Homilia do papa Francisco na missa desta
sexta-feira, concelebrada com cardeal venezuelan"O coração
da mensagem de Deus é a misericórdia Por Salvatore Cernuzio
ROMA, 05 de Julho de 2013 (Zenit.org) - “O coração da mensagem de Deus é a
misericórdia”, destacou hoje o papa Francisco na missa da Casa Santa Marta,
comentando o evangelho sobre a vocação de Mateus. Concelebrou com ele o cardeal
Jorge Liberato Urosa, arcebispo de Caracas, no dia da festa nacional da
Venezuela. Assistiu à missa um grupo de funcionários do Vaticano.
"Eu quero misericórdia e não sacrifício": o papa repete as palavras de Jesus
aos fariseus, que o criticam por comer com os pecadores. Os publicanos, explica
o papa, "eram duplamente pecaminosos, porque estavam apegados ao dinheiro e
porque eram traidores da pátria", já que recolhiam os impostos do seu próprio
povo para entregar aos romanos. Jesus vê Mateus, o arrecadador de impostos, e
olha para ele com misericórdia:
"Jesus olha para aquele homem, sentado na banca de impostos, e aquele homem sente algo no olhar de Jesus, fica maravilhado no espírito, e escuta o convite de Jesus: ‘Segue-me! Segue-me!'. E naquele momento, ele se torna um homem cheio de alegria, mas também fica um pouco em dúvida, porque é muito apegado ao dinheiro. E basta um momento a sós, que nós sabemos como Caravaggio conseguiu expressar: aquele homem que olhava, mas que também, com as mãos, segurava o dinheiro... basta um momento a sós com Jesus para que Mateus diga ‘sim’, abandone tudo e vá atrás do Senhor. É o momento da misericórdia recebida e acolhida: ‘Sim, eu vou contigo!’. É o primeiro momento do encontro, uma experiência espiritual profunda".
"Depois vem um segundo momento: a festa. Jesus faz festa com os pecadores": celebra a misericórdia de Deus, que "muda a vida". Depois desses dois momentos, o estupor do encontro e a festa, vem "o trabalho diário", o anúncio do evangelho:
"Esse trabalho tem que ser alimentado com a lembrança daquele primeiro encontro, daquela festa. E isso não é apenas um momento, é um tempo: até o fim da vida. A lembrança. Lembrança de quê? Daqueles fatos! Daquele encontro com Jesus que mudou a minha vida! Quando Ele teve misericórdia! Quando Ele foi tão bom comigo e me disse: 'Convida os teus amigos pecadores, para fazermos uma festa!'. Essa lembrança dá forças a Mateus para seguir em frente. ‘Jesus mudou a minha vida! Eu encontrei o Senhor'. Recordar sempre. É como soprar as brasas daquela lembrança, não é mesmo? Soprar para manter o fogo sempre aceso".
Nas parábolas evangélicas, fala-se da recusa de muitos convidados à festa do Senhor. Por isso, Jesus foi "buscar os pobres, os doentes, e fez a festa com eles".
"E Jesus, continuando com esse costume, celebra com os pecadores e oferece aos pecadores a graça. ‘Eu quero misericórdia, e não sacrifícios. Eu não vim chamar os justos, mas os pecadores’. Ele veio por nós, pecadores, e é isto o que é bonito. Deixemo-nos olhar pela misericórdia de Jesus, façamos festa e guardemos a lembrança desta salvação!"
"Jesus olha para aquele homem, sentado na banca de impostos, e aquele homem sente algo no olhar de Jesus, fica maravilhado no espírito, e escuta o convite de Jesus: ‘Segue-me! Segue-me!'. E naquele momento, ele se torna um homem cheio de alegria, mas também fica um pouco em dúvida, porque é muito apegado ao dinheiro. E basta um momento a sós, que nós sabemos como Caravaggio conseguiu expressar: aquele homem que olhava, mas que também, com as mãos, segurava o dinheiro... basta um momento a sós com Jesus para que Mateus diga ‘sim’, abandone tudo e vá atrás do Senhor. É o momento da misericórdia recebida e acolhida: ‘Sim, eu vou contigo!’. É o primeiro momento do encontro, uma experiência espiritual profunda".
"Depois vem um segundo momento: a festa. Jesus faz festa com os pecadores": celebra a misericórdia de Deus, que "muda a vida". Depois desses dois momentos, o estupor do encontro e a festa, vem "o trabalho diário", o anúncio do evangelho:
"Esse trabalho tem que ser alimentado com a lembrança daquele primeiro encontro, daquela festa. E isso não é apenas um momento, é um tempo: até o fim da vida. A lembrança. Lembrança de quê? Daqueles fatos! Daquele encontro com Jesus que mudou a minha vida! Quando Ele teve misericórdia! Quando Ele foi tão bom comigo e me disse: 'Convida os teus amigos pecadores, para fazermos uma festa!'. Essa lembrança dá forças a Mateus para seguir em frente. ‘Jesus mudou a minha vida! Eu encontrei o Senhor'. Recordar sempre. É como soprar as brasas daquela lembrança, não é mesmo? Soprar para manter o fogo sempre aceso".
Nas parábolas evangélicas, fala-se da recusa de muitos convidados à festa do Senhor. Por isso, Jesus foi "buscar os pobres, os doentes, e fez a festa com eles".
"E Jesus, continuando com esse costume, celebra com os pecadores e oferece aos pecadores a graça. ‘Eu quero misericórdia, e não sacrifícios. Eu não vim chamar os justos, mas os pecadores’. Ele veio por nós, pecadores, e é isto o que é bonito. Deixemo-nos olhar pela misericórdia de Jesus, façamos festa e guardemos a lembrança desta salvação!"