Convém olhar para o exemplo sueco antes de se votar a reintrodução da ideologia de gênero no PNE. É a própria família brasileira que está em perigo.
Por Redacao
BRASíLIA, 22 de Abril de 2014 (Zenit.org) -
Pe. Luiz Carlos Lodi da Cruz
Presidente do Pró-Vida de Anápolis
Fonte: www.providaanapolis.org.br]
[1] Reflexões sobre a ‘ideologia de gênero’, 25 mar. 2014, em http://arqrio.org/formacao/detalhes/386/reflexoes-sobre-a-ideologia-de-genero.
[2] http://www.lifesitenews.com/news/sweden-a-warning-against-overzealous-state-family-policies/
[3] http://www.jhmentor.com/eng_follow_heart.html
[4] http://www..lifesitenews.com/news/gender-madness-swedish-pre-school-bans-him-and-her
[5] http://www.zenit.org/en/articles/secularism-in-sweden
[6] http://www.lifesitenews.com/news/archive//ldn/2004/jul/04070505
[7] http://www.lifesitenews.com/news/swedish-parents-jailed-for-spanking-children-seized/
[8] http://www.lifesitenews.com/news/archive//ldn/2009/dec/09122304
[9] http://www.zenit.org/en/articles/secularism-in-sweden
[10] http://www.lifesitenews.com/news/sweden-a-warning-against-overzealous-state-family-policies/
[11] http://www.zenit.org/en/articles/secularism-in-sweden
O Projeto de Lei 8035/2010, que aprova o
Plano Nacional de Educação (PNE) para o decênio 2011-2020, trazia termos
próprios da ideologia de gênero: “igualdade de gênero e de orientação
sexual”, “preconceito e discriminação por orientação sexual ou
identidade de gênero”. O Senado Federal, porém, em dezembro de 2013,
aprovou um substitutivo (PLC 103/2012) que eliminou toda essa linguagem
ideológica. De volta à Câmara, o projeto agora enfrenta a fúria dos deputados do
PT e seus aliados, que pretendem reintroduzir o “gênero” no PNE, a fim de dar
uma base legal à ideologia que o governo já vem ensinando nas escolas. O relator
Angelo Vanhoni (PT/PR) emitiu em 09/04/2014 um parecer pela rejeição do inciso
III do artigo 2º do Substitutivo do Senado Federal (sem “gênero”) e pelo
retorno, em seu lugar, do inciso III do artigo 2º do texto da Câmara dos
Deputados (com “gênero”).
Nem todos compreendem a importância e a extensão do problema. A vitória da
ideologia de gênero significaria a permissão de toda perversão sexual (incluindo
o incesto e a pedofilia), a incriminação de qualquer oposição ao homossexualismo
(crime de “homofobia”), a perda do controle dos pais sobre a educação
dos filhos, a extinção da família e a transformação da sociedade em uma massa
informe, apta a ser dominada por regimes totalitários.
Alguns Bispos já alertaram a população para o perigo: Dom Orani Tempesta,
Arcebispo do Rio de Janeiro (RJ)[1], Dom
Antonio Carlos Rossi Keller, Bispo de Frederico Westphalen (RS), Dom Antônio
Fernando Saburido, Arcebispo de Olinda e Recife (PE), Dom Paulo Mendes Peixoto,
Arcebispo de Uberaba (MG), Dom José Benedito Simão, Bispo de Assis (SP) e Dom
Fernando Rifan, Bispo da Administração Apostólica São João Maria Vianey.
Se quisermos, porém, ver o que é um país dominado pela ideologia de gênero,
basta olharmos para a Suécia.
Pais isolados das crianças
Os dados a seguir foram extraídos de uma entrevista feita em 2011 pelo
portal LifeSiteNews a Jonas Himmelstrand[2], um
experiente educador sueco, autor do livro “Seguindo seu coração: na utopia
social da Suécia”[3],
publicado em 2007 e ainda pendente de tradução.
Na Suécia, as crianças de um ano de idade são enviadas para as creches
subsidiadas pelo Estado, onde permanecem desde a manhã até o entardecer.
