sábado, 23 de novembro de 2013

Encerrando o ano da fé



Reflexões do arcebispo de Belo Horizonte, Dom Walmor Oliveira de Azevedo
Por Dom Walmor Oliveira de Azevedo

BELO HORIZONTE, 22 de Novembro de 2013 (Zenit.org) - Com a celebração da Festa de Cristo Rei do Universo, neste domingo, dia 23,  a Igreja Católica no mundo inteiro se une, de maneira especial, ao Papa Francisco, no encerramento do Ano da Fé. O Papa emérito Bento XVI foi quem convocou a vivência do Ano da Fé, iniciado em 11 de outubro de 2012, quando se celebrava o cinquentenário da abertura do Concílio Ecumênico Vaticano II. Uma data relevante para a vida e missão da Igreja na sua tarefa de fazer de todos  discípulos e discípulas de Jesus. O grande propósito deste Ano da Fé foi exatamente a oportunidade para um aprofundamento, compreensão e vivência da fé como experiência de encontro pessoal com Jesus, única pessoa que pode dar à vida, de maneira duradoura, um novo horizonte e, com isto, como afirmou o Papa Bento XVI, na sua Carta Encíclica Deus é Amor, uma direção decisiva.
Nessa oportunidade oferecida, como necessidade permanente, está a importância de apropriações conceituais fundamentais que norteiam a vida de modo diferente, qualificando-a a partir de sua compreensão como dom de Deus. É claro que a fé não é uma simples apropriação de conceitos. A importância deles na vivência do dom da fé se define pela luz própria que a razão indispensavelmente traz para que a pessoa avance na direção da verdade que liberta completamente. O bem-aventurado João Paulo II, na sua Carta Encíclica sobre a Fé e a Razão, introduz esta temática sublinhando que “a fé e a razão são como duas asas pelas quais o espírito humano se eleva para a contemplação da verdade”.  João Paulo II completa lembrando-nos que “foi Deus quem colocou no coração do homem o desejo de conhecer a verdade e, em última análise, de conhecer a Ele, para que o conhecendo e amando-o, possa também chegar à verdade plena sobre si”.
A razão é uma alavanca decisiva no caminho da vida humana, na vivência da história, na construção da sociedade. É convincente e fácil de perceber, analisando a história, que os descompassos da humanidade vieram das irracionalidades. Basta pensar sobre guerras, exclusão social, manipulações e totalitarismos. Determinante também é o dom da fé. Sua profunda compreensão e sua vivência qualificam a cultura, corrigem os rumos da história e iluminam o caminho da humanidade, proporcionando a experiência de sentido que faz a vida valer a pena, ser construída com dignidades e altruísmos insuperáveis.
Odom da fé é uma experiência que avança para além da razão, na sua notável propriedade de alcançar lucidez para encontrar soluções. A luz da fé permite lidar com questões que estão inevitável e inexoravelmente no horizonte da existência humana: “Quem sou eu? De onde venho e para onde vou? Por que existe o mal? O que existirá depois desta vida?” Somente a fé permite lidar com o mistério que estas interrogações tocam, proporcionando uma compreensão coerente. Esta consideração convence de que a fé não se reduz a simples sentimento. Também não pode ser compreendida como um caminho que simplesmente traz soluções imediatistas, para desgastes existenciais comuns na contemporaneidade. Menos ainda deve ser buscada como produção de experiências milagreiras, promessa de mesquinhas prosperidades e clamorosas manipulações, advindas do usufruto irracional das fragilidades humanas.
O ano especial que se encerra no próximo domingo reforça a importância de se viver a fé como dom. Concretamente, vale  prestar atenção, analisar e avaliar, como exemplo, o grande patrimônio de trezentos anos da cultura mineira. Nele se pode constatar convictamente o papel decisivo e qualificador da fé cristã, particular e reconhecida referência à fé cristã católica, gerando um conjunto cultural, histórico, artístico e religioso que abrange toda  a Minas Gerais. Este Ano da Fé, relembra o Papa Francisco, na sua primeira Carta Encíclica, permitiu viver, cotidianamente, o empenho para recuperar o caráter de luz que é próprio da fé. O Papa lembra que quando esta luminosidade se apaga, todas as outras luzes acabam por perder o seu vigor. A fé é o caminho para o amor, que verdadeiramente transforma a vida. É hora de investir na vivência autêntica, profética e comprometida da fé, na cultura da paz, apelo e meta no encerramento deste ano especial.
Dom Walmor Oliveira de Azevedo
Arcebispo metropolitano de Belo Horizonte

Papa Francisco: "No Templo se adora o Senhor"



Durante a homilia em Santa Marta o Papa Francisco exorta a prestar atenção no encontro com Deus, antes mesmo que nos ritos
Por Luca Marcolivio

ROMA, 22 de Novembro de 2013 (Zenit.org) - O templo é primeiramente um lugar de oração, de louvor e de adoração ao Senhor. O ritual, os cantos, a liturgia são igualmente importantes mas passam a um segundo plano, com relação ao elemento da relação íntima entre o fiel e Deus presente na Eucaristia. Foi o que disse o Papa Francisco durante a homilia da missa nessa manhã, celebrada na capela da residência Santa Marta.
De acordo com o referido pela Rádio Vaticano, seguindo a Primeira Leitura de hoje (Mac 4,36-37.52-59 ), o Papa disse: "O Templo é o lugar onde a comunidade vai rezar, louvar o Senhor, dar graças, mas especialmente adorar: no Templo se adora o Senhor”.
Na cerimônia litúrgica, os cantos e os ritos não são a coisa mais importante, explicou. Antes de mais nada vem a adoração, na qual “toda a comunidade reunida olha para o altar onde se celebra o sacrifício e adora”.
O Papa observou depois “humildemente” que “nós cristão talvez perdemos um pouco o senso da adoração, e pensamos: vamos ao Templo, nos reunimos como irmãos – o que é bom e bonito! – mas o centro está ali onde está Deus. E nós adoramos Deus”.
Daí a pergunta: "Os nossos templos são lugares de adoração, favorecem a adoração? As nossas celebrações favorecem a adoração?". Citando o Evangelho de hoje (Lc 19,45-48 ), o Santo Padre recordou a expulsão dos mercadores do templo por Jesus: eles tinham trocado o lugar sagrado por um lugar de negócios, porém, não devemos esquecer que nós mesmos somos templos do Espírito Santo.
De fato, é São Paulo que nos lembra: “Não entristeçais o Espírito do Senhor que está dentro de vós!” (Ef 4, 30). "E também aqui – continuou o Papa – talvez não possamos falar como antes da adoração, mas de uma espécie de adoração que é o coração que busca o Espírito do Senhor dentro de si e sabe que Deus está dentro de si, que o Espírito Santo está dentro de si. O escuta e o segue”.
Seguir a Deus, no entanto, pressupões uma purificação interior por meio do “Sacramento da Reconciliação” e “da Eucaristia”, porque “somos pecadores”.
Existem portanto dois templos: “o templo material, o lugar de adoração, e o templo espiritual dentro de mim, onde habita o Espírito Santo” e em ambos “a nossa atitude deve ser a piedade que adora e escuta, que reza e pede perdão, que louva o Senhor”, continuou o Papa.
Em conclusão, o Papa falou da "alegria do Templo" , ou seja, o lugar onde “toda a comunidade” está “em adoração, em oração, em ação de graças, em louvor”. É com esta atitude de “escuta” e de “disponibilidade”  que acontece a oração com o Senhor.

