Nossa
Senhora do Carmo (ou Nossa
Senhora do Monte Carmelo) é um titulo consagrado à Virgem Maria. Este titulo apareceu com o propósito de relembrar o convento construído em honra da Santíssima Virgem Maria nos primeiros séculos do Cristianismo em Israel. A principal característica desta invocação
mariana é apresentar o Escapulário símbolo que representa o ato de se estar ao serviço do Reino de Deus e que
traz muitas indulgências, graças e outros benefícios espirituais a quem assume
este sinal e esta proposta como seus. A sua festa litúrgica é comemorada pelos
cristãos no dia 16 de julho.
Conta-nos o Gênesis
(3, 21) que, após a queda de nossos primeiros pais, Adão e Eva, o próprio Deus
lhes confeccionou túnicas de pele e com elas os revestiu. Bem mais tarde, Jacó
fez uma túnica de variadas cores para o uso de José, seu filho bem-amado (Gn
37, 3). E assim, as vestimentas vão sendo citadas nestas ou naquelas
circunstâncias, ao longo das Escrituras (Gn 27, 15; 1 Sm 2, 19; etc.). Uma
túnica porém, ocupa lugar "principes" entre todas as vestimentas:
aquela sobre a qual os soldados deitaram sorte, por se tratar de uma peça de
altíssimo valor, pelo fato de não possuir costura. Uma piedosa tradição atribui
às puríssimas mãos de Maria a arte empregada em sua confecção. Ao se darem
conta, os esbirros, da elevada qualidade daquela peça, tomaram a resolução de
não rasgá-la.
O Escapulário é um sinal
de aliança com Nossa Senhora,e exprime nossa consagração a Ela. Assim vestia
Maria a seu Filho Jesus, desde o seu nascimento, como esmerada e devotada Mãe.
E da mesma forma quer revestir também a nós, seus filhos adotivos, Aquela que
"como névoa cobre a terra inteira". Pois a Ela fomos entregues na
mesma ocasião em que os soldados, pela sorte, decidiam sobre a propriedade da
túnica de Jesus: "Mulher, eis aí teu filho" (Jo 19,26).
E que roupa nos oferece
Ela?
Em 1951, por ocasião da
celebração do 700º aniversário da entrega do Escapulário, o Papa Pio XII disse
em carta aos Superiores Gerais das duas Ordens carmelitas: "Porque o Santo
Escapulário, que pode ser chamado de Hábito ou Traje de Maria, é um sinal e
penhor de proteção da Mãe de Deus".
Exatamente 50 anos
depois, o Papa João Paulo II afirmou: "O Escapulário é essencialmente um
‘hábito'. Quem o recebe é agregado ou associado num grau mais ou menos íntimo à
Ordem do Carmo, dedicada ao serviço da Virgem para o bem de toda a Igreja.
(...) Duas são as verdades evocadas pelo signo do Escapulário: de um lado, a
constante proteção da Santíssima Virgem, não só ao longo do caminho da vida,
mas também no momento da passagem para a plenitude da glória eterna; de outro,
a consciência de que a devoção para com Ela não pode limitar-se a orações e
tributos em sua honra em algumas ocasiões, mas deve tornar-se um
‘hábito'."
Esses dois Pontífices
confirmam, assim, manifestações de apreço ao Escapulário feitas por vários de
seus antecessores, tais como Bento XIII, Clemente VII, Bento XIV, Leão XIII,
São Pio X e Bento XV. Bento XIII estendeu a toda a Igreja a celebração da festa
de Nossa Senhora do Carmo, a 16 de julho.
Eis algumas das razões
que unem os Arautos à Ordem do Carmo e por isso são revestidos do Escapulário
além de terem num bispo carmelita, Dom Lucio Angelo Renna, um pai e protetor. ²
Dentre todos os "negócios"
de que nos ocupamos nesta vida, há um de tão grande importância que deve ser
tratado com absoluta prioridade, sob pena de fracassarmos em todos os outros:
nossa salvação eterna!
Certo dia, um repórter
meu amigo resolveu fazer em várias cidades uma pesquisa sobre este assunto.
Percorrendo as ruas, perguntava aos transeuntes: "Você quer ir para o Céu
ou para o Inferno?" Impactadas, as pessoas respondiam, quase sem refletir:
"Claro que quero ir para o Céu!" E tocavam em frente... Alguns ,
nosso repórter conseguia reter por mais um instante e fazer a segunda pergunta:
"Quais os meios que você emprega para alcançar tão grande
felicidade?"
Resultado da pesquisa:
100% querem ir para o Céu. Porém, menos de 1% se preocupa sobre como fazer para
lá chegar!
São abundantes esses
meios. Vamos aqui indicar um dos mais eficazes, que a Mãe de Misericórdia põe à
disposição de todos, sem qualquer exceção. Quem se julgar indigno, por ser
grande pecador, lembre-se do que disse Jesus: "Eu não vim chamar os
justos, mas os pecadores" (Lc 5, 32).
Trata-se do uso do
Escapulário do Carmo, recomendado por vários Papas e Santos. Um destes, São
Cláudio de La Colombière ,
afirma: "Não basta dizer que o Escapulário é um sinal de salvação. Eu
sustento que não há outro que faça tão certa nossa predestinação".
No dia 16 de julho de
1251, São Simão Stock suplicava a Nossa Senhora ajuda para resolver um problema
da Ordem Carmelitana, da qual era o Prior Geral. Enquanto ele rezava, a Virgem
apareceu- lhe, trazendo o Escapulário nas mãos, e disse essas confortadoras
palavras: "Filho
diletíssimo, recebe o Escapulário da tua Ordem, sinal especial de minha amizade
fraterna, privilégio para ti e todos os carmelitas. Aqueles que morrerem com
este Escapulário não padecerão o fogo do Inferno. É sinal de salvação, amparo e
proteção nos perigos, e aliança de paz para sempre". A Igreja assumiu o Escapulário e fez
dele uma das devoções mais difundidas entre o povo de Deus.
