sábado, 22 de junho de 2013

Francisco: "Nunca vi um caminhão de mudança atrás de um cortejo fúnebre"


Papa propõe uma reflexão na missa diária sobre não acumular riquezas na terra


Por Redacao
CIDADE DO VATICANO, 21 de Junho de 2013 (Zenit.org) - Pedir a Deus a graça de um coração que saiba amar e que não se deixe desviar por tesouros inúteis: esta é a substância da homilia do papa Francisco na Casa Santa Marta, durante a missa concelebrada nesta manhã com o cardeal Francisco Coccopalmerio, o bispo Juan Ignacio Arrieta e o auxiliar José Aparecido Gonçalves de Almeida, presidente, secretário e subsecretário do Pontifício Conselho para os Textos Legislativos, respectivamente, acompanhados por alguns dos funcionários do dicastério. Estavam presentes também os funcionários da Fábrica da Basílica de São João de Latrão, com mons. Santiago Ceretto, e os empregados da Casa Santa Marta.
Atesourar no céu
A luta pelo único tesouro que podemos levar conosco depois desta vida é a razão de ser de um cristão. É a razão de ser que Jesus explica aos discípulos, na passagem de hoje do evangelho de Mateus: "Onde estiver o teu tesouro, ali estará também teu coração". A questão, explica o papa, é não confundir as riquezas. Há “tesouros arriscados” que seduzem, “mas que devemos abandonar”: aqueles acumulados durante a vida e que a morte destrói. Francisco observa com um toque de ironia: "Nunca vi um caminhão de mudança atrás de um cortejo fúnebre". Mas há um tesouro que "podemos levar conosco", um tesouro que ninguém pode nos roubar e que “não é o que você vem guardando para si", mas sim "o que você dá para os outros".
"O tesouro que damos aos outros é o tesouro que nós levamos. E esse vai ser o nosso mérito, entre aspas, mas é um ‘nosso mérito’ de Jesus Cristo em nós! E é isso o que nós temos que levar. E é aquilo que nosso Senhor nos deixa levar. O amor, a caridade, o serviço, a paciência, a bondade, a ternura são lindos tesouros: são os tesouros que nós levamos. Os outros, não".
Conforme o evangelho, o tesouro que tem valor perante os olhos de Deus é aquele que acumulamos no céu a partir da terra. Mas Jesus, destaca o papa Francisco, dá um passo a mais: ele vincula o tesouro ao "coração", criando uma "relação" entre os dois termos. Isto porque o nosso "é um coração inquieto", que nosso Senhor "fez desse jeito para procurarmos por Ele".
"Nosso Senhor nos criou inquietos para o encontrarmos, para crescermos.. Mas se o nosso tesouro é um tesouro que não está perto dele, que não é do Senhor, então o nosso coração se inquieta por coisas que não duram, por esses tesouros... Muita gente, inclusive nós, está inquieta... Para ter isso, para comprar aquilo, e, no fim, o nosso coração se cansa, nunca está satisfeito: ele se cansa, fica preguiçoso, se torna um coração sem amor. O cansaço do coração. Vamos pensar nisso. O que é que eu tenho? Um coração cansado, que só quer se acomodar, três ou quatro coisas, uma boa conta bancária, isto, aquilo?  Ou um coração irrequieto, que procura sempre as coisas do Senhor? Essa inquietação do coração tem que ser cuidada sempre".
Um coração que brilhe
Continua o papa Francisco: Cristo também coloca na berlinda o "olho", que simboliza “a intenção do coração" e que se reflete no corpo: "um coração cheio de amor" deixa o corpo "brilhante", enquanto um "coração mau" o torna escuro. Do contraste luz-escuridão, explica o papa, depende "o nosso parecer sobre as coisas", como também é demonstrado pelo fato de que o gerador das guerras é um "coração de pedra", "apegado a um tesouro da terra", a "um tesouro egoísta", que pode se transformar em um tesouro "do ódio". Na oração final, o papa pediu, através da intercessão de São Luis Gonzaga, a quem a Igreja recorda hoje, "a graça de um coração novo", um "coração de carne".
"Deus torna humanos todos aqueles pedaços do coração que são feitos de pedra, com aquela inquietação positiva, com aquela ânsia boa de ir para frente, procurando por Ele, deixando-se buscar por Ele! Que nosso Senhor mude o nosso coração! E assim ele nos salvará. Ele nos protegerá dos tesouros que não nos ajudam para o nosso encontro com Ele, para servirmos aos outros, e nos dará a luz para ver e julgar de acordo com o verdadeiro tesouro: a sua verdade. Que nosso Senhor mude o nosso coração para procurarmos o verdadeiro tesouro e nos tornarmos pessoas luminosas e não pessoas da escuridão".

quinta-feira, 20 de junho de 2013

"A unidade é sempre maior que os conflitos"


Catequese do Papa Francisco na Audiência Geral da quarta-feira.


