domingo, 18 de maio de 2014

O que entendemos por formação hoje?




Acreditamos que Deus é o primeiro formador. Nós somos colaboradores. O formador forma-se pela fé em Deus e pela caminhada. A formação é um processo de libertação, de aperfeiçoamento, de evolução. Por isso o formador deve ter na vida os mesmos sentimentos de Jesus. Isso requer viver em atitude de despojamento e trilhar o caminho das bem-aventuranças.

Falar em formação implica conhecer as motivações dos chamados, seus valores vocacionais, com especial atenção aos sinais dos tempos. O formando deve ser uma pessoa rica em vivências positivas. Ao formador cabe conhecer as necessidades fundamentais dos formandos, afetos e atitudes, para a partir daí formar verdadeiros discípulos de Jesus. Os formandos devem sentir paixão por Cristo para serem construtores do Reino.

Precisamos de formadores de Cristo Servidor, da Igreja servidora, num mundo relativista e pluralista, mestres em oração. Gente que assuma com amor e esperança essa missão.

Assim a formação, essa atividade criadora que visa a realização do ser humano integralmente, em suas potencialidades, levará o formando a uma autêntica  configuração a Cristo. Pois o formando precisa ter uma configuração especial a quem o chamou. Deve ter prazer em realizar o processo formativo, uma formação abrangente e personalizada.

O formador deve gerar discípulos para Cristo, futuros presbíteros profetas e artífices da renovação da Igreja. Formar para uma Igreja ministerial e evangelizadora, formação para a vivência do discipulado e da missionariedade, e assim estar preparado para o seguimento de Cristo Bom Pastor. Por isso precisamos de formadores discípulos, amantes da santidade, que fazem da vida oblação na formação dos novos discípulos missionários.

Formar é assumir a realidade, as várias dimensões da pessoa, em profundidade e pela via do amor. Isso significa: formar desde a pessoa de Jesus.

Ser formador é saber discernir, observar, encurtar distâncias e ser capaz de compaixão. O projeto formativo deve ser situacional. O formador se adapta à realidade do outro para ver o que o outro precisa. Isso exige aceitar a diversidade e saber dialogar; o processo exige paciência do formador, sobretudo nesta mudança de época, em que os desafios da formação são maiores e exigem mais. O formador deve inspirar-se na atitude formativa de Cristo.

A formação deve estar sempre atenta aos sinais dos tempos, deve ser personalizada e levar a pessoa à maturidade. Por isso é também um processo permanente visto que estamos aprendendo e amadurecendo a cada dia, nas dimensões humana, espiritual, intelectual e pastoral. Forma-se o ser para o fazer. É muito importante saber escutar. Escutar é esvaziar-se de si mesmo para acolher o outro, é uma forma de se entregar, é um ato de amor.

Enfim, formar hoje implica acima de tudo levar o jovem ao encontro com Cristo, para que seja discípulo e a partir de Cristo se forme para a missão, vivendo com alegria o dom da vocação.

Pe. André Gustavo de Sousa

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