SÃO JERÔNIMO
Por Fabiano Farias de Medeiros
(Zenit.org) - “Se, conforme o Apóstolo Paulo,
Cristo é o poder de Deus e a sabedoria de Deus, e quem ignora as Escrituras
ignora o poder de Deus e sua sabedoria, ignorar as Escrituras é ignorar
Cristo”, narrava São Jerônimo, que nasceu por volta do ano 342 na Itália entre
as cidades de Panomia e Dalmácia. A tradição não nos traz muitas informações
sobre seus pais, mas sabe-se que era filho de Eusébio da cidade de Stridon e
que o mesmo zelou desde cedo pela educação cristã do filho. Ao completar 18
anos seu pai o enviou para Roma para concluir os estudos.
Jerônimo teve os melhores professores de retórica e filosofia e
aprendeu o latim e o grego. Sua busca por conhecimento o levou a dedicar muito
tempo para as obras literárias e se afastar de suas raízes cristãs e a buscar
linhas de pensamento e conduta mundanas. No ano 360 foi batizado pelo Papa
Libério. Após seu batismo, viajou para Treves, na Gália para estudos e nesta
viajem foi tomado de um profundo desejo de servir a Deus. Retirou-se então para
o deserto de Cálcis, uma região afastada de Antioquia e dedicou-se a meditação.
Neste período, dedicou-se a aprender o hebraico no intuito de estudar a Bíblia
no original e contraiu severa enfermidade, além das muitas tentações ao qual
era submetido. No ano de 379 foi então ordenado sacerdote pelo Bispo Paulino,
mas permaneceu no exílio monástico.
Viajou para Constantinopla para continuar os estudos sobre a
Bíblia e depois para Roma à convite do Papa Dâmaso I por conta do Concílio de
Roma em 382 para combater um cisma na Igreja em Antioquia.. Após o concílio foi
nomeado secretário do Papa e foi incumbido, além de redigir as cartas do Papa,
de traduzir a Bíblia para o latim de modo que consumiu o resto de seus dias
nesta grata missão. Sua tradução ficou conhecida como Vulgata que significa “de
uso comum”.
Após a morte do Papa Dâmaso I, Jerônimo foi perseguido e caluniado
devido à inveja de muitos. Jerônimo foi então para Belém e lá ficou até falecer
no dia 30 de setembro de 420. A Igreja o declarou padroeiro de todos os que se
dedicam ao estudo da Bíblia e fixou no dia de sua morte o “Dia da Bíblia”.
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