Enquanto isso, os pais ficam trabalhando fora do lar (a fim de arcarem com os
elevados impostos cobrados), inclusive a mãe, pois a ideologia de gênero impede
a mulher de ficar “trancada em casa e no fogão”, conforme uma expressão sueca.
Num país de aproximadamente 100.000 nascimentos anuais, as estatísticas mostram
que das crianças suecas entre 18 meses e 5 anos de idade, 92% estão nas
creches.
“Você não é forçado a fazer isso… propaganda é uma palavra forte”,
diz Himmelstrand, “mas as informações sobre os benefícios das creches”
vindas dos meios de comunicação e outras fontes “fazem os pais que mantêm
seus filhos em casa até os 3 ou 4 anos de idade se sentirem socialmente
marginalizados”.
Segundo Himmelstrand, “o problema central do modelo sueco é que ele está
financeiramente e culturalmente obrigando os pais e as mães a deixar nas creches
seus filhos a partir da idade de um ano, quer eles achem que isso é certo ou
não”.
Crianças massificadas nas escolas
O currículo nacional da Suécia procura combater os “estereótipos” de gênero,
ou seja, os “papéis” atribuídos pela sociedade a cada sexo. A escola “Egalia”[4], do
distrito de Sodermalm, em Estocolmo, evita o uso dos pronomes “ele” (han) ou
“ela” (hon) quando se dirige aos mais de trinta meninos e meninas que lá
estudam, com idade de um a seis anos. Em vez disso, usa-se a palavra sexualmente
neutra “hen”, um termo inventado que não existe em sueco, mas que é amplamente
usado por feministas e homossexuais. A escola contratou um “pedagogo de gênero”
para ajudar os professores a removerem todas as referências masculinas ou
femininas na linguagem e no comportamento. Os blocos Lego e outros brinquedos de
montar são mantidos próximos aos brinquedos de cozinha, a fim de evitar que seja
dada qualquer preferência a um “papel” sexual. Os tradicionais livros infantis
são substituídos por outros que tratam de duplas homossexuais, mães solteiras,
crianças adotadas e ensinam “novas maneiras de brincar”. Jenny Johnsson, uma
professora da escola, afirma: “a sociedade espera que as meninas sejam
femininas, delicadas e bonitas e que os meninos sejam masculinos, duros e
expansivos. Egalia lhes dá uma oportunidade fantástica para que eles sejam
qualquer coisa que queiram ser”.
“Educação sexual”
Nas creches e escolas, totalmente fora do controle dos pais, as crianças são
submetidas a uma “educação sexual”.. Johan Lundell, secretário geral do grupo
sueco pró-vida “Ja till Livet” (Sim à vida) explica que se ensina às crianças
que tudo que lhes traz prazer é válido[5]. Os
professores são orientados a perguntar aos alunos: “o que te excita?”..
Segundo Lundell, o homossexualismo foi tão amplamente aceito pelos suecos, que
“nos livros de educação sexual, eles não falam em alguém ser heterossexual
ou homossexual. Tais coisas não existem, pois para eles todos são bissexuais; é
apenas uma questão de escolha”.
Lundell cita uma cartilha publicada por associações homossexuais e impressa
com o auxílio financeiro do Estado: “Eles escrevem de maneira positiva sobre
todos os tipos de sexualidade, qualquer tipo, mesmo os mais depravados atos
sexuais, e essa cartilha entra em todas as escolas”.
Perseguição estatal
Na esteira da ideologia de gênero, a Suécia aprovou uma lei de “crimes de
ódio” que proíbe críticas à conduta homossexual. Em julho de 2004, o pastor
pentecostal Ake Green foi condenado a um mês de prisão por ter feito um sermão
qualificando o homossexualismo como “um tumor canceroso anormal e horrível
no corpo da sociedade”[6].