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

O reino e a fé



Dom Alberto Taveira Corrêa, arcebispo de Belém do Pará, reflete sobre o Reino de Deus e a necessidade reavivar o desejo de anunciar novamente Jesus Cristo
Por Dom Alberto Taveira Corrêa

BELéM DO PARá, 21 de Novembro de 2013 (Zenit.org) - “Acima dele havia um letreiro: ‘Este é o Rei dos Judeus’. Um dos malfeitores crucificados o insultava, dizendo: ‘Tu não és o Cristo? Salva-te a ti mesmo e a nós!’ Mas o outro o repreendeu: ‘Nem sequer temes a Deus, tu que sofres a mesma pena? Para nós, é justo sofrermos, pois estamos recebendo o que merecemos; mas ele não fez nada de mal’.. E acrescentou: ‘Jesus, lembra-te de mim, quando começares a reinar’. Ele lhe respondeu: ‘Em verdade te digo: hoje estarás comigo no Paraíso’” (Lc 23, 38-43). A situação dos três condenados é a mais crítica que se possa pensar e, no entanto, alguém é capaz de dar um verdadeiro salto, o salto da fé, que supera as circunstâncias mais dolorosas e abre o horizonte do Reino de Deus, “Reino eterno e universal: Reino da verdade e da vida, Reino da santidade e da graça, Reino da justiça, do amor e da paz”. Da dura realidade da Cruz brotaram as fontes da Evangelização.
Jesus Cristo, verdadeiro Deus e verdadeiro Homem, revelou-se apaixonado pelo Reino de Deus. Anunciou o Reino com toda força, indicou seus sinais na natureza e na vida das pessoas, proclamou-o presente e ao mesmo tem por vir, alertou para o fato de que este Reino se encontra perto de nós! Seus discípulos percorrerão o mundo inteiro, para chegar aos confins da terra, descobrindo as sementes do Reino de Deus plantadas pelo Espírito Santo, mostrando-as presentes, proclamando a Boa Nova da Salvação e realizando o próprio Reino na Igreja, testemunha e presença do domínio de Deus.
Só que Deus não domina com os critérios e modalidades correntes. Falar de Reino de Deus exige pensar em semente, luz, fermento, grão de trigo que morre para dar a vida... Até o fim dos tempos, quando o Senhor vier em sua glória, este Reino, qual trigo no meio do joio, será provocado pela presença do mal, ainda que os discípulos de Jesus saibam, com a certeza da fé, que a vitória será do bem e da verdade. Ele, Jesus Cristo, é Senhor da história, princípio e fim, alfa e ômega da aventura humana! Nele está a vida verdadeira e o sentido de toda a procura do bem e da verdade!
Se parece muito bonito e confortador afirmar tais verdades, bem sabemos que elas pertencem ao âmbito da fé. Sem a fé, a realidade será compreendida de forma diversa, tanto que aparecem dois modos de encarar a vida, ambos fadados a bloquear o sentido da própria existência. De um lado, perder de vista a eternidade para que fomos criados por Deus, justamente por não enxergar a maravilhosa realidade de criaturas em que nos encontramos. As pessoas que vivem assim só acreditam em si mesmas e naquilo que vêem com os olhos da carne. É a pretensão de autonomia absoluta, na qual somos apenas obra do acaso ou dos processos físico-químicos da natureza, pelo que “comamos e bebamos, pois amanhã morreremos” (Cf. 1 Cor 15, 32). É ainda possível enxergar a existência como uma fatídica destinação de sofrimento, com a qual o pessimismo se instala e corrói as pessoas. De Deus se tem apenas medo, pois é visto como um vigia implacável, juiz severo, pronto a condenar os atos humanos. A fé se reduz a crença, os mitos se instalam e o medo ocupa o coração e cresce o risco do fanatismo. É o outro lado de uma medalha com a qual se pretende pagar o preço da passagem pela vida. Sabemos que nenhuma das duas visões é a autêntica fé cristã.
A fé cristã, do homem e da mulher que se encantam pelo Reino “de” Deus, escancara novas e inusitadas oportunidades. Jesus Cristo é o centro da fé cristã. O cristão crê em Deus através de Jesus Cristo, que nos revelou a face de Deus e é Deus com o Pai e o Espírito Santo. Ele é o cumprimento das Escrituras, aquele em quem acreditamos, aquele “que em nós começa e completa a obra da Fé” (Hb 12,2). Jesus Cristo, consagrado pelo Pai no Espírito Santo, é o verdadeiro realizador da evangelização, com a qual a Igreja se apresenta diante do mundo.
Sua missão continua no espaço e no tempo (Cf. Homilia de Bento XVI, na abertura do Ano da Fé, 11 de outubro de 2012). É um movimento que parte do Pai e, com a força do Espírito, conduz a levar a Boa Nova aos pobres. A Igreja é o instrumento desta obra de Cristo, unida a Ele como o corpo à cabeça. “Como o Pai me enviou, também eu vos envio” (Jo 20,21). E soprando sobre os discípulos, disse: “Recebei o Espírito Santo” (Jo 20,22). O próprio Cristo quis transmitir à Igreja a missão, e o fez e continua a fazê-lo até o fim dos tempos, infundindo o Espírito Santo nos discípulos, dando-lhes a força para “proclamar a libertação aos cativos e aos cegos a recuperação da vista; para libertar os oprimidos e para proclamar um ano da graça do Senhor” (Lc 4,18-19).
Nossa vida cristã é resposta a este imenso amor de Deus. É fundamental reavivar o desejo ardente de anunciar novamente Jesus Cristo. Nos últimos tempos aconteceu o avanço de uma "desertificação" espiritual. Já se podia perceber, a partir de algumas páginas trágicas da história, o pouco o valor dado à vida num mundo sem Deus, mas agora, infelizmente, vemos que o vazio que se espalhou. Mas é precisamente a partir da experiência deste deserto, deste vazio, que podemos redescobrir a alegria de crer e a sua importância vital. No deserto é possível redescobrir o valor daquilo que é essencial para a vida. Há sinais da sede de Deus, de um sentido para a vida, ainda que muitas vezes expressos de modo confuso ou negativo. E no deserto existe, sobretudo, necessidade de pessoas de fé que, com suas próprias vidas, indiquem o caminho para a Terra Prometida, mantendo assim viva a esperança. A fé vivida abre o coração à graça de Deus, que liberta do pessimismo (Cf. Bento XVI, Porta Fidei).
Na conclusão do Ano da Fé, nasce uma nova perspectiva de missão. Acolhamos neste final de semana o impulso evangelizador da Exortação Apostólica “Evangelium Gaudium”, com a qual o Papa Francisco impulsiona a tarefa da Evangelização. O Reino de Deus é de novo anunciado e com novo ardor, novos métodos e novas expressões. Deus seja louvado porque não podemos parar!

