A comunidade cristã é o lugar de todo o batizado, é onde se vive à
essência da fé, pois aí está o Cristo Ressuscitado. A fé é uma adesão pessoal à
pessoa de Jesus Cristo e seu Evangelho. Quem se faz discípulo de Jesus vive em
comunidade.
É a Santíssima Trindade que chama
à comunhão, e convida cada pessoa para vida em comunidade. Pois
o cristão só se realiza plenamente à medida que faz experiência concreta de
vida de comunidade, porque é o ambiente
onde se conhece a disponibilidade , a
alteridade e a gratuidade nos relacionamentos, a exemplo do Mestre.
Ali as pessoas sentem que os outros são um dom de Deus para si e
procuram ser dom para os outros, inspirados pela comunhão da Trindade Santa.
Não são família segundo os laços do sangue, mas procuram construir a família de
Deus.
Uma comunidade dinamizada pelo
amor fraterno é o espaço privilegiado
para a vivência e convivência na fé, para
depois ser sinal da presença de Deus no mundo. É isto que significa ser
corpo de Cristo, isto é, mediação de encontro das pessoas com Cristo
Ressuscitado.
Assim sendo é na comunidade cristã
que estão os instrumentos de transformação das pessoas, famílias e da
sociedade.
O Documento de Aparecida 310, diz que é
através das pequenas comunidades que se pode chegar até os afastados, aos
indiferentes e aos que alimentam algum descontentamento ou ressentimento em
relação à Igreja.
“Em
tempos de incerteza, individualismo e solidão, a presença de uma comunidade
próxima à vida, às alegrias e às dores, é um serviço... a um mundo que
necessita vencer a cultura de morte. Comunidades são escolas de diálogo, são
pontos de partida para o anúncio, e geram comunhão e missão.” (DGAE
2011-15,64)
Por isso é preciso
valorizar a pequena comunidade (capela), os grupos de familias, visto que estes
estão mais próximos da vida do povo, estão inseridos na realidade social e por
isso dão condições para que mais
pessoas encontrem a Jesus Cristo e sejam
transformadas por Ele.
Consciente
de sua missão, a pequena comunidade se faz
agente de caridade, busca o bem
comum, pois consegue ver no pobre o rosto de Cristo sofredor.
Diante dessa realidade secularista
que vivemos, hoje, é o próprio Jesus
quem convoca a viver e caminhar juntos.
(DGAE 2011-15)
Porém é preciso saber cativar para a vida fraterna na comunidade cristã,
saber acolher com alegria os que chegam e oportunizar o crescimento e amadurecimento na fé para que
despertem para a Vocação e assumam a Missão.
Logo, “Comunidade implica necessariamente em convívio,
vínculos profundos, afetividade, interesses comuns, estabilidade e
solidariedade nos sonhos, nas alegrias e nas dores”. ...“Não há como ser verdadeiro discipulo
missionário sem o vinculo efetivo e afetivo com a comunidade dos que
descobriram fascinio pelo mesmo Senhor.”( DGAE 2011-15)
Jesus está presente em uma
comunidade viva na fé e no amor fraterno. Ai Ele realiza sua Palavra: “Onde dois ou mais estiverem reunidos em meu
nome, aí eu estou no meio deles.” Mt 18,20.
Maria Ronety Canibal
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