolvimento integral da personalidade e diz que o setor agrícola está relegado a um segundo plano, mas alerta que a propriedade deve  cumprir a sua função social. Salienta o contraste entre as nações ricas e desenvolvidas e as pobres e subdesenvolvidas.

            Em 1963 o Papa João XXIII publica a carta sobre os direitos humanos, PACEM IN TERRIS ( A Paz dos Povos), e reafirma o direito de todos à existência, à integridade física e aos recursos necessários como: alimento, vestuário, moradia, repouso, assistência à saúde e serviços sociais.

            O Concilio Vaticano II (1962-1965) fez um documento o GAUDIUM ET SPES (Igreja no mundo de hoje) que reafirma a visão positiva do desenvolvimento, desde que não omita ou oprima a dimensão religiosa e moral.

             A carta POPULARUM PROGRESSIO ( O Desenvolvimento dos povos) do Papa Paulo VI lançada em 1967, mostra a universalidade da questão social, a gravidade e urgência a nível de mundo. Ressalta que o dever de solidariedade, de justiça e caridade universal, que as grandes diferenças econômicas e sociais provocam tensões e põem em risco a paz.

             A comemoração dos 80 anos da Rerum Novarum, foi o lançamento da carta intitulada OCTOGESIMA ADVENIUS de Paulo VI, e refere-se aos novos problemas sociais que geram novas formas de pobreza. O desemprego, o crescimento desordenado das cidades gerando criminalidade, erotismo e drogas. Afirma a necessidade da conversão interior e da mudança de estruturas. A promoção do bem e o cristão a serviço do outro, cada um é responsável.

             O Papa João Paulo II publicou três encíclicas sociais, pois ainda são questões de profunda importância. Em 1981, LABOREM EXERCENS ( O Trabalho Humano) que apresenta o valor do trabalho humano. A SOLLICITUDO REI SOCIALIS ( Solicitude Social da Igreja), de 1987 diz que o objetivo é o desenvolvimento autêntico do homem e da sociedade. E por fim a CENTESIMUS ANNUS ( Centésimo Ano) em 1991, vem em comemoração aos cem anos da Doutrina Social Da Igreja. Para o Papa a situação atual do mundo, em relação ao desenvolvimento, é preocupante, pois não é preciso estatísticas, basta olhar em volta e ver a multidão de miseráveis.
            
              Recentemente, julho de 2009,  o  Papa Bento XVI , veio  enriquecer o conteúdo social com sua Encíclica Caritas em Veritate, que quer aprofundar alguns aspectos do desenvolvimento integral da nossa época, à luz da caridade na verdade. O papa  diz que é uma atualização da Popularum Progressio.
                                                               
         O Papa afirma que “ A Igreja propõe com vigor, esta ligação entre ética da vida e ética social, ciente de que não pode ter sólidas bases uma sociedade que afirma valores como a dignidade da pessoa, a justiça e a paz, mas contradiz-se radicalmente aceitando e tolerando as mais diversas formas de desprezo e violação da vida humana, sobretudo se débil e marginalizada.”
            Acrescenta que o testemunho da caridade de Cristo através de obras de justiça, paz e desenvolvimento faz parte da evangelização, pois a Jesus Cristo, que nos ama, interessa o homem inteiro.
(CV 15.)                           
           O Ensino Social da Igreja é uma ponte entre o Evangelho e as questões sociais que afligem a sociedade. Pois mostra caminhos para a realiação da justiça através da caridade e da solidariedade.
                                                                 Maria Ronety Canibal

