Seja na vida ou na morte, o amor à Cristo foi incondicional e o sangue destes mártires fecundou nosso chão e nossas vidas.
Horizonte, (Zenit.org) Fabiano Farias de Medeiros
Introduzida pelo novo calendário romano universal a Igreja celebra neste dia os Primeiros Mártires da Igreja de Roma. Eles foram vítimas da violenta, cruel e desmedida perseguição do Imperador Nero. Nero assumiu o poder de Roma no ano 54 d.C e foi o primeiro imperador a empreender severa perseguição aos cristãos. Na noite de 18 de julho de 64, Roma foi totalmente consumida pelo fogo e a história relata que Nero foi o causador de tal desgraça. Historiadores da época sugerem que Nero tinha o desejo de construir outra cidade no lugar de Roma e por isso teria promovido tal desgraça.
Em meio ao caos instaurado, o povo clamava para que o culpado fosse julgado e condenado e Nero, temendo a revolta, imputou tal culpa aos cristãos que haviam sobrevivido ao incidente. O historiador pagão Tácito relata que apesar das controvérsias, Nero fez com que os cristãos fossem penalizados pelo ato, infligindo sobre eles os mais terríveis flagelos. Tal mentalidade chegou ao coração do povo romano que também bradava para ver os cristãos serem martirizados pelos leões nas arenas, torturados nas vias públicas e, em um nefasto momento, Nero cobrira os cristãos de piche e os incendiara para iluminarem a cidade, como também cobrira mulheres e crianças com peles de ovelhas para serem mortos e devorados pelas feras.
Dentre estes mártires destaca-se, segundo o historiador cristão Eusébio de Cesaréia, a decapitação de Paulo e a crucificação de cabeça para baixo de Pedro. A perseguição de Nero durou até o ano 67 e no ano 68, após uma revolta popular e a deposição de Nero de seu posto de imperador, o mesmo veio a suicidar-se.
Muitos cristãos se desvencilharam da perseguição escondendo-se nas catacumbas e outros escaparam para outras cidades. O escritor cristão Tertuliano, do século II, afirma: “O sangue dos mártires é a semente da Igreja.”
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