domingo, 17 de novembro de 2013

Uma página de Evangelho entre os índios do Paraguai

O cardeal Hummes no vigésimo quinto aniversário da canonização de Roque González de Santa Cruz e dos seus companheiros mártires


A atualidade da mensagem de são Roque González de Santa Cruz e dos seus companheiros mártires foi confirmada pelo cardeal Cláudio Hummes durante as celebrações conclusivas do vigésimo quinto aniversário da sua canonização, às quais o purpurado presidiu como enviado especial do Santo Padre. Na catedral de Assunção, a 15 de Novembro, o cardeal quis transmitir antes de tudo o abraço e a bênção do Papa Francisco a todos os «prediletos de Deus» no Paraguai, ou seja, os pobres das periferias territoriais e existenciais, quantos sofrem, os doentes e os desesperados.
Durante a missa vespertina, meditando sobre o martírio dos três jesuítas que pagaram com a vida o compromisso de anunciar o Evangelho aos índios, o purpurado recordou as palavras do Papa Francisco a propósito da existência de uma «cultura da exclusão, da marginalização de pessoas e também de comunidades e países inteiros»,  e de uma «cultura da indiferença diante do sofrimento dos pobres e abandonados da periferia do mundo». A Igreja, advertiu o cardeal Hummes, «deve estar atenta a fim de que não se ergam muros que a tornem inacessível àqueles que sofrem, aos pobres e abandonados» mas, ao contrário, deve derrubar as barreiras e construir pontes, para caminhar rumo às periferias, ao encontro das pessoas, «para lhes demonstrar que Deus é misericordioso e, por isso, também a Igreja e cada cristão, sobretudo os pastores, devem ser misericordiosos com quantos sofrem e são pobres». Eis que, neste sentido, os três mártires são um exemplo. A Igreja, frisou o purpurado, com os seus missionários, «foi ao encontro dos índios», viveu com eles e compartilhou os seus sofrimentos. Os missionários não só anunciaram o Evangelho mas também fomentaram a promoção humana. Por isso, o cardeal Hummes convidou a meditar se realmente «damos testemunho de que a nossa é uma Igreja aberta, inclusiva, misericordiosa, fraterna, solidária e próxima dos pobres», onde cada um é animado pela caridade por quantos sofrem.
 
17 de Novembro de 2013

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