Dom Roberto Francisco Ferreria Paz
Bispo de Campos (RJ)
Num mundo guiado pelo pensamento único, que abriu mão das grandes causa sou das narrativas maiores, ser vocacionado é revelar o sentido da vida, tornar-se portador da pérola de infinito valor da graça divina.Ser vocacionado é romper com as amarras e fronteiras que limitam e não raro desviam a pessoa humana da trascendência e da comunhão com o Deus vivo.
Acertar na vocação é de veras a questão crucial e essencial da nossa vida, pois ilumina o projeto da existência dando um dimensionamento de eternidade a escolha realizada como um dom de Deus. Tudo isto reclama uma animação vocacional dinâmica e interpeladora e uma cultura vocacional onde o vocacionado possa fazer experiência do Deus de Jesus Cristo e aprender a segui-lo com todas as exigências e alegrias da amizade e intimidade com o Salvador. Todavia a vocação deve ser testada e passar pelo crivo da Igreja e pela inserção na realidade pastoral acuciante das multidões de irmãos pobres e desamparados que olham buscando compaixão e misericórdia pela parte dos cristãos. Vocação que faz gerar sempre a cultura do encontro e da solidariedade, renunciando ao egoísmo ou a emoções religiosas facilitadoras do que o Papa Francisco chama de "mundanismo espiritual".
Que nossas comunidades eclesiais possam renovar-se na vivência e comprometimento de serem e levarem a vocação sempre num patamar de doação, entrega e autenticidade seguindo a Cristo, o Bom Pastor que nos convoca para a liberdade plena. Deus seja louvado!
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