Caros diocesanos. Entre os meses temáticos de nosso calendário eclesial, outubro é considerado Mês das Missões. Estamos conscientes que todos somos discípulos missionários, pois a missão evangelizadora faz parte do nosso ser cristão e que a Igreja, existe para evangelizar. A Diocese de Uruguaiana, em 2013, dá destaque especial à missão, considerando-a tema do Ano Pastoral. Como cristãos, somos todos enviados em missão permanente nos ambientes onde vivemos e atuamos, mas existe também o convite para atitude missionária mais radical, a qual faz com que pessoas deixem seu convívio familiar, sua comunidade e até seu país, para evangelizar em realidades, onde o cristianismo precisa ser intensificado ou nunca foi anunciado. É a Missão Ad Gentes (Missão aos Povos). Costumamos transcrever cartas de missionários em Moçambique. A que segue é de outubro 2012, assinada pelo Padre gaúcho João Carlos A. da Silveira.
“‘Ai de mim, se eu não evangelizar!’ (1 Cor 9,16).
“‘Ai de mim, se eu não evangelizar!’ (1 Cor 9,16).
Dia 17 de outubro deste ano adquiriu um significado todo especial para nós missionários em Moçambique: a chegada da jovem, missionária leiga, Daniela Gamarra, a querida Dani de Gravataí no Rio Grande do Sul. Ela vem reforçar a frente missionária do Projeto Igreja Solidária da CNBB Sul 3, em terras africanas. ‘Há uma necessidade de desclericalizar a missão, como, de outro modo, há uma exigência de universalizar e estender a todos o compