Quem é meu próximo é a pergunta
feita a Jesus por um doutor da Lei. (Lc 10,29)
E Jesus conta a parábola do Bom Samaritano. (Lc 10, 25-37) Na parábola, duas pessoas vêm o necessitado, mas não param. Por isso Cristo
reprende os fariseus dizendo: «Tendo olhos, não enxergais, e tendo ouvidos, não
ouvis?» (Mc 8,18) Pelo contrário, o samaritano vê e para, tem compaixão e assim
salva a vida do necessitado e si mesmo.
Jesus ensina que o amor é vital
nas relações humanas. Mostra que os critérios de Deus são muito diferentes dos
nossos. A posição na sociedade não se
sobrepõe ao ato de compaixão e solidariedade. No gesto de amor não há barreiras
de raça, religião e classe social. O mais importante é amar concretamente. Que
o próximo é todo aquele que se encontra no caminho e necessita da ajuda.
Jesus dá um novo mandamento: amar
a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a ti mesmo.(Lc 10,27)
A comunidade cristã é o lugar onde se vive o amor fraterno
e se dá gratuidade às ações que levam a dignidade humana. Sempre se busca a integração na comunidade de
fé por amor a Deus, mas logo se percebe que amar a Deus está em amar o próximo.
Esse é o projeto de Jesus, o projeto de todo o bom cristão, ter um coração que
vê, sente e para. Ver, parar e ajudar!
Hoje também se quer fazer a mesma pergunta, mas com qual
intenção? Para passar ao largo do dever, ou para ser o bom samaritano.
Tantos cristãos estão inseridos no
contexto religioso, mas ainda são pequenos na fé, e buscam justificativas para não
se envolverem em
Pastorais Sociais , para não estender a mão aos carentes. São
muitas as desculpas... O mundo está violento... É arriscado se aproximar de
alguém... São drogados... São assaltantes... Se cada cristão ajudasse uma
pessoa necessitada, o quanto tudo seria
diferente. Talvez a sociedade não fosse tão violenta, pois muitos teriam
experimentado a força do amor divino.
Não é possível alguém dizer que ama a Deus e não olhar
para o próximo, não ser capaz de ajudar o outro a levantar-se, a buscar uma
vida digna. Nem todos são carentes de “coisas”, mas necessitam de esperança, de
confiança, de oportunidade. Quantos precisam apenas de uma conversa, de serem
chamados pelo nome, de serem considerados gente.
Papa Francisco disse que precisamos olhar e sorrir para o
pobre, sobretudo abraça-lo. Jesus disse: “Vá e faça o mesmo” (Lc 10, 37)
Maria Ronety Canibal
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