CIDADE DO VATICANO, 19 Junho de 2013 (Zenit.org) - Publicamos a seguir a catequese do Papa Franscisco durante a Audiência Geral da Quarta-feira, na Praça de São Pedro: 
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Queridos irmãos e irmãs, bom dia!
Hoje concentro-me sobre outra expressão com a qual o Concílio Vaticano II indica a natureza da Igreja: aquela do corpo; o Concílio diz que a Igreja é o Corpo de Cristo (cfr Lumen gentium, 7).
Gostaria de partir de um texto dos Atos dos Apóstolos que conhecemos bem: a conversão de Saulo, que se chamará depois Paulo, um dos maiores evangelizadores (cfr At 9, 4-5). Saulo é um perseguidor dos cristãos, mas enquanto está percorrendo o caminho que leva à cidade de Damasco, de repente uma luz o envolve, cai no chão e ele ouve uma voz que o diz: “Saulo, por que me persegues?”. Ele pergunta: “Quem és, Senhor?”, e aquela voz responde: “Eu sou Jesus, a quem tu persegues” (v. 3-5). Esta experiência de São Paulo nos diz quanto é profunda a união entre nós cristãos e o próprio Cristo. Quando Jesus subiu ao céu, não nos deixou órfãos, mas com o dom do Espírito Santo a união com Ele transformou-se ainda mais intensa. O Concílio Vaticano II afirma que Jesus “comunicando o seu Espírito, constitui misticamente como seu corpo os seus irmãos, chamados de todos os povos” (Const. Dogm. Lumen Gentium, 7).
A imagem do corpo ajuda-nos a entender esta profunda ligação Igreja-Cristo, que São Paulo desenvolveu de modo particular na Primeira Carta aos Coríntios (cfr cap. 12). Antes de tudo, o corpo nos chama para uma realidade viva. A Igreja não é uma associação assistencial, cultural ou política, mas é um corpo vivo, que caminha e age na história. E este corpo tem uma cabeça, que é Jesus, que o guia, nutre-o e sustenta-o. Este é um ponto que gostaria de destacar: se separa-se a cabeça do restante do corpo, toda a pessoa não pode sobreviver. Assim é na Igreja: devemos permanecer ligados de modo sempre mais intenso a Jesus. Mas não somente isso: como em um corpo é importante que passe a seiva vital para que viva, assim devemos permitir que Jesus opere em nós, que a sua Palavra nos guie, que a sua presença eucarística nos alimente, nos anime, que o seu amor dê força ao nosso amar o próximo. E isto sempre! Sempre, sempre! Queridos irmãos e irmãs, permaneçamos unidos a Cristo, confiemos Nele, orientemos a nossa vida segundo o seu Evangelho, alimentando-nos com a oração cotidiana, a escuta da Palavra de Deus, a participação nos Sacramentos.
E aqui aparece um segundo aspecto da Igreja como Corpo de Cristo. São Paulo afirma que como os membros do corpo humano, embora diferentes e numerosos, formam um só corpo, assim todos fomos batizados mediante um só Espírito em um só corpo (cfr 1 Cor 12, 12-13). Na Igreja, portanto, há uma variedade, uma diversidade de tarefas e de funções; não há a plena uniformidade, mas a riqueza dos dons que distribui o Espírito Santo. Porém, há a comunhão e a unidade: todos estão em relação uns com os outros e todos combinam para formar um único corpo vital, profundamente ligado a Cristo. Recordemos bem: ser parte da Igreja quer dizer estar unido a Cristo e receber Dele a vida divina que nos faz viver como cristãos, quer dizer permanecer unido ao Papa e aos Bispos, que são instrumentos de unidade e de comunhão, e quer dizer também aprender a superar personalismos e divisões, a compreender-se mais, a harmonizar as variedades e as riquezas de cada um; em uma palavra, a querer sempre bem a Deus e às pessoas que estão ao nosso lado, na família, na paróquia, nas associações. Corpo e membros para viver devem estar unidos! A unidade é superior aos conflitos, sempre! Os conflitos se não se dissolvem bem, separam-nos entre nós, separam-nos de Deus. O conflito pode ajudar-nos a crescer, mas também pode dividir-nos. Não caminhemos na estrada das divisões, das lutas entre nós! Todos unidos, todos unidos com as nossas diferenças, mas unidos, sempre: este é o caminho de Jesus. A unidade é superior aos conflitos. A unidade é uma graça que devemos pedir ao Senhor para que nos liberte das tentações das divisões, das lutas entre nós, dos egoísmos, das fofocas. Quanto mal fazem as fofocas, quanto mal! Nunca fofocar sobre os outros, nunca! Quantos danos causam à Igreja as divisões entre os cristãos, o partidarismo, os interesses mesquinhos!
As divisões entre nós, mas também as divisões entre as comunidades: cristãos evangélicos, cristãos ortodoxos, cristãos católicos, mas por que divisão? Devemos procurar levar a unidade. Vou contar para vocês uma coisa: hoje, antes de sair de casa, estive quarenta minutos, mais ou menos, meia hora, com um Pastor evangélico e rezamos juntos, e buscamos a unidade. Mas devemos rezar entre nós católicos e também com os outros cristãos, rezar para que o Senhor nos doe a unidade, unidade entre nós. Mas como teremos a unidade entre os cristãos se não somos capazes de tê-la entre nós católicos? De tê-la na família? Quantas famílias lutam e se dividem! Busquem a unidade, a unidade que faz a Igreja. A unidade vem de Jesus Cristo. Ele nos envia o Espírito Santo para fazer a unidade.
Queridos irmãos e irmãs, peçamos a Deus: ajude-nos a sermos membros do Corpo da Igreja sempre profundamente unidos a Cristo; ajude-nos a não fazer sofrer o Corpo da Igreja com os nossos conflitos, as nossas divisões, os nossos egoísmos; ajude-nos a sermos membros vivos ligados uns aos outros por uma única força, aquela do amor, que o Espírito Santo derrama nos nossos corações (cfr. Rm 5, 5).

