terça-feira, 20 de maio de 2014

Na vida, existem conflitos, o problema é como enfrentá-los




Por Redacao

CIDADE DO VATICANO, 19 de Maio de 2014 (Zenit.org) - 
Eis o texto completo das palavras do Santo Padre pronunciadas neste domingo (18), antes de rezar o Regina Coeli.
Queridos irmãos e irmãs,
A leitura de hoje dos Atos dos Apóstolos nos mostra como também na Igreja primitiva aparecem tensões e desentendimentos. Na vida, existem conflitos, o problema é como enfrentá-los. Naquele momento a unidade da comunidade cristã era baseada na pertença a uma única etnia e cultura: a judaica. Mas quando o cristianismo que, por vontade de Jesus, é destinado a todos os povos, também se abre à cultura grega, começa a faltar a homogeneidade inicial e surgem as primeiras dificuldades. Descontentamentos, lamentações, acusações de favoritismo e tratamento diferenciado. Isso também acontece em nossas paróquias! O apoio da comunidade às pessoas carentes, viúvas, órfãos e os pobres, parece favorecer os cristãos de origem hebraica em detrimento dos outros.
Então, os Apóstolos decidem enfrentar a situação: convocam uma reunião que também envolve os discípulos e discutem juntos o assunto. Todos. Os problemas realmente não são resolvidos fingindo que eles não existem. É belo este confronto entre os pastores e os demais fiéis. Chega-se, portanto, a uma subdivisão das tarefas. Os Apóstolos fazem uma proposta que é aceita por todos: eles se dedicarão à oração e ao ministério da palavra, enquanto que sete homens, os diáconos, ocupar-se- ão do serviço das cantinas para os pobres. Esses sete homens não foram escolhidos porque são especialistas nestas questões, mas porque são homens honestos e respeitáveis, cheios de Espírito Santo e de sabedoria; e são designados para este serviço mediante a imposição das mãos por parte dos Apóstolos.
E assim, a partir do descontentamento, das lamentações, das acusações de favoritismo e do tratamento diferenciado chegou-se a uma solução. Confrontando-se, debatendo e rezando. Assim os conflitos são resolvidos na Igreja. Confrontando, discutindo e rezando. Com a convicção de que a fofoca, o ciúme, a inveja nunca poderão levar-nos à concórdia, à harmonia e à paz. Também naquele momento foi o Espírito Santo a coroar esse entendimento, e isso nos faz compreender que quando deixamos ao Espírito Santo a orientação, Ele nos leva à harmonia, à unidade e ao respeito dos diversos dons e talentos. Vocês entenderam? Nada de fofocas, inveja ou ciúme.
Que a Virgem Maria nos ajude a ser dóceis ao Espírito Santo, para que saibamos estimar-nos reciprocamente e convergir de forma cada vez mais profunda na fé e na caridade, mantendo o coração aberto para as necessidades dos irmãos.

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