Em nossa época de
superstições, não é supérfluo esclarecer que o Escapulário está longe de ser um
sinal "mágico" de salvação. Não é uma espécie de amuleto cujo uso nos
dispensa das exigências da vida cristã. Não basta, portanto, carregá-lo ao
pescoço e dizer: "Estou salvo!"
É verdade que Nossa
Senhora não pôs condição alguma ao fazer sua promessa. Simplesmente afirma: '"Quem
morrer com o Escapulário não padecerá o fogo do inferno".' Não obstante, para beneficiar-se deste
privilégio, é preciso usar o Escapulário com reta intenção. Neste caso, se na
hora da morte a pessoa estiver em estado de pecado, Nossa Senhora
providenciará, de alguma forma, que ela se arrependa e receba os sacramentos. E
nisto a misericórdia da Mãe de Deus se mostra verdadeiramente insondável!
Viajando de automóvel em
companhia de um bispo, o autor deste artigo viu uma mulher entrar distraída na
rodovia e ser esmagada por uma enorme carreta cujo motorista não teve tempo de
frear. O bispo mandou parar o automóvel, desceu apressadamente, deu a absolvição
sacramental e ministrou a unção dos enfermos à mulher agonizante. Depois
comentou comovido: "Ela
estava com o Escapulário do Carmo. Certamente foi Nossa Senhora quem
providenciou que um bispo estivesse passando por aqui, justo neste
momento!" Um caso
diferente - narrado por Dom Marcos Barbosa na obra "O Escapulário de Nossa
Senhora do Carmo" - se passou na Inglaterra. Na hora da morte, um
cavaleiro conhecido por sua grande impiedade, em vez de pedir a Deus perdão de
seus pecados, blasfemava dizendo: "Quero o inferno e o diabo!" Os
presentes, horrorizados, chamaram São Simão Stock, o qual tomou o Escapulário e
estendeu- o sobre o blasfemador. Imediatamente este se arrependeu e pediu os
sacramentos. Segundo antiga e piedosa tradição, a Santíssima Virgem, aparecendo
ao Papa João XXII, prometeu livrar do Purgatório, no primeiro sábado após a
morte, todos os que portarem devotamente o Escapulário. Este é o chamado
"privilégio sabatino". Para se beneficiar dele é preciso manter a
castidade segundo o próprio estado, recitar o Pequeno Ofício da Imaculada ou
rezar um terço todos os dias.
E mais: cada vez que o
devoto beijar o Escapulário com piedade, fazendo um pedido à Santíssima Virgem,
recebe uma indulgência parcial, isto é, a remissão de uma parte das penas que
devia cumprir no Purgatório.
Quem usa o Escapulário
pode beneficiar-se também de indulgência plenária (remissão de todas as penas
do Purgatório) no dia em que o recebe, na festa de Nossa Senhora do Carmo, 16
de julho; de Santo Elias, 20 de julho; Santa Terezinha, 1º de outubro; dos
santos carmelitas, 14 de novembro; São João da Cruz, 14 de dezembro; São Simão
Stock, 16 de maio.
Nossa Senhora, a melhor
de todas as mães, quer para seus devotos filhos não somente os benefícios
espirituais, mas também os temporais. Assim, quem porta seu Escapulário recebe
d'Ela uma proteção especial nos perigos da vida quotidiana.
São inumeráveis os
exemplos desse desvelo da Virgem Mãe por seus filhos. Dom Marcos Barbosa, na
obra mencionada acima, narra dois bem interessantes.
O Escapulário é um sinal
de aliança com Nossa Senhora, e exprime nossa consagração a Ela. Seu uso é um poderoso
meio de afervorar os que vivem em estado de graça e de converter os pecadores.
Deus não deixa sem
recompensa nenhum benefício feito a uma pessoa necessitada, mesmo um simples
pedaço de pão dado a um indigente. Imagine, pois, como Ele recompensará quem
ajudar na salvação de uma alma!
Seja, portanto, você
também, um ardoroso propagador do santo Escapulário! Nossa Senhora lhe
retribuirá com toda espécie de graças e favores já nesta terra; e mais ainda no
Céu.
Como receber e usar o Escapulário[editar]
1 - Qualquer padre tem
poder para benzer e impor na pessoa o Escapulário.
2 - Essa bênção e
imposição valem para toda a vida, portanto, basta recebê-lo uma vez.
3 - Quando o Escapulário
se desgastar, basta substituí-lo por um novo.
4 - Mesmo quando alguém tiver
a infelicidade de deixar de usá-lo durante algum tempo, pode simplesmente
retomar o seu uso, não é necessária outra bênção.
5 - Uma vez recebido,
ele deve ser usado sempre, de preferência no pescoço, em todas as ocasiões,
mesmo enquanto a pessoa dorme.
6 - Em casos de
necessidade extrema, como doentes em hospitais, se o Escapulário lhe for
retirado, o fiel não perde os benefícios da promessa de Nossa Senhora.
7 - Em casos de perigo
de morte, mesmo um leigo pode impor o Escapulário. Basta recitar uma oração a
Nossa Senhora e colocar na pessoa um escapulário já bento por algum sacerdote.
8 - O Papa São Pio X
autorizou substituir o Escapulário por uma medalha que tenha de um lado o
Sagrado Coração de Jesus e do outro uma imagem de Nossa Senhora. Mas a recepção
deve ser feita com o escapulário de tecido.
VIA INTERNET
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