quarta-feira, 19 de junho de 2013

A FÉ ...

         
         A fé  é uma firme convicção de que algo seja verdade, sem nenhuma prova de sua veracidade. Mas pela absoluta confiança que depositamos neste algo ou alguém
            O fundamento de toda a fé é Deus, o Criador de todas as coisas, dele tudo procede e para ele tudo encontra seu fim. Deus existe e ele ama a cada um de seus filhos e por isso somos atraídos para ele, porque nos faz amar e amá-lo gratuitamente, livre e sem interesse. Santo Agostinho diz que todo coração humano tem sede de Deus, deseja Deus e só quando conhecer esse Criador e Pai poderá descansar. Portanto crer em Deus é garantir que nada pode separar o coração humano do amor de Deus.
              Também  diremos que a fé é uma adesão pessoal do homem  a Deus , que é uma graça que Deus nos dá.  Sim, a fé vem de Deus, é um dom recebido, é pessoal, mas precisa ser vivida  na comunhão com os irmãos, é para ser vivida em comunidade.
         Quem coloca sua fé e esperança em Deus também precisa se esforçar para vencer as duvidas e dificuldades.
            Por isso toda a pessoa de fé tem a necessidade do engajamento nos diferentes serviços e pastorais existentes na comunidade. Contribuímos para o crescimento de nossa fé, quando temos uma participação consciente e ativa na comunidade eclesial.
            A fé é invisível, nos move para Deus, nos leva a realizar aqui e agora o Reino de Deus.
             São muitos os exemplos de fé. Se olharmos a vida dos santos veremos que a fé foi o sustentáculo de suas vidas. Se olharmos os personagens bíblicos, também teremos muitos exemplos de extrema confiança em Deus.
            Mas de maneira especial foi Maria que demonstrou a sua fé através da humildade e entrega total de sua vida a Deus.
           Uma jovem foi escolhida para ser a mãe do Salvador, Maria!  E ela simplesmente acolheu a vontade do seu Deus. Confiou a Elevo seu futuro  sem questionar como seria. Maria contribuiu para a Salvação de toda a humanidade, ao aceitar ser a Mãe de Jesus, colaborando na realização  do Projeto do Reino de Deus.
           ...Que Maria seja a nossa grande inspiradora.
                                       Maria Ronety Canibal

terça-feira, 18 de junho de 2013

"Somente dos santos, somente de Deus vem a verdadeira revolução"



