Dom Roberto Francisco Ferreria Paz
Bispo de Campos (RJ)
Neste domingo celebramos a Solenidade martirial dos Apóstolos São Pedro e São Paulo, alicerces e fundamentos da Igreja de Cristo. São os dois olhos e pulmões da comunidade eclesial, constituindo os batimentos do coração do Corpo de Cristo, um que atrai e unifica, outro que impulsiona e vai ao encontro dos povos e nações.
São Pedro, Príncipe dos Apóstolos, Vigário de Cristo, ponte e Pastor Universal, exerceu como Bispo de Roma o ministério petrino, o papado, para manter reunidos num só povo os seguidores de Cristo, a comunidade da nova Aliança.
Sua liderança e carisma guardam na verdadeira fé, aos fiéis ajudando-os e encorajando-os na firmeza e no testemunho. Como trata-se de um elemento de direito divino, isto é, querido e instituído pelo próprio Jesus Cristo o ministério é permanente e passado para os sucessores de Pedro, os Papas que ao longo da caminhada da Igreja guiaram a sua barca. É reconfortante vivenciar que Jesus não nos deixou órfãos, mas somos constantemente protegidos e edificados, por uma paternidade comum e diligente, um timoneiro experiente que com a bússola infalível do Espírito Santo, vai navegando sempre para águas mais profundas até chegarmos ao porto seguro do Pai. São Paulo, o Apóstolo dos Gentios, teve a missão de alavancar a Igreja de Cristo rumo as culturas e civilizações existentes, como homem cosmopolita que era conseguiu derrubar os obstáculos e amarras que impediam a inculturação da fé e a expansão do Reino.
Um apaixonado por Cristo que como instrumento e servo do Senhor plantou e gerou comunidades dinâmicas e missionárias, que com a força do Espírito Santo em pouco tempo se multiplicaram alcançando as dimensões do Império Romano. Ele nos anima neste processo de sermos uma Igreja em saída como quer o Papa Francisco, modelo dos evangelizadores com Espírito, em diálogo com as culturas, servidores daqueles que foram considerados como dizia Paulo, lixo para o mundo, os pobres e excluídos.
Os dois São Pedro e São Paulo chegaram juntos ao martírio, a vitória da fé, semeando e vitalizando com seu sangue e sua páscoa, o Povo de Deus e a humanidade inteira que vê no doce rosto de Cristo na Terra como Santa Catarina de Sena chamava o Papa, a esperança, a paz e o chamado a unidade perfeita.
Deus seja louvado!
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