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

A educação segundo o Concílio Vaticano II



Princípios da educação cristã
Por Pe. Anderson Alves

ROMA, 20 de Novembro de 2013 (Zenit.org) - Algo ainda pouco conhecido é que o Concílio Vaticano II, concluído há mais de 50 anos, tenha tratado a importância da educação e a sua grande influência no progresso dos povos. De fato foi publicada então a declaração Gravissimum educationis exclusivamente sobre o tema. Naquele texto constatava-se que a educação é cada vez mais urgente, algo mencionado inclusive na Declaração universal dos direitos humanos da ONU de 1948. E desde o século passado ocorre uma crescente reflexão sobre os métodos pedagógicos[i]. Vejamos aqui algumas declarações dos padres conciliares naquele importante e pouco conhecido texto.
Uma das primeiras coisas ditas é em que consiste uma «educação adequada»: é aquela que cultiva simultaneamente a verdade e a caridade, ou seja, o amor pela verdade e a busca pelo verdadeiro bem (proêmio). A educação, pois, não se reduz a uma mera transmissão de informações, como se insere dados num computador, mas é uma tarefa essencialmente humana e visa a formação de homens íntegros. E isso só é possível com a colaboração da inteligência e da liberdade do educador e do educando. Um primeiro requisito então para uma autêntica educação é considerar cada aluno como uma pessoa única e irrepetível, e não como uma fração no meio de um grupo.. Isso implica o esforço por conhecer cada aluno pelo nome e levá-lo a sair do anonimato da massa[ii]. É necessário então intepelar a responsabilidade pessoal, estimulando o jovem para que ele se esforçe em desenvolver as capacidades de que foi naturalmente dotado.
E outro desafio importante da educação é a integração dos diversos saberes na unidade da vida pessoal. Se isso não ocorre, diversos setores do conhecimento disputarão entre si a primazia sobre os outros (matemática, física, psicologia, história, sociologia, economia etc.), como ocorre desde o início da modernidade. Como consequencia, os alunos se sentem perdidos e desestimulados. De fato, o conhecimento transmitido deve ser assimilado e integrado, pois a pessoa é sempre uma realidade una e nunca fragmentada[iii]. Quando ocorre a integração, as pessoas amadurecem e se tornam preparadas para a vida social, para trabalhar em prol do bem comum com espírito de verdadeiro respeito e autêntico diálogo (n. 1).
E a Igreja tem a missão de anunciar o mistério da salvação e de restaurar todas as coisas em Cristo, elevando tudo o que é humano ao nível divino. Por isso a Igreja busca cuidar de toda a vida do homem e desde as suas origens assume a tarefa de cultivar o progresso das pessoas, educando-as segundo princípios próprios (proêmio).
Um princípio da educação cristã afirmado é o direito inalienável de todos os homens à educação. Isso provém da sua dignidade de pessoa, e não de alguma concessão por parte do Estado ou de algum grupo social (n. 1).
Outro princípio importante diz que a educação deve corresponder ao fim próprio do homem: a vida de comunhão com Deus e com o seu próximo[iv]. A verdadeira educação almeja a formação integral da pessoa em ordem ao seu fim último o qual não exclui, mas engloba o bem das sociedades terrenas (n. 1). De fato, dificilmente pode-se falar de uma ética sem uma relação explícita com Deus. Os atuais modelos éticos, baseados no chamado “pensamento débil”, conseguem ao máximo elaborar um limitado código de conduta, uma espécie de “moral de mínimos” para evitar choques frontais entre as liberdades individuais, mas isso é incapaz de satisfazer as perguntas mais profundas do coração humano. Uma ética satisfatória deve se articular ao redor da pergunta pelo bem, ou seja, pelo que se deva fazer para ser bom e alcançar o fim último. Se não for assim, pode-se aderir a códigos de condutas mais ou menos arbitrários, mas não dirigir realmente a vida humana para a sua realização plena.
Para que a educação seja efetiva, diz ainda o Concílio, é preciso considerar as contribuições das diversas ciências (psicologia e pedagogia principalmente), de modo que os jovens sejam ajudados a desenvolver harmonicamente as suas qualidades físicas, intelectuais e morais, conquistando gradualmente o sentido da responsabilidade pela própria vida e o conhecimento da autêntica liberdade (n. 1). A educação deve então ajudar a apreciar e praticar os justos valores morais, sendo o principal deles o conhecer e amar a Deus que criou o homem para ser seu interlocutor. Deus criou o homem livremente, ou seja, por amor e para amar, e nesse fato se funda a liberdade humana. Os Estados, portanto, não podem negar aos jovens o «sagrado direito» de serem educados segundo os valores morais e religiosos próprios e familiares.
Então o documento do Vaticano II diz que todos os cristãos têm o direito a receber a educação cristã, a qual visa levar os jovens a alcançar a maturidade humana e a conhecer o mistério da salvação no qual foram inseridos. Por isso os alunos devem ter a possibilidade de crescer na fé que receberam, de prestar culto a Deus, de levar uma vida de justiça e santidade, colaborando com a expansão do Reino de Deus. Desse modo os leigos se tornam conscientes da vocação que receberam de conformar de modo cristão o mundo, o qual supõe assumir os valores naturais na consideração integral do homem remido por Cristo. Os cristãos sendo educados e agindo segundo a lei da liberdade cristã cooperam ao desenvolvimento da sociedade terrena e trabalham pelo reino de Deus para o qual foram chamados (n. 2).
[i] Gravissimum educationis, Declaração sobre a educação cristã, publicada em 28/10/1965. Disponível em: http://www.vatican.va/archive/hist_councils/ii_vatican_council/documents/vat-ii_decl_19651028_gravissimum-educationis_po.html
[ii] Horkheimer e Adorno analisaram a presumida autosuficiência do progresso intelectual da modernidade. E denunciaram a «triunfal desventura» causada pela hegemonia da técnica (superioridade do «fazer» sobre o «ser»). A técnica «realiza a angústia mais antiga, aquela de perder o próprio nome». Esse seria o custo pago quando se trocou o antigo ideal sapiencial da educação para o moderno. Passou-se do ideal de «saber viver» para o «saber fazer». Cfr. M. Horkheimer, T.W. Adorno, Dialettica dell’illuminismo, Torino, Einaudi 1966, pp. 11, 36 e 37.
[iii] Cfr. C. Cardona, Etica del quehacer educativo, Rialp, Madrid 1990, cap. 1.
[iv] J. Maritain, L’educazione al bivio, Brescia, La Scuola 1963, pp. 15-16: «Os seus meios [da educação contemporânea] não são maus; ao contrário, são geralmente melhores daqueles da velha pedagogia. O problema é precisamente que esses são tão bons que nos fazem perder de vistas o fim [da educação]».