Os pais são proibidos de aplicar qualquer castigo físico aos filhos, mesmo os
mais moderados. Em 30 de novembro de 2010, um tribunal de um distrito da Suécia
condenou um casal a nove meses de prisão e ao pagamento de uma multa equivalente
a R$ 23.800,00. O motivo foi que os pais admitiram que batiam em três de seus
quatro filhos como parte normal de seus métodos de educação. Embora os
documentos apresentados não relatassem nenhum tipo de abuso e o próprio tribunal
admitisse que os pais “tinham um relacionamento de amor e cuidado com seus
filhos”, as crianças foram afastadas da família e enviadas para um orfanato
estatal[7].
Em junho de 2009, o governo sueco tomou do casal Christer e Annie Johansson o
seu filho Dominic Johansson, depois que a família embarcou em um avião para se
mudar para o país de origem de Annie, a Índia. O motivo alegado é que o casal,
em vez de enviar seu filho para as escolas estatais, havia resolvido educá-lo em
casa, uma prática conhecida como “home scholling” (escola em casa),
amplamente praticada nos Estados Unidos e outros países, com excelentes
resultados pedagógicos. As autoridades suecas, porém, decidiram remover
permanentemente Dominic de seus pais, alegando que o ensino domiciliar não é um
meio apropriado para educar uma criança[8].
Aborto
Entre 2000 e 2010, quando o resto da Europa estava dando sinais de uma
redução da taxa anual de abortos, o governo sueco divulgou que a taxa tinha
aumentado de 30.980 para 37.693. A proporção de abortos repetitivos cresceu de
38,1% para 40,4%. – o mais alto nível já atingido – enquanto o número de
mulheres que tinha ao menos quatro abortos prévios cresceu de 521 para
aproximadamente 750. A Suécia é o único país da Europa em que o aborto é
permitido por simples pedido da gestante até 18 semanas de gestação. Menores de
idade podem fazer aborto sem o consentimento dos pais e os médicos não têm
direito à objeção de consciência[9].
Decadência social
Segundo Himmelstrand, tudo na Suécia dá sinais de decadência: adultos com
problemas de saúde relacionados com “stress”, jovens com declínio na saúde
psicológica e nos resultados escolares, grande número de pessoas com licença
médica e a incapacidade dos pais de se conectarem com seus filhos[10].
Para Lundell, a Suécia quis criar um “socialismo de famílias” por meio de uma
“engenharia social”[11]. Os
frutos são patentes: casamentos em baixa, divórcios em alta, a família assediada
e oprimida pelo totalitarismo estatal.
Convém olhar para o exemplo sueco antes de se votar a reintrodução da
ideologia de gênero no PNE. É a própria família brasileira que está em
perigo.
Ligue para o Disque Câmara 0800 619 619 –
Tecle “9”
Desejo enviar uma mensagem aos membros da Comissão que votará o Plano
Nacional de Educação (PL 8035/2010).
Solicito a Vossa Excelência que vote pela rejeição do parecer do relator e
pelo retorno ao substitutivo do Senado, que elimina do texto a ideologia de
gênero. A família brasileira agradece.
Anápolis, 21 de abril de 2014Pe. Luiz Carlos Lodi da Cruz
Presidente do Pró-Vida de Anápolis
Fonte: www.providaanapolis.org.br]
[1] Reflexões sobre a ‘ideologia de gênero’, 25 mar. 2014, em http://arqrio.org/formacao/detalhes/386/reflexoes-sobre-a-ideologia-de-genero.
[2] http://www.lifesitenews.com/news/sweden-a-warning-against-overzealous-state-family-policies/
[3] http://www.jhmentor.com/eng_follow_heart.html
[4] http://www..lifesitenews.com/news/gender-madness-swedish-pre-school-bans-him-and-her
[5] http://www.zenit.org/en/articles/secularism-in-sweden
[6] http://www.lifesitenews.com/news/archive//ldn/2004/jul/04070505
[7] http://www.lifesitenews.com/news/swedish-parents-jailed-for-spanking-children-seized/
[8] http://www.lifesitenews.com/news/archive//ldn/2009/dec/09122304
[9] http://www.zenit.org/en/articles/secularism-in-sweden
[10] http://www.lifesitenews.com/news/sweden-a-warning-against-overzealous-state-family-policies/
[11] http://www.zenit.org/en/articles/secularism-in-sweden
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