Este Sacramento é a concretização do apelo de
Jesus à conversão interior, do nosso coração, é uma reorganização da nossa vida
interior, rejeitando tudo o que nos afasta de Deus e da sua orientação.
O pecado é sempre uma ofensa á
Deus; é uma forma de afastamento de Deus, que nos leva para um caminho diferente
e distante daquele que Deus nos mostra. Também pelo pecado interrompemos a
nossa relação filial com Deus.
O pecado pode ser mortal ou venial.
O pecado mortal destrói a
caridade no coração ,é uma infração grave da lei de Deus, desvia o homem de
Deus.O pecado mortal é sempre uma
prática ou conduta de um ato livre e consciente, sabendo de antemão que leva a
uma ruptura com Deus. Portanto é uma desobediência deliberada dos mandamentos e
ensinamentos de Deus. O pecado mortal nos separa de Deus, é como se
caminhássemos em sentido contrário ao que ele indica.
Para que um pecado seja mortal é
preciso três condições ao mesmo tempo: assim é pecado mortal todo o pecado que
tem como objeto uma matéria grave, e que é cometido com plena consciência e
deliberadamente.
O pecado venial afasta-nos de Deus, sem o
abandonarmos, por isso não nos priva da sua convivência. O pecado venial é
quando não se observa, em matéria leve, a medida prescrita pela lei moral, ou
então quando se desobedece a lei moral em matéria grave, mas sem pleno
conhecimento, ou pleno consentimento.
O pecado venial enfraquece a
caridade, impede o progresso e o exercício da virtude e a prática do bem moral,
o pecado venial que fica sem arrependimento pouco a pouco nos leva cometer
faltas mais graves, nos conduz ao pecado mortal.
O SACRAMENTO DA RECONCILIAÇÃO
nos ajuda a voltar para perto de Deus. A confissão é sempre um chamamento de
Deus, que anseia por nosso regresso. É através do padre que temos a
possibilidade de nos reconciliarmos com Deus. O arrependimento e o pedido de
perdão é que vai trazer a paz interior em nós, vai restituir a dignidade de
filho de Deus, e vai nos conduzir a harmonia com os irmãos.
“Aquele que blasfemar contra o Espírito Santo não terá remissão para
sempre. Pelo contrário, é culpado de um pecado eterno.” (Mc 3, 29.) A
misericórdia do Senhor não tem limites, mas quem se recusa deliberadamente a
acolher a misericórdia de Deus pelo arrependimento rejeita o perdão de seus
pecados e a salvação oferecida pelo Espírito Santo. Semelhante endurecimento
pode levar à impenitência final e à perdição eterna.
Ler a parábola do filho pródigo
Lc 15, 11-32.
A conversão e arrependimento estão
contados nesta parábola, em
que Jesus descreve a saída do filho mais novo da casa
paterna, desperdiçando sua vida e seus bens e acabando na extrema pobreza,
sofreu humilhação, abandono e vergonha, para então se da conta que na casa do
pai possuía tudo. Sentiu o chamamento em seu interior e arrependido voltou com
um desejo viver em comunhão com o pai. O carinho com que foi recebido é o mesmo
que recebemos de Deus quando nos aproximamos do sacramento da Reconciliação.
Maria Ronety Canibal
Nenhum comentário:
Postar um comentário