Liberdade, liberdade... A mais invocada e a mais sufocada pela ditadura do relativismo



Daí provêm as atuais legislações, que sancionam pesadamente qualquer discriminação por orientação sexual como uma forma de homofobia, novo delito agregado aos códigos penais
Por Vanderlei de Lima

AMPARO, 20 de Novembro de 2013 (Zenit.org) - Define-se a liberdade como a condição daquele que é livre.
Em sentido social e político, a liberdade civil ou individual é o ato que garante a uma pessoa o exercício de sua cidadania dentro dos limites da lei e respeitando os direitos dos outros. Aliás, “A liberdade de cada um termina onde começa a liberdade do outro”, sentenciou o filósofo Spencer (†1903).
Também Estevão Bettencourt, OSB, (†2008), deixou consignado que, numa sociedade verdadeiramente democrática, até “a liberdade de expressão não implica desrespeito aos valores alheios”.
“A sadia convivência numa sociedade requer polidez de uns para com os outros, ficando excluídas todas as expressões que firam a consciência do próximo. Caso não se observe esta norma, a vida em sociedade assemelha-se a um campo de batalha” (Pergunte e Responderemos n. 530, agosto de 2006, p. 371).
A liberdade política é, mais especificamente, a possibilidade de o indivíduo exercer, na sociedade, os chamados direitos individuais clássicos, como o direito de votar e de ser votado, a liberdade de opinião e de culto etc.
Essa característica natural do homem, que é a liberdade, conhecida desde as primeiras páginas da Sagrada Escritura (Gn 2-3), vem sofrendo pesadas restrições nos governos ditatoriais ou candidatos a ditadores na América Latina. Eles querem, não pela força do argumento – que não têm –, mas pelo argumento da força, sufocar impiedosamente direitos humanos básicos defendidos há séculos em respeitáveis documentos.
Com efeito, a Declaração dos Direitos do Homem, de 1789, já assegurava que “A livre comunicação dos pensamentos e opiniões é um dos direitos mais preciosos do homem; todo cidadão deve, portanto poder falar, escrever, imprimir, livremente, devendo, contudo, responder ao abuso dessa liberdade nos casos determinados pela lei” (art. 4º).
Hilton Japiassú e Danilo Marcondes, filósofos brasileiros, escrevem em seu Dicionário Básico de Filosofia, que a liberdade de pensamento, em seu sentido estrito, é inalienável. Ninguém pode ser forçado a crer ou a deixar de crer em algo (nem em Deus). Pode, no máximo, ser impedido de expor a sua crença ou descrença ou forçado a declarar que crê quando não crê ou vice-versa. Tal impedimento ou imposição, porém, mesmo que seja amparado em uma lei civil, derruba a liberdade de expressão e, por suposto, a de consciência.
Portanto, reivindicar a liberdade de pensar significa lutar pelo direito de exprimir seu pensamento. Voltaire (†1778), filósofo francês, ilustra essa liberdade: “Não estou de acordo com o que você diz, mas lutarei até o fim para que você tenha o direito de dizê-lo”.
Contra tudo isso que acabamos de expor, levanta-se a “ditadura do relativismo, denunciada pelo Papa Bento XVI e fortemente presente nos grupos antivida e antifamília atuantes nos nossos dias, conforme denuncia José Antônio Ureta:
“A Revolução anticristã em curso declara-se ‘liberal’. Porém, após obter a plena liberdade para o mal, ela procura neutralizar o bem; mais ainda, ela quer a cumplicidade positiva dos homens bons e honestos, e particularmente dos católicos, para suas violações da lei moral. É o que o atual pontífice Bento XVI [o artigo é de 2009 – nota do autor deste livro] denominou ‘ditadura do relativismo’, em seu sermão na Missa de abertura do conclave que o elegeu para a Cátedra de Pedro.”
“O avanço dessa ditadura do mal, exigindo a cumplicidade dos católicos, é hoje particularmente ameaçador nas legislações que promovem o aborto e favorecem o vício homossexual, as quais cerceiam, cada vez mais, o direito à objeção de consciência, ou seja, de abster-se de participar ativamente de atos objetivamente imorais, impostos pela lei positiva ou pela autoridade civil.”
“No caso do aborto, o que motiva esse cerceamento (além da dinâmica satânica do mal) é a carência crescente de médicos dispostos a praticá-lo. Por exemplo, recente relatório do Parlamento francês, redigido pela deputada Bérengère Poletti, deplora a falta de ‘renovação das gerações militantes’ – ou seja, a geração ‘dos médicos que puseram em marcha a Lei Veil’, a qual despenalizou o aborto na França – que ‘vão proximamente aposentar-se’. A “solução” para essa falta de médicos abortistas é simplesmente forçar os antiabortistas a violar a própria consciência e praticar um crime que, no dizer das Escrituras, ‘brada aos Céus e clama a Deus por vingança’.
“No caso da homossexualidade, essa evolução é motivada pelo desejo dos homossexuais de verem seu estilo de vida e suas uniões contra a natureza ser plenamente aceitos por todos na vida social, além dos múltiplos benefícios legais que já têm obtido. Daí provêm as atuais legislações, que sancionam pesadamente qualquer discriminação por orientação sexual como uma forma de ‘homofobia’, novo delito agregado aos códigos penais” (Catolicismo n. 702, p. 28).
Diante desse quadro sombrio, cabe-nos, enquanto autênticos católicos, alertar – por meio de palavras e escritos – os nossos irmãos e irmãs. Se agirmos assim, cumpriremos a missão que o Senhor Jesus nos deu: ser sal da terra e luz do mundo (cf. Mt 5,13-14).
Vanderlei de Lima é autor do livro “Obedecer antes a Deus que aos homens” (2013).

O Santo Padre nos lembra que Deus não se cansa de perdoar e que nós não devemos cansar-nos de pedir perdão