Que a JMJ seja a verdadeira revolução capaz de acordar o gigante que trazemos no nosso coração Por Thácio Lincon Soares de Siqueira
BRASíLIA, 17 de Junho de 2013 (Zenit.org) - Ondas de revolução passam pelo Brasil. O que está acontecendo? Que revolução é essa?
Nas redes sociais fotos e mais fotos de rostos machucados, agressivos, jornalistas sendo vaiados, manifestantes em confronto com a força pública, ou ao contrário...; juntamente com vídeos de indignação e violência, gás lacrimogêneo, “vinagre”...
E vem aí “a grande revolução”, como um carro alegórico entrando na pista.
“Que grande revolução é essa que se aproxima?”, os mais espertos se perguntam.
“E o gigante está acordando”, e o “povo, por fim, está se dando conta”, e “acabou a farça”, são os slogans compartilhados e “curtidos” por milhares de brasileiros nessa segunda-feira em todas as redes sociais.
Para um católico, não deixa de ser uma oportunidade para refletir no termo “revolução” e perguntar-se: onde está e qual é a verdadeira revolução?
“Eis aqui a verdadeira revolução trazida por Cristo, a do amor!”, disse o Papa emérito Bento XVI no dia 15 de setembro de 2012.
Estamos há quase um mês de uma grande manifestação que pode mudar a cara do Brasil e do mundo: a Jornada Mundial da Juventude. Como assim?
“Não pode haver verdadeira paz sem verdadeira justiça”, dizia Paulo VI no dia 1 de Janeiro de 1972 e ressaltava porém: “Difícil equação aquela da justiça e da paz: requer sabedoria, prudência, paciência, gradualidade, não violência, não revolução (que são outras injustiças), mas deverá ser perseguida com tenacidade, com sacrifício, alto e sincero amor pela humanidade”.
E, na grande vigília da Jornada Mundial da Juventude de Colônia, disse aos jovens Bento XVI: “Os santos, já o dissemos, são os verdadeiros reformadores. E agora gostaria de expressá-lo de forma mais radical. Somente dos santos, somente de Deus vem a verdadeira revolução, a mudança decisiva do mundo” porque “a revolução consiste unicamente no voltar-se sem reservas para Deus que é a medida do que é justo e ao mesmo tempo é amor eterno”.[1]
Portanto, parece ser que os rostos jovens da nossa nação não precisam se esconder detrás de máscaras para protestar e sair às ruas. Fazê-lo de forma pacífica, buscando objetivos claros, é um bem para a nação, diante das inegáveis injustiças que essa sofre. Depredar, destruir, violência, é causar uma injustiça maior.
Que os milhões de jovens reunidos em vigília de oração com o Papa em Guaratiba na JMJ Rio 2013 sejam uma grande luz, capaz de iluminar cada canto na nossa nação e do mundo.
Ali sim, ali o gigante acordará! O grande gigante que cada batizado em estado de graça traz dentro da sua alma: a Santíssima Trindade! E aí a verdadeira revolução começa.
[1] Papa Bento, JMJ Colônia, 20 de Agosto de 2005