domingo, 9 de junho de 2013

"O Senhor nos olha com misericórdia

 
Palavras do Papa Francisco durante o Angelus
CIDADE DO VATICANO, 09 de Junho de 2013 (Zenit.org) - Publicamos aqui as palavras que o Santo Padre pronunciou às 12h de hoje aos fiéis e peregrinos reunidos na Praça de São Pedro  antes da habitual oração do Angelus.
[Antes do Angelus]
Queridos irmãos e irmãs, bom dia!
O mês de junho é tradicionalmente dedicado ao Sagrado Coração de Jesus, a mais alta expressão humana do amor divino. Precisamente sexta-feira passada, de fato, celebramos a Solenidade do Sagrado Coração de Cristo, e esta festa dá o tom para todo o mês. A piedade popular valoriza muito os símbolos, e o Coração de Jesus é o símbolo por excelência da misericórdia de Deus; mas não é um símbolo imaginário, é um símbolo real, que representa o centro, a fonte de onde jorrou a salvação para toda a humanidade.
Nos Evangelhos encontramos várias referências ao Coração de Jesus, por exemplo, na passagem onde Cristo mesmo diz: "Vinde a mim, todos os que estais cansados ​​e oprimidos, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração "(Mt 11, 28-29). Chave, então, é a narração da morte de Cristo segundo João. Este evangelista de fato testemunha o que viu no Calvário, ou seja, que um soldado, quando Jesus já estava morto, perfurou o seu lado com a lança e daquela ferida saiu sangue e água (cf. Jo 19, 33-34). João reconheceu naquele sinal, aparentemente aleatório, o cumprimento das profecias: do coração de Jesus, Cordeiro imolado na cruz, jorra para todos os homens o perdão e a vida.
Mas a misericórdia de Jesus não é apenas um sentimento, é uma força que dá vida, que ressuscita o homem! É o que nos diz também o Evangelho de hoje, no episódio da viúva de Naim (Lucas 7, 11-17). Jesus, com seus discípulos, está chegando em Naim, uma aldeia da Galiléia, no exato momento em que acontece um funeral: é o enterro de uma menino, filho único de uma mulher viúva. Jesus fixa o olhar na mãe que chora. O evangelista Lucas diz: "Vendo-a, o Senhor foi movido de grande compaixão por ela” (v. 13). Esta "compaixão" é o amor de Deus pelo homem, é a misericórdia, ou seja a atitude de Deus em contato com a miséria humana, com a nossa indigência, o nosso sofrimento, a nossa angústia. O termo bíblico "compaixão" lembra o útero da mãe: a mãe, de fato, experimenta uma reação toda particular diante da dor dos filhos. Assim nos ama Deus, diz a Escrituta.
E qual é o fruto deste amor, desta misericórdia? É a vida! Jesus disse à viúva de Naim: "Não chores", e, em seguida, chamou o menino morto e o despertou como de um sono (cf. vv 13-15.). Achamos que isso é bonito: a misericórdia de Deus dá vida ao homem, o ressuscita da morte. O Senhor nos olha sempre com misericórdia; não esqueçamos, nos olha sempre com misericórdia, nos espera com misericórdia. Não tenhamos medo de aproximar-nos Dele! Tem um coração misericordioso! Se nós lhe mostramos as nossas feridas interiores, os nossos pecados, Ele sempre nos perdoa. É pura misericórdia! Vamos a Jesus!
Voltemo-nos à Virgem Maria: o seu coração imaculado, coração de mãe, vivenciou ao máximo a “compaixão” de Deus, especialmente na hora da paixão e da morte de Jesus. Que Maria nos ajude a ser mansos, humildes e misericordiosos com os nossos irmãos.
Via Zenit

A VOCAÇÃO DE CADA UM



A primeira vocação de toda e qualquer pessoa é a vida. Deus com seu infinito amor  criou, o homem e mulher,  a sua imagem e semelhança, para participem de sua vida e de sua glória.

Deus  teceu no seio materno, ser humano e antes mesmo de  existir já o conhecia e o amava. Somos criaturas de Deus!

A vida é vocação, e sendo assim é preciso dar uma resposta ao Senhor. E a resposta está na própria vida. Dar sentindo a vida, ocupar seu lugar no mundo, realizar a tarefa que lhe foi confiado por Deus, e que ninguém a fará por você.

Portanto a vocação está no valor da vida, no cuidado que ela merece. No cuidado com toda a  criação, (natureza e criaturas) em toda manifestação de vida.

O chamado (vocação) sempre é iniciativa de Deus, que chama e o homem responde. E assim acontece o diálogo entre Deus e o ser humano. Deus é santo e  chama a cada um a santidade através de Jesus Cristo.

A vocação é fruto da relação de amor entre Deus e a pessoa de fé. Por isso, para entender o chamado, é necessário ter intimidade com o Senhor, que é fruto do encontro com Jesus, e, que provoca uma resposta consciente e livre à vocação. É um sim comprometido com a missão. Pois, Deus chama e envia em missão.

É assumindo a tarefa na comunidade cristã que se aprofunda o relacionamento com o Senhor, anunciando a Boa Nova da Salvação ,e como profetas, também denunciar as injustiças praticadas na sociedade.
Confiar no Senhor, assim como Maria, que deu o seu SIM, sem conhecer todo o caminho que deveria percorrer, mas que foi fiel até o fim.

Portanto, é preciso discernir a vontade do Pai, deixar-se conduzir pelo Espírito Santo e amar como Jesus amou. Assumir a vocação com alegria e humildade, vencer as tentações e buscar a força na Palavra de Deus. Seja na vocação de leigo, consagrado ou ordenado.
Viva a sua vocação!
                                                   Maria Ronety Canibal