Texto da catequese do Papa Francisco na audiência da quarta-feira
Por Redacao

ROMA, 20 de Novembro de 2013 (Zenit.org) - Queridos irmãos e irmãs, bom dia!
Quarta-feira passada falei da remissão dos pecados, referida de modo particular ao Batismo. Hoje prosseguimos no tema da remissão dos pecados, mas em referência ao chamado “poder das chaves”, que é um símbolo bíblico da missão que Jesus deu aos Apóstolos.
Antes de tudo, devemos recordar que o protagonista do perdão dos pecados é o Espírito Santo. Em sua primeira aparição aos Apóstolos, no cenáculo, Jesus ressuscitado fez o gesto de assoprar sobre eles dizendo: “Recebei o Espírito Santo. Àqueles a quem perdoardes os pecados, ser-lhes-ão perdoados; àqueles a quem os retiverdes, ser-lhes-ão retidos” (Jo 20, 22-23). Jesus, transfigurado em seu corpo, agora é homem novo, que oferece os dons pascoais frutos da sua morte e ressurreição. Quais são estes dons? A paz, a alegria, o perdão dos pecados, a missão, mas, sobretudo, doa o Espírito Santo que de tudo isto é a fonte. O sopro de Jesus, acompanhado das palavras com as quais comunica o Espírito, indica o transmitir a vida, a vida nova regenerada pelo perdão.
Mas antes de fazer o gesto de soprar e doar o Espírito Santo, Jesus mostra as suas chagas, nas mãos e no peito: estas feridas representam o preço da nossa salvação. O Espírito Santo nos traz o perdão de Deus “passando através” das chagas de Jesus. Estas chagas que Ele quis conservar; também neste momento Ele no Céu faz ver ao Pai as chagas com as quais nos redimiu. Pela força dessas chagas, os nossos pecados são perdoados: assim Jesus deu a sua vida pela nossa paz, pela nossa alegria, pelo dom da graça na nossa alma, pelo perdão dos nossos pecados. É muito belo olhar assim para Jesus!
E chegamos ao segundo elemento: Jesus dá aos Apóstolos o poder de perdoar os pecados. É um pouco difícil entender como um homem pode perdoar os pecados, mas Jesus dá este poder. A Igreja é guardiã do poder das chaves, de abrir ou fechar ao perdão. Deus perdoa cada homem em sua soberana misericórdia, mas Ele mesmo quis que quantos pertencem a Cristo e à Igreja recebam o perdão mediante os ministros da comunidade. Através do ministério apostólico, a misericórdia de Deus me alcança, as minhas culpas são perdoadas e me é dada a alegria. Deste modo, Jesus nos chama a viver a reconciliação também na dimensão eclesial, comunitária. E isto é muito bonito. A Igreja, que é santa e ao mesmo tempo necessitada de penitência, acompanha o nosso caminho de conversão por toda a vida. A Igreja não é mestre do poder das chaves, mas é serva do ministério da misericórdia e se alegra todas as vezes que pode oferecer este dom divino.
Tantas pessoas talvez não entendem a dimensão eclesial do perdão, porque domina sempre o individualismo, o subjetivismo, e também nós cristãos somos afetados por isso. Certo, Deus perdoa cada pecador arrependido, pessoalmente, mas o cristão está ligado a Cristo, e Cristo está unido à Igreja. Para nós cristãos, há um dom a mais, e há também um compromisso a mais: passar humildemente pelo ministério eclesial. Isto devemos valorizar; é um dom, uma cura, uma proteção e também é a segurança de que Deus me perdoou. Eu vou até o irmão sacerdote e digo: “Padre, fiz isto…”. E ele responde: “Mas eu te perdoo; Deus te perdoa”. Naquele momento, eu estou seguro de que Deus me perdoou! E isto é belo, isto é ter a segurança de que Deus nos perdoa sempre, não se cansa de perdoar. E não devemos nos cansar de ir e pedir perdão. Pode-se ter vergonha de dizer os pecados, mas as nossas mães e as nossas avós diziam que é melhor ficar vermelho uma vez que amarelo mil vezes. Fica-se vermelho uma vez, mas são perdoados os pecados e se segue adiante.
Enfim, um último ponto: o sacerdote instrumento para o perdão dos pecados. O perdão de Deus que vem dado na Igreja é transmitido por meio do ministério de um irmão nosso, o sacerdote; também ele um homem que como nós precisa de misericórdia, torna-se verdadeiramente instrumento de misericórdia, doando-nos o amor sem limites de Deus Pai. Também os sacerdotes precisam se confessar, mesmo os bispos: todos somos pecadores. Também o Papa se confessa a cada 15 dias, porque também o Papa é um pecador. E o confessor ouve as coisas que eu lhe digo, aconselha-me e me perdoa, porque todos precisamos deste perdão. Às vezes se ouve alguém dizer que se confessa diretamente com Deus… Sim, como disse primeiro, Deus te escuta sempre, mas no sacramento da Reconciliação envia um irmão para levar o perdão a você, a segurança do perdão, em nome da Igreja.
O serviço que o sacerdote presta como ministro, por parte de Deus, para perdoar os pecados é muito delicado e exige que o seu coração esteja em paz, que o sacerdote tenha o coração em paz; que não maltrate os fiéis, mas que seja brando, benevolente e misericordioso; que saiba semear esperança nos corações e, sobretudo, seja consciente de que o irmão ou a irmã que se aproxima do sacramento da Reconciliação procura o perdão e o faz como tantas pessoas se aproximavam de Jesus para que as curasse. O sacerdote que não tenha esta disposição de espírito é melhor que, até que se corrija, não administre este Sacramento. Os fiéis arrependidos têm o direito, todos os fiéis têm o direito de encontrar nos sacerdotes servos do perdão de Deus.
Queridos irmãos, como membros da Igreja, somos conscientes da beleza deste dom que o próprio Deus nos oferece? Sentimos a alegria desta cura, desta atenção materna que a Igreja tem conosco? Sabemos valorizá-la com simplicidade e assiduidade? Não nos esqueçamos de que Deus não se cansa nunca de nos perdoar; mediante o ministério do sacerdote nos dá um novo abraço que nos regenera e nos permite levantar e retomar o caminho. Porque esta é a nossa vida: levantar-se continuamente e retomar o caminho.

50 ANOS DA SACROSANCTUM CONCILIUM - II


 

 Há 50 anos estava acontecendo o Concílio Ecumênico Vaticano II. Já sabemos pela mensagem anterior que o primeiro documento do mesmo Concílio chamava-se Sacrosanctum Concilium (SC), o qual tratava da reforma litúrgica, tentando resgatar os princípios essenciais da Liturgia, que são:
1.      Natureza da Liturgia: A Liturgia se fundamenta na história da salvação (Ano Litúrgico), centralizada no Mistério pascal. Ela celebra, atua, torna presente, tanto o passado como o futuro da salvação, no hoje da história (SC 8), pela ação do Espírito Santo (SC 6), na vida dos fiéis. Torna-se o exercício, o acontecer do serviço (múnus) sacerdotal de Jesus Cristo e de seu Corpo (SC 7). Ele torna-se presença pascal atuante na assembléia reunida; na Palavra proclamada, refletida e rezada; na Eucaristia e demais Sacramentos e nos ministros (SC 7). Para essa atuação dos Mistérios da salvação requer-se linguagem simbólica acessível (ritos, gestos, sinais claros e inteligíveis – SC 21 e 35). A Constituição conciliar possibilitou, portanto, um novo espírito litúrgico, centralizado no Mistério pascal de Cristo, essência e pedra angular da Liturgia, a qual é considerada: “cume para o qual tende a ação da Igreja e, ao mesmo tempo, é a fonte donde emana toda a sua força” (SC 10). Supera-se a visão exterior, separada e utilitarista da Liturgia para torná-la fonte primordial da espiritualidade cristã.
2.      Participação na Liturgia: A SC, não menos de 25 vezes, usa verbos similares a “participar” ou substantivos com o sentido de “participação”, ao falar do envolvimento de todos os fiéis na celebração litúrgica. A SC recomenda a participação com qualificativos bem dinâmicos e envolventes, como: sincera, ativa, frutuosa, consciente, compreensível, fácil, plena,... (SC 11, 14, 17, 19, 21, 30...).
3.      Adaptação Litúrgica: em sua substância a Liturgia é imutável, por ser de instituição divina, mas como composição humana contém elementos que estão sujeitos a mudanças, segundo os tempos e lugares, e por isto também a alterações (SC 21e 23). Estas mudanças ou alterações implicam em adaptação cultural mais profunda e envolve toda linguagem, ritos, sinais, símbolos. Os Padres conciliares querem que a cultura e o gênio dos diversos povos sejam valorizados (SC 37-40).
4.      criatividade litúrgica: como nós a entendemos nas celebrações de nossas comunidades, ela não atinge as mudanças estruturais da Liturgia, é algo que deve ser constante e, antes de tudo, é interior, mas as expressões externas contribuem decididamente para que isso aconteça (linguagem simbólica).
5.      Ação Comunitária: A SC traz de volta o espírito eclesial e comunitário da celebração litúrgica. O individualismo devocional cede lugar à assembléia litúrgica, que recebe importância particular, como povo sacerdotal, povo celebrante, também sujeito da celebração, em virtude da graça batismal.
6.      Formação Litúrgica: A SC recomenda vivamente a formação litúrgica do clero para que os pastores estejam “profundamente imbuídos do espírito e da força da Liturgia e dela se tornem mestres...” (SC 14). Recomenda-se cuidadosa preparação, tanto dos que ensinam essa disciplina como dos candidatos ao sacerdócio e vida consagrada (SC 15-17). Os fiéis recebam também uma adequada formação litúrgica a fim de proporcionar-lhes condições para a devida participação (SC 19).
A reforma dos demais temas da SC, como: sacramentos, caráter bíblico, ofício divino, ano litúrgico, música e arte sacra, língua litúrgica, a liturgia nas dioceses, nas paróquias, decorre dos princípios fundamentais, que vimos anteriormente.
Dom Aloísio A. Dilli – Bispo de Uruguaiana

