São Leão Magno abandonou-se ao auxílio divino, que nunca falta ao
esforço dos justos, e o êxito coroou sua fé.
Por Fabiano Farias de Medeiros
HORIZONTE, 10 de Novembro de 2014 (Zenit.org) -
"Num tempo em que a Igreja
enfrentava os maiores obstáculos para seu progresso, em consequência da rápida
desintegração do Império Romano do Ocidente, enquanto o Oriente estava
profundamente agitado por controvérsias dogmáticas, esse grande Papa, com uma
sagacidade sem precedentes e poderosa mão guiou o destino da Igreja Romana e
Universal", narra a história acerca deste grande Santo e Papa que nasceu
entre os anos 390 e 400 em Roma. Desde sua juventude dedicou-se aos estudos
aprofundados da fé. Logo foi ordenado diácono na diocese de Roma. Serviu com
esmero aos Papas São Celestino I e São Sixto III sendo formidável na
administração das causas eclesiásticas e também nas conciliações e relações
humanas às quais foi enviado em missão.
No dia 29 de setembro de 440, com a morte do Papa Sixto III, Leão
foi escolhido para sucedê-lo na missão pontifícia. Foi muito bem aceito pelo
povo que o admirava e obedecia devido ao seu veemente testemunho de caridade e
firmeza na fé. Estruturou e solidificou a disciplina eclesiástica e combateu
com destemor as heresias dos pelagianos, maniqueus, nestorianos e de modo
especial os monofisistas através da Carta dogmática que escreveu ao Patriarca
Flaviano de Constantinopla em 451, um marco teológico em sua época. Outro
grande desafio foi enfrentado por Leão Magno quando Átila, rei dos hunos,
conhecido como “Flagelo de Deus”, impôs saques, morte e destruição naquela
região. Leão marchou devidamente paramentado contra o grande exército de Átila
e este ao se deparar com Leão, recuou de seus objetivos. Enfrentou ainda o
vândalo Genserico não permitindo que ele queimasse a cidade e matasse os
cidadãos, mas não evitou o saque. A estes males disse Leão ao povo: “Queira
Deus que estes males sirvam para a emenda dos que sobrevivem, e que, cessando
as desgraças, cessem também as ofensas”.
Continuou firmemente a defender a fé com sua vida e suas palavras
ditas e escritas. Foram 96 sermões e 173 cartas. Leão foi o consolo e ação
vigorosa de Deus em meio aos tempos desafiantes vividos pela Igreja. Faleceu em
Roma no dia 10 de novembro de 461 e foi declarado Doutor da Igreja em 1754. São
Próspero da Aquitânia assim o definia: "abandonou-se ao auxílio divino,
que nunca falta ao esforço dos justos, e o êxito coroou sua fé".
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