Caros diocesanos. Estamos no Mês das Missões e a Diocese de Uruguaiana vive o Ano da Missão. Este tema pastoral perpassa as dioceses de toda Igreja, uma vez que o último Sínodo dos Bispos (2012) versou sobre a Nova Evangelização, que convoca todos os fiéis para um permanente estado de missão.
A missão da SSma Trindade só pode realizar-se em perfeita unidade. O Pai, origem da missão, não quer perder nenhum dos pequenos (Mt 18, 4), envia o Filho, Verbo que se fez carne (Jo 1, 14). Na sua pessoa Deus está presente, tornando próximo o Reino de Deus, centralizado na obra redentora do mistério pascal e continuado pela presença do Espírito Santo na vida da Igreja, através dos tempos. Jesus (= Deus salva) Cristo (= o Messias, o Ungido) declara-se enviado pelo Pai para anunciar o Reino de Deus. Eis o eixo central de sua vida; o mais se torna ‘resto’ (Mt 6, 33): “Só o reino, por conseguinte, é absoluto, e faz com que se torne relativo tudo o mais que não se identifica com ele” (Evangelii Nuntiandi = EN 8). Com este objetivo claro, Jesus torna-se o primeiro e o maior dos evangelizadores (EN 7). Mas muito cedo convida discípulos para o seguimento, para compartilhar sua nova forma de vida, para colaborar no projeto do Reino de Deus. Recomenda simplicidade no vestir, no alimentar-se e na relação com as pessoas. Ele os envia em missão de forma comunitária, dois a dois (Mc 6, 7-13), com as recomendações de anunciar a proximidade de Deus e curar as pessoas daquilo que as oprime. Seu grande objetivo é a fraternidade universal, onde todos são convidados a se tornarem irmãos e irmãs. Este é seu ponto de partida e de chegada.
O discurso de Jesus sobre a missão em Mt 10 revela que a missão da Igreja não é outra que a do Filho: “Como o Pai me enviou, assim também eu envio vocês” (Jo 20, 21). Assim a Igreja nasce da ação evangelizadora de Jesus e dos doze. Ela nasce da missão: deve continuar, sob a ação do Espírito Santo (Pentecostes), a propagar a Boa Nova, anunciada por Jesus. O documento conciliar Ad Gentes afirma que “toda a Igreja é missionária, a obra da evangelização é um dever fundamental do povo de Deus” (AG 35). Segundo o documento, evangelizar a humanidade é a missão essencial da Igreja, entendida como Povo de Deus. Na redescoberta da sua natureza missionária, a Igreja pós-conciliar, normalmente, substitui a palavra ‘missão’ por ‘evangelização’, termo mais bíblico. Como afirma Paulo VI, inspirado no 3º Sínodo dos Bispos (1974), dedicado à evangelização no mundo contemporâneo: “Evangelizar constitui, de fato, a graça e a vocação própria da Igreja, a sua mais profunda identidade. Ela existe para evangelizar” (EN 14). S. Paulo escreve aos Coríntios: “Anunciar o evangelho não é para mim motivo de glória. É antes uma necessidade que se me impõe. Ai de mim, se eu não anunciar o evangelho” (1Cor 9, 16).
Os primeiros a serem evangelizados são os membros da própria Igreja, através de conversão e renovação constantes, a fim de evangelizar com credibilidade e não anunciar a si mesmos, suas próprias pessoas, suas idéias, teorias ou ideologias (2Cor 4, 5). O sucesso da missão vem de Deus. Os discípulos missionários são colaboradores que proclamam uma Boa Nova, uma mensagem de alegria: Deus vem para salvar.
Em Mc 6, 7-13 encontramos um verdadeiro manual da missão, em que “Jesus está mais preocupado com o que seus enviados devem ser do que com o que devem dizer! ‘É melhor ser cristão sem dizê-lo do que proclamá-lo sem sê-lo” (Santo Inácio de Antioquia)”. Para a realização fiel dessa missão na Igreja, os discípulos necessitam de verdadeira espiritualidade missionária, deixando-se conduzir pelo Espírito e anunciar a Palavra, sobretudo pelo testemunho. Próxima semana refletiremos mais sobre missão.