VIVER EM COMUNHÃO

Deus criou o ser humano a sua imagem e semelhança, chamou-o a viver em comunhão com ele e seus semelhantes, e nesta comunhão é que acontece a realização da pessoa humana. Por isso a ser humano é um ser social e precisa do outro.            
  Porque juntos é que podem crescer e superar suas limitações e vencer os obstáculos.A necessidade que as pessoas tem de andar e estar juntos faz com que se reúnam em associações, clubes, movimentos, entidades, e, sobretudo em família. Porque juntos são mais fortes e com mais facilidade atingem os objetivos.
Temos um refrão que diz a união faz a força, e é verdade. Na dimensão religiosa também é assim, é necessário que se caminhe junto, que se  crie laços, que se viva em comunidade, do jeito que Jesus ensinou.
 A palavra comunidade significa comunhão, isto é, união de vida, de idéias, de trabalho. A comunidade precisa ser construída cuidadosamente, necessita de reparos constantes para se manter firme. Pois é constituída de pessoas, e somos imperfeitos, frágeis, por isso é necessário que se tenha cuidados.Precisamos ser como as pedras de um rio, que de tanto rolarem juntas tomam a forma arredondada, perdem as arestas e as pontas. A forma redonda é a que mais une, portanto é a melhor maneira de se integrar para juntas rolarem.
 Ali na comunidade todos têm a alegria de se encontrar, se ajudam, plantam e cultivam a amizade, a união, o respeito e convivem na alegria e crescem na organização. É onde nascem os frutos do Reino de Deus, ou seja, a justiça, a fraternidade, a bondade, o perdão, a igualdade, a solidariedade e conduz a salvação. Portanto a comunidade é o espaço perfeito para alcançarmos a salvação.
 A comunidade é  de Deus, pois foi Jesus quem disse: “Meu Pai é o agricultor”.(Jo 15) Por isso precisamos colocar os nossos talentos a disposição, trabalhar com afinco para render bons frutos.
A comunidade cristã está enraizada numa historia de aliança de Deus com o seu povo. O Antigo Testamento que a iniciativa da Aliança sempre partiu de Deus, ele que busca andar com seu povo. Enviou seu Filho para fazer a definitiva e eterna aliança.
 Jesus nos revela a fonte da Aliança, a Santíssima Trindade, e assim Deus é comunhão.  A Trindade é o modelo de comunhão é a melhor comunidade. A comunhão da Trindade é proposta por Jesus como modelo e ideal da comunhão humana. Jesus ressalta:  Que todos sejam um  só, como nós somos um. (Jo 17)       
 A Igreja é chamada a viver o sentido da comunhão e da missão. A primeira comunhão deve ser com a Trindade Santa, Pai, Filho e Espírito Santo. A segunda comunhão da Igreja é a união com as pessoas.

 Nós também precisamos fazer união com a Santíssima Trindade e com os irmãos, pois para sermos cristãos precisamos viver como irmãos.
                      Maria Ronety Canibal

terça-feira, 19 de novembro de 2013

"Avós, tesouro para a sociedade": a homilia do Papa


“Um povo que não respeita os avós é um povo sem memória e consequentemente, sem futuro”. Este foi o ensinamento proposto pelo Papa Francisco na homilia da missa celebrada na manhã de terça-feira, 19, na Casa Santa Marta. 

O Papa comentou o episódio bíblico de Eleazar, o idoso que optou pelo martírio em coerência com sua fé em Deus e para dar um testemunho de retidão aos jovens. Diante da escolha entre a apostasia e a fidelidade, não teve dúvidas e pensou que seu gesto de coragem poderia ser um exemplo para os mais jovens:

“Vivemos numa época em que os idosos não contam. É triste admitir, mas nós os ‘descartamos’ porque incomodam. Os idosos nos trazem a história, nos transmitem a doutrina, nos mostram a fé e a deixam como herança. Como um bom vinho envelhecido, têm uma força interior que nos propicia uma nobre herança”. 

Papa Francisco contou aos presentes que quando era pequeno ouviu a história de uma família de pai, mãe, filhos e um avô, que quanto tomava sopa, se sujava. Incomodado, o pai comprou uma mesinha para que o idoso passasse a comer sozinho. Ao voltar a casa, à noite, este pai encontrou seu filho construindo uma mesinha de madeira. O menino lhe explicou que ela serviria ao pai, para quando envelhecesse como o avô. 

“Esta história sempre me fez tão bem, toda a vida. Os avós são um tesouro. A memória de nossos antepassados leva à imitação da fé. A velhice às vezes é feia por causa das doenças e de todo o resto, mas a sabedoria de nossos avós é a herança que recebemos. Um povo que não resguarda e não os respeita os avós não tem futuro porque perde a memória”. 

Enfim, o Papa Francisco recomendou que pensemos nos idosos e idosas que moram em casas de repouso e também nos muitos anciãos que foram abandonados por suas famílias. “Eles são um tesouro para nossa sociedade”, frisou, pedindo: 

“Rezemos por nossos avós e avôs que muitas vezes tiveram um papel heróico na transmissão da fé em tempos de perseguição. Quando nossos pais não estavam em casa, ou tinham idéias estranhas como as que a política ensinava naquela época, foram as avós a nos transmitir a fé. O quarto mandamento, lembrou o Papa, é o único que promete algo em troca: é o mandamento da piedade. Peçamos hoje aos velhos Santos Simão, Ana, Policarpo e Eleazar a graça de proteger, escutar e venerar os nossos antepassados, nossos avós”.

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

O Vaticano e a missão da Igreja



Por ocasião da Jornada Mundial das Missões, uma reflexão sobre o radical repensar dos fundamentos teológicos da missão, graças ao concílio

