terça-feira, 8 de outubro de 2013

QUEM É MEU PRÓXIMO?



 Quem é meu próximo é a pergunta feita a Jesus por um doutor da Lei. (Lc 10,29)  E Jesus conta a parábola do Bom Samaritano. (Lc 10, 25-37) Na parábola, duas pessoas vêm o necessitado, mas não param. Por isso Cristo reprende os fariseus dizendo: «Tendo olhos, não enxergais, e tendo ouvidos, não ouvis?» (Mc 8,18) Pelo contrário, o samaritano vê e para, tem compaixão e assim salva a vida do necessitado e si mesmo.

Jesus ensina que o amor é vital nas relações humanas. Mostra que os critérios de Deus são muito diferentes dos nossos.  A posição na sociedade não se sobrepõe ao ato de compaixão e solidariedade. No gesto de amor não há barreiras de raça, religião e classe social. O mais importante é amar concretamente. Que o próximo é todo aquele que se encontra no caminho e necessita da ajuda.
Jesus dá um novo mandamento: amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a ti mesmo.(Lc 10,27)

A comunidade cristã é o lugar onde se vive o amor fraterno e se dá gratuidade às ações que levam a dignidade humana.  Sempre se busca a integração na comunidade de fé por amor a Deus, mas logo se percebe que amar a Deus está em amar o próximo. Esse é o projeto de Jesus, o projeto de todo o bom cristão, ter um coração que vê, sente e para. Ver, parar e ajudar!

Hoje também se quer fazer a mesma pergunta, mas com qual intenção? Para passar ao largo do dever, ou para ser o bom samaritano.

Tantos cristãos estão inseridos no contexto religioso, mas ainda são pequenos na fé, e buscam justificativas para não se envolverem em Pastorais Sociais, para não estender a mão aos carentes. São muitas as desculpas... O mundo está violento... É arriscado se aproximar de alguém... São drogados... São assaltantes... Se cada cristão ajudasse uma pessoa necessitada, o quanto tudo  seria diferente. Talvez a sociedade não fosse tão violenta, pois muitos teriam experimentado a força do amor divino.

Não é possível alguém dizer que ama a Deus e não olhar para o próximo, não ser capaz de ajudar o outro a levantar-se, a buscar uma vida digna. Nem todos são carentes de “coisas”, mas necessitam de esperança, de confiança, de oportunidade. Quantos precisam apenas de uma conversa, de serem chamados pelo nome, de serem considerados gente.

Papa Francisco disse que precisamos olhar e sorrir para o pobre, sobretudo abraça-lo. Jesus disse: “Vá e faça o mesmo” (Lc 10, 37)
                              
                            Maria Ronety Canibal




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