A missão da SSma Trindade só pode realizar-se em perfeita unidade. O Pai, origem da missão, não quer perder nenhum dos pequenos (Mt 18, 4), envia o Filho, Verbo que se fez carne (Jo 1, 14). Na sua pessoa Deus está presente, tornando próximo o Reino de Deus, centralizado na obra redentora do mistério pascal e continuado pela presença do Espírito Santo na vida da Igreja, através dos tempos. Jesus (= Deus salva) Cristo (= o Messias, o Ungido) declara-se enviado pelo Pai para anunciar o Reino de Deus. Eis o eixo central de sua vida; o mais se torna ‘resto’ (Mt 6, 33): “Só o reino, por conseguinte, é absoluto, e faz com que se torne relativo tudo o mais que não se identifica com ele” (Evangelii Nuntiandi = EN 8). Com este objetivo claro, Jesus torna-se o primeiro e o maior dos evangelizadores (EN 7). Mas muito cedo convida discípulos para o seguimento, para compartilhar sua nova forma de vida, para colaborar no projeto do Reino de Deus. Recomenda simplicidade no vestir, no alimentar-se e na relação com as pessoas. Ele os envia em missão de forma comunitária, dois a dois (Mc 6, 7-13), com as recomendações de anunciar a proximidade de Deus e curar as pessoas daquilo que as oprime. Seu grande objetivo é a fraternidade universal, onde todos são convidados a se tornarem irmãos e irmãs. Este é seu ponto de partida e de chegada.
O discurso de Jesus sobre a missão em Mt 10 revela que a missão da Igreja não é outra que a do Filho: “Como o Pai me enviou, assim também eu envio vocês” (Jo 20, 21). Assim a Igreja nasce da ação evangelizadora de Jesus e dos doze. Ela nasce da missão: deve continuar, sob a ação do Espírito Santo (Pentecostes), a propagar a Boa Nova, anunciada por Jesus. O documento conciliar Ad Gentes afirma que “toda a Igreja é missionária, a obra da evangelização é um dever fundamental do povo de Deus” (AG 35). Segundo o documento, evangelizar a humanidade é a missão essencial da Igreja, entendida como Povo de Deus. Na redescoberta da sua natureza missionária, a Igreja pós-conciliar, normalmente, substitui a palavra ‘missão’ por ‘evangelização’, termo mais bíblico. Como afirma Paulo VI, inspirado no 3º Sínodo dos Bispos (1974), dedicado à evangelização no mundo contemporâneo: “Evangelizar constitui, de fato, a graça e a vocação própria da Igreja, a sua mais profunda identidade. Ela existe para evangelizar” (EN 14). S. Paulo escreve aos Coríntios: “Anunciar o evangelho não é para mim motivo de glória. É antes uma necessidade que se me impõe. Ai de mim, se eu não anunciar o evangelho” (1Cor 9, 16).
Os primeiros a serem evangelizados são os membros da própria Igreja, através de conversão e renovação constantes, a fim de evangelizar com credibilidade e não anunciar a si mesmos, suas próprias pessoas, suas idéias, teorias ou ideologias (2Cor 4, 5). O sucesso da missão vem de Deus. Os discípulos missionários são colaboradores que proclamam uma Boa Nova, uma mensagem de alegria: Deus vem para salvar.
Em Mc 6, 7-13 encontramos um verdadeiro manual da missão, em que “Jesus está mais preocupado com o que seus enviados devem ser do que com o que devem dizer! ‘É melhor ser cristão sem dizê-lo do que proclamá-lo sem sê-lo” (Santo Inácio de Antioquia)”. Para a realização fiel dessa missão na Igreja, os discípulos necessitam de verdadeira espiritualidade missionária, deixando-se conduzir pelo Espírito e anunciar a Palavra, sobretudo pelo testemunho. Próxima semana refletiremos mais sobre missão.
Dom Aloísio A. Dilli - Bispo de Uruguaiana
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