Salomão, o filho predileto de Davi, estava pronto para assumir o Reino de Israel. Na véspera de sua posse, ele experimentou um profundo encontro com Deus. Ele ouviu quando o Senhor lhe disse: “Pede-me o que desejas para o teu reinado e eu te darei” (1 Rs, 3,5).
Foi então que Salomão fez esta bonita oração: “Senhor meu Deus, tu fizeste reinar o teu servo em lugar de Davi, meu pai. Mas eu não passo de um adolescente, que não sabe ainda como governar. Além disso, teu servo está no meio do teu povo eleito, povo tão numeroso, que não se pode contar ou calcular. Dá, pois ao teu servo um coração compreensivo, capaz de governar o teu povo e de discernir entre o bem e o mal. Do contrário quem poderá governar este teu povo tão numeroso?” (1 Rs, 3,7-9).
O próprio texto depois comenta que o Senhor Deus gostou muito desta oração de Salomão porque ele não pediu longos anos de vida, nem riqueza, nem a morte dos inimigos, mas sim, muita sabedoria para governar o seu povo e para praticar a justiça.
No tempo em que Salomão viveu e era o rei de Israel, tornou-se mundialmente famosa a sabedoria de Salomão. Era fenomenal o modo como este homem conseguiu praticar a justiça. Era realmente um dom de Deus, concedido a um jovem rei que começou o seu reinado, em oração, pedindo sabedoria.
Já o evangelho deste domingo nos apresenta a parábola do tesouro escondido. Trata-se, na verdade de algo muito precioso, tanto que aquele homem vende todos os seus bens e compra o campo em que este tesouro está escondido.
É claro que isto é uma linguagem simbólica. Evidentemente não se trata de um tesouro material, mas uma motivação interior, uma descoberta fenomenal, que traz um novo horizonte para a vida.
São Paulo nos revela inúmeras vezes que na vida dele, o encontro com Jesus Cristo foi um verdadeiro tesouro que, de um momento para outro, lhe trouxe um novo sentido para a vida e um novo rumo a ser tomado. A partir do encontro de Damasco e partir da descoberta de Jesus Cristo era na verdade o Salvador prometido, Paulo tinha uma grande certeza que ele resumia assim: “Para mim, viver é Cristo”.
O Documento de Aparecida, fruto da V Conferência dos Bispos em Aparecida, no ano 2007, fala ao todo 97 vezes na necessidade de se ter um encontro pessoal com Jesus Cristo. E fala especialmente a respeito dos missionários e de todos aqueles que trabalham na missão. Todos eles, o bispo, o padre, o seminarista, o religioso, o cristão leigo, o catequista, todos precisam experimentar o encontro pessoal com Jesus Cristo e depois podem testemunhá-lo.SÓ QUANDO CRISTO SE TORNA TESOURO
Dom Zeno
Diocese de Novo Hamburgo
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