Roma,  (Zenit.orgPe. Giuseppe Buono, PIME | 

Em 11 de outubro de 1962 começou o concílio Vaticano II, convocado pelo papa João XXIII. Passaram-se já 51 anos. Pelo mundo inteiro, surgiram iniciativas para comemorar o aniversário: congressos, assembleias, reuniões, documentos, livros, edições exclusivas de periódicos repletas de contribuições de vários especialistas, filósofos, teólogos, historiadores, sociólogos. Um grande interesse midiático. E em todas essas informações, grandes ou pequenas, mesmo nas de fonte estritamente laica, há um consenso geral em se reconhecer a importância do concílio Vaticano II: um evento extraordinário, o primeiro concílio da história da Igreja de caráter plenamente universal, como nunca tinha acontecido. Para o mundo católico, é um evento que tem implicações espirituais elevadíssimas, a tal ponto que o Sínodo Extraordinário dos Bispos em 1985 o chamou de "graça máxima do século XX".
A teologia da missão no Concílio Vaticano II
O concílio ecumênico Vaticano II lança uma reformulação radical do fundamento teológico da missão. O termo e o conceito de missão tinha sido expresso, de quando em quando, como atividade missionária da Igreja, como plantatio Ecclesiae, como uma atividade da Igreja onde quer que houvesse necessidade ou apenas como atividade nos territórios dependentes da Congregação De Propaganda Fide.
O decreto Ad Gentes recupera a visão da missão em termos de ontologia sobrenatural. A missão da Igreja é fundada nas missões trinitárias: no Pai como amor originário que envia o Filho, Sua Palavra, e o Espírito Santo. A reflexão sobre a missão é teológica pelo seu conteúdo e pelo específico modo com que especialmente os Padres gregos distinguiam a teologia (Deus em si mesmo Trino e Uno e a criação) da economia (especialmente a Encarnação). A Igreja é a realização do plano de Deus de salvar todas as pessoas, associando-as à sua vida e à sua glória. A vida da Trindade é, ao mesmo tempo, a fonte da missão da Igreja e o seu cumprimento no horizonte escatológico. O início do decreto Ad Gentes ressalta: "Ad gentes divinitus missa...", onde o divinitus não fala apenas de um mandado divino, mas remete a uma fonte que é a própria vida da Trindade; não é apenas um Deus que envia, mas um Deus que entra no coração da humanidade para salvá-la.
Natureza da Igreja e natureza da missão
Existe uma íntima relação entre a natureza da Igreja e a missão da Igreja. A relação íntima está contida na atribuição à Igreja da categoria de mistério e de sacramento, que remetem ao horizonte bíblico e ao da Tradição.
A Igreja é mistério em relação ao mistério de Cristo e ao mistério da Santíssima Trindade, à sua origem e, consequentemente, à sua missão.
A Igreja é mistério porque é fundada no mistério trinitário; é sociedade porque está enraizada na história.
A Igreja é sacramento porque é resultado da redenção operada por Cristo e é chamada a atualizá-la na história dos homens por força da Encarnação do Verbo.
Natureza e missão da Igreja se exigem e se expressam reciprocamente: "A Igreja peregrina é, por natureza, missionária, uma vez que se origina da missão do Filho e da missão do Espírito Santo, de acordo com o desígnio de Deus Pai" (AG 2).
A Igreja é povo de Deus a caminho do cumprimento. Esse caminho é histórico e salvífico ao mesmo tempo, porque o tempo do homem é projetado para a eternidade de Deus.
O vocabulário da missão no concílio Vaticano II
O vocabulário da missão no concílio Vaticano II coloca a missão da Igreja dentro das missões trinitárias, enfatizando a iniciativa do Pai, fonte de Amor, de Cristo, missionário do Pai, e do Espírito Santo, que torna a Igreja missionária. Considerando-se a Igreja e a humanidade na sua historicidade como destinatárias das missões trinitárias, segue-se que a Trindade é o modelo de referência permanente da missão da Igreja, cujo objetivo é participar a todos os homens a vida trinitária da qual deriva a sua própria missão. "A missão não se limita a suscitar a conversão e a fé, mas também norteia os passos seguintes que levam ao batismo, à vida da Igreja e ao testemunho no mundo. A missão pretende iniciar, fazer crescer e sustentar o caminho da fé que, desde o primeiro momento, leva à plenitude de Cristo".
No decreto Ad Gentes, a expressão mais utilizada não é missão, mas atividade missionária, como sinônimo de missões e do conjunto das tarefas da Igreja (AG 9). Além disso, o subtítulo do decreto conciliar, sobre a atividade missionária da Igreja, expressa com clareza a intenção dos padres conciliares. Esta missão, no entanto, continua mesmo após a fundação da Igreja nos ambientes de incredulidade e de ignorância do mistério de Cristo e nas Igrejas de origem antiga, onde "a Igreja está em fase de regresso e de fraqueza" (AG 19).
Encontramos assim, no decreto, uma terminologia que indica toda a missão que a Igreja recebeu de Cristo: missio Ecclesiae, e, juntamente, toda a atividade missionária da Igreja dedicada aos gentios, isto é, aos grupos não cristãos que ainda não foram alcançados pelo anúncio do Evangelho e aos lugares em que a Igreja não se expressa ainda em plenitude:activitas missionalis.

Atenção ao pensamento único globalizado, ao espírito que negocia tudo, até mesmo a fé



O Papa em Santa Marta denuncia o espírito mundano: o "espírito do progressismo adolescente" e a "globalização de uniformidade hegemônica"
Por Salvatore Cernuzio

ROMA, 18 de Novembro de 2013 (Zenit.org) - Que o mundanismo é um dos piores inimigos do homem, do cristão, o Papa Francisco disse mais de uma vez. Hoje em Santa Marta, o Papa foi ainda mais longe e advertiu contra o "espírito do mundo que negocia tudo" até mesmo a fé, e sua progênie. Antes de tudo o "progressismo adolescente" que, como adolescentes entusiastas, precisa ceder a tudo e tentar de tudo. E depois, a "globalização", ou, aquele pensamento único que - como afirmado por Bento XVI na Missa da Epifania de 2008:  "Não é sinônimo de ordem mundial, mas sim outra coisa”.
Devido a estes males, adverte Papa Francisco, acaba-se negociando não só os valores, mas a própria fé. E este é um risco grave. O mundanismo é, de fato, o dilema do nosso tempo, mas suas origens são antigas, desde os Macabeus. O Papa parte da primeira leitura de hoje, para explicar a "raiz perversa" do mundanismo. Nesta, alguns homens “perversos", no comando dos israelitas, convencem o povo de Deus a ir tratar com o rei, para "negociar" com as outras nações para que Israel não fosse isolada. Ao fazer isso, os israelitas abandonaram suas tradições e costumes; se “uniram às nações e se venderam para fazer o mal".
Em outras palavras, diante de uma proposta mundana - disse o Papa - o povo escolhido acaba se afastando de Deus e se aproxima do "espírito do progressismo adolescente", pelo qual se acredita que "avançar em qualquer escolha é melhor do que permanecer no hábito da fidelidade". Nessas negociações com o rei, Israel contraria a "fidelidade ao Deus sempre fiel". E isso - destaca o Papa - é chamado de "apostasia", "adultério", porque negocia "o essencial do seu ser: a fidelidade ao Senhor".
"É precisamente o fruto do diabo", acrescenta duramente Bergoglio, um fruto "do príncipe deste mundo, que nos conduz com o espírito do mundanismo". E por consequência:  "assumiram os hábitos dos pagãos" e "o rei prescreveu em todo o seu reino que todos formassem um só povo e cada um abandonasse as próprias tradições". Chegando assim a uma "globalização de uniformidade hegemônica", que - diz o Papa - "não é a bela globalização da unidade de todas as nações, em que estão unidas e cada uma tem suas próprias tradições, é precisamente o “pensamento único”: “fruto do mundanismo”.
"Todos os povos adaptaram-se às ordens do rei- continuou o Papa, referindo-se à leitura - aceitaram até mesmo o seu culto, sacrificaram ídolos e profanaram o sábado”. Por fim, o “rei suscitou uma abominável devastação sobre o altar”.
"Isso acontece até hoje!" – comentou  Bergoglio-  "porque o espírito do mundanismo ainda existe hoje, ainda hoje nos conduz neste desejo de ser progressista sobre um pensamento único. Se alguém fosse encontrado com o Livro da Aliança e se alguém obedecesse a lei, a sentença do rei o condenava a morte: e isso nós lemos nos jornais, nos últimos meses”.
"Esse povo – acrescentou- negociou a fidelidade ao seu Senhor; esse povo, movido pelo espírito do mundo, negociou a própria identidade, negociou a pertença a um povo, um povo que Deus ama tanto, que Deus quer como seu povo”.
O Papa fez referência ao romance do século XX- Mestre do Mundo- que se concentra sobre "o espírito de mundanismo que leva à apostasia". Hoje, afirma o papa, pensam que "temos de ser como todo mundo, temos que ser mais normal, como todo mundo faz, neste progressismo adolescente". Mas depois, “a história continua", ou seja, “a pena de morte, os sacrifícios humanos". "Vocês acham que hoje não existem mais sacrifícios humanos?" - pergunta o pontífice- "existem muitos, muitos! E existem leis que os protegem".
Diante deste cenário sombrio e incerto, não devemos perder a esperança. Porque- diz Bergoglio- neste "caminho de infidelidade" traçado com o "espírito do mundo" pelo "príncipe deste mundo", conforta -nos saber que “sempre está o Senhor que não pode renegar a si mesmo, o Fiel: Ele sempre nos espera, Ele ama-nos tanto, e Ele perdoa-nos quando nós, arrependidos por qualquer passo, por qualquer pequeno passo neste espírito de mundanidade, nós vamos ter com Ele, o Deus fiel perante o Seu povo que não é fiel” – disse o Papa-.
Então, exorta o Papa “com o espírito de filhos da Igreja rezemos ao Senhor para que com a Sua bondade, com a sua fidelidade nos salve deste espírito mundano que negoceia tudo; que nos proteja e nos faça andar para a frente, como fez caminhar o Seu povo no deserto, levando-o pela mão, como um pai leva o seu menino. Na mão do Senhor estamos seguros.”