A MISSÃO SEGUNDO DOCUMENTO DE APARECIDA

        Missão é o agir concretamente, participar ativamente, ajudar transformar a realidade concreta de pessoas, de grupos, de sociedades, anunciando a Boa Nova, antes de tudo pelo testemu   nho.
         A missão é parte constitutiva da Igreja, chamado pelo Senhor a evangelizar a todos os povos: “Sua razão de ser e agir como fermento e como alma da sociedade, que deve renovar-se em Cristo e transformar-se em família de Deus. (Missão Continental 3)
         “Trata-se de despertar nos cristãos a alegria e a fecundidade de ser discipulo de Jesus Cristo, celebrando com verdadeiro gozo o “estar-com-Ele” e o amar-com-Ele” para sermos enviados em missão. (Missão Continental 4)
         Assim a missão nos leva a viver o encontro com Jesus num dinamismo de conversão pessoal, pastoral e eclesial capaz de impulsionar à santidade e ao apostolado os batizados, e atrair os que abandonaram a Igreja, os que estão distantes do influxo do Evangelho e os que ainda não experimentaram o dom da fé.
          Ao chamar os seus para que o siga, Jesus lhes dá uma missão muito precisa: anunciar o evangelho do Reino a todas as nações (cf. Mt 28,19; Lc 24,46-48). Por isso, todo discípulo é missionário, pois Jesus o faz partícipe de sua missão, ao mesmo tempo em que o vincula a Ele como amigo e irmão.(DAp 144) Quando cresce no cristão a consciência de pertencer a Cristo,em razão da gratuidade e alegria que produz, cresce também o ímpeto de comunicar a todos o dom desse encontro. A missão não se limita a um programa ou projeto, mas é compartilhar a experiência do acontecimento do encontro com Cristo, testemunhá-lo e anunciá-lo de pessoa a pessoa, de comunidade a comunidade e da Igreja a todos os confins do mundo (cf. At 1,8).(Dap 145)
            Bento XVI nos recorda que “o discípulo, fundamentado assim na rocha da Palavra de Deus, sente-se motivado a levar a Boa Nova da salvação a seus irmãos. Discipulado e missão são como as duas faces da mesma moeda: quando o discípulo está apaixonado por Cristo, não pode deixar de anunciar ao mundo que só Ele nos salva (cf. At 4,12). De fato, o discípulo sabe que sem Cristo não há luz, não há esperança, não há amor, não há futuro”.62 Essa é a tarefa essencial da evangelização, que  inclui    a opção preferencial pelos pobres, a promoção humana integral e  a autêntica libertação cristã.(Dap146)
            Jesus nos transmitiu as palavras de seu Pai e é o Espírito quem recorda à Igreja as palavras de Cristo (cf. Jo 14,26) Desde o princípio, os discípulos haviam sido formados por Jesus no Espírito Santo (cf. At 1,2); é, na Igreja, o Mestre interior que conduz ao conhecimento da verdade total, formando discípulos e missionários. (Dap 152)
            Essa realidade se faz presente em nossa vida por obra do Espírito Santo, o qual também nos ilumina e vivifica através dos sacramentos. Em virtude do Batismo e da Confirmação, somos chamados a ser discípulos missionários de Jesus Cristo e entramos na comunhão trinitária na Igreja. Esta tem seu ponto alto na Eucaristia, que é princípio e projeto da missão do cristão. “Assim, pois, a Santíssima Eucaristia conduz a iniciação cristã à sua plenitude e é como o centro e fim de toda a vida sacramental”. (Dap 153)
           Porque conhecer a Jesus Cristo pela fé é nossa alegria; segui-lo é uma graça, e transmitir este tesouro aos demais é uma tarefa que o Senhor nos confiou ao nos chamar e nos escolher. (Dap18)


                                                            Maria Ronety Canibal

domingo, 16 de junho de 2013

SOU RESPONSÁVEL POR AQUILO QUE CATIVO

            



      Adeus, - disse a raposa, ‘- eis o meu segredo: só se vê bem com o coração.  
     “ O essencial é invisível para os olhos.”
    ‘ O essencial é invisível para os olhos’ – repetiu o principezinho, a fim de se lembrar.
 ‘ Foi o tempo que perdeste com tua rosa  que fez tua rosa tão importante’.
‘Foi o tempo que eu perdi com a minha rosa...’ repetiu o principezinho, a fim de se lembrar.
 ‘Os homens esqueceram essa verdade’, disse a raposa.
‘ Mas tu não deves esquecer, tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas. Tu és responsável pela rosa...’
‘Eu sou responsável pela rosa... eu sou responsável pela minha rosa, ‘ repetiu o principezinho, a fim de se lembrar.
 ( de O Pequeno Príncipe, Saint-Exupery)

          Por que sou responsável?
          Porque não podemos de forma alguma esquecer, que o outro é criatura de Deus, faz parte do mundo, que não somos seres isolados, mas somos seres sociais, e vivemos em sociedade, portanto sou responsável por todos os que me cercam, amigos, parentes, vizinhos.
         Quanto a  realidade que está em nossa volta, questões sociais, de saúde, de educação entre tantas outras, são situações em que  não podemos ficar com os olhos fechados e os ouvidos tapados, pois todos somos responsáveis, caso contrário, é sinal de pecado.
          O que é pecado?
          Pecado é o não que damos à vontade de Deus. Se o  pecado chegou ao mundo foi por causa da irresponsabilidade do homem.
          Sou responsável  pelo sofrimento do povo?
          Existem muitas formas de sofrimento, alguns fruto da natureza, como terremotos, enchentes, secas, mas devemos pensar que o homem não respeita a natureza, quer só tirar proveito. Sou responsável pela rosa....Outros são doenças, e também há a miséria, a exclusão social, como  resultado de políticas públicas mal elaboradas.
         Jesus nos ensinou o amor, a viver em comunidade,  viver a fraternidade. A primeira comunidade é a nossa família, e aí somos responsáveis, pelo amor, pela paz, pelo ambiente de um verdadeiro lar. Eu preciso não esquecer de fazer a minha parte, para melhorar a minha família, o meu bairro, a minha escola, sobretudo na comunidade de fé e em todos os lugares que estou presente.
       O essencial é o amor, amor a toda a criação de Deus. O essencial é invisível!

         Texto bíblico para reflexão: Jo 15, 9-14.
                   Maria Ronety Canibal