Papa Francisco convida ao discernimento: virtude cristã de entender onde está o Espírito do Senhor e onde está o espírito do mal




Pontificie distribuiu "Misericordina" aos fiéis e peregrinos presentes na Praça de São Pedro para rezar o Angelus

CIDADE DO VATICANO, 17 de Novembro de 2013 (Zenit.org) - Queridos irmãos e irmãs, bom dia,
O Evangelho deste domingo (Lc 21,5-19) consiste na primeira parte de um discurso de Jesus:aquele sobre o fim dos tempos. Jesus o pronunciou em Jerusalém, diante do templo; e a inspiração se deu precisamente das pessoas que falavam do templo e de sua beleza. Aquele templo era belo. Então Jesus disse: "Dias virão em que, tudo o que se vê agora, não ficará pedra sobre pedra" (Lc 21, 06). Naturalmente lhe perguntam: Quando isso vai acontecer? Quais serão os sinais? Mas, Jesus desvia a atenção destes aspectos secundários-Quando será? Como será? – paraas verdadeiras questões. Que são duas. A primeira: Não se deixar enganar por falsos messias e não se deixar paralisar pelo medo. A segunda: viver o tempo de espera como tempo de testemunho e de perseverança. E nós estamos neste tempo de espera, a espera da vinda do Senhor.
Este discurso de Jesus é sempre atual, sobretudo para nós que vivemos no século XXI. De fato, Ele nos diz: "Cuidado para não se deixar enganar. Muitos virão em meu nome "(v. 8). É um convite ao discernimento, virtude cristã de entender onde está o Espírito do Senhor e onde está o espírito do mal. Ainda hoje, de fato, existem falsos "salvadores", que tentam substituir Jesus: líderes deste mundo, gurus, e até feiticeiros, personagens que querem atrair para si os corações e as mentes, especialmente dos jovens. Jesus nos adverte: "Não os sigam!”
E o Senhor nos ajuda a não termos medo: diante das guerras, das revoluções, mas também das catástrofes naturais, epidemias, Jesus nos livra do fatalismo e das falsas visões apocalípticas.
O segundo aspecto nos interpela como cristãos e como Igreja: Jesus preanuncia as provações dolorosas e perseguições, pelas quais seus discípulos deveriam sofrer por sua causa. No entanto, garante: "Nem um só cabelo da vossa cabeça " (v. 18). Ele nos lembra que estamos totalmente nas mãos de Deus! As adversidades que encontramos, por causa da nossa fé e da nossa adesão ao Evangelho, são ocasiões de testemunho; não devem nos afastar do Senhor, mas nos conduzir a nos abandonar ainda mais Nele, no poder do seu Espírito e na sua graça.
Neste momento, penso eu, e todos nós pensamos. Façamos juntos: aos muitos irmãos e irmãs cristãos, que sofrem perseguição, por causa da sua fé. São tantos. Talvez muitos nos primeiros séculos. Jesus está com eles. Também nós estamos unidos a eles com as nossas orações e o nosso amor. Nós também temos admiração por sua coragem e seu testemunho. Eles são nossos irmãos e irmãs que em muitas partes do mundo sofrem por serem fiéis a Jesus Cristo. Saudamos de coração e com afeto.
Por fim, Jesus faz uma promessa que é garantia de vitória: "Pela sua perseverança vocês salvarão suas vidas" (v. 19). Quanta esperança nestas palavras! Elas são um convite à esperança e à paciência, a sermos capazes de esperar os frutos seguros da salvação, confiantes no sentido profundo da vida e da história: as provações e dificuldades fazem parte de um desígnio bem maior, pois o Senhor, o Senhor da história, conduz tudo a seu cumprimento. Apesar das desordens e das calamidades que afetam o mundo, o desígnio da bondade e misericórdia de Deus se cumprirá. Essa é a nossa esperança, andar assim, nessa estrada, no plano de Deus que se cumprirá. Essa é a nossa esperança.
Essa mensagem de Jesus nos faz refletir sobre o nosso presente e nos dá a força para enfrentá-lo, com coragem e esperança, na companhia de Nossa Senhora, que sempre caminha conosco.
Depois do Angelus
Saúdo todos vós, famílias, associações e grupos, que vieram de Roma, da Itália, de várias partes do mundo: Espanha, França, Finlândia, Países Baixos. Em particular, saúdo os peregrinos de Vercelli, Salerno, Lizzanello; o Motoclub Lucania de Potenza, os jovens de Monte Cassino e Caserta.
Hoje, a comunidade eritreia em Roma celebra a festa de São Miguel.. Saudamos -vos de coração!
Hoje é o "Dia das vítimas das estradas". Asseguro a minha oração e encorajo-vos a perseverar na prevenção, porque a prudência e o respeito das regras são a primeira forma de proteção de si e dos outros.
Gostaria de indicar a todos vocês um medicamento. Alguém pode pensar: "O Papa é farmacêutico agora?" É um medicamento especial para concretizar os frutos do Ano da Fé, que chega ao fim. Mas é um medicamento de 59 grãos. É um "remédio espiritual " chamado Misericordina. Uma caixa de 59 grãos amarrados. Nessa caixa contém o medicamento e alguns voluntários irão distribuí-lo para vocês enquanto vocês deixam a praça.
Levem! Tem um rosário, com o qual você pode rezar o "Terço da Misericórdia ", ajuda espiritual para a nossa alma e para difundir em todos os lugares o amor, o perdão e a fraternidade. Não se esqueçam de levá-la, porque faz bem, hein? É bom para o coração, para a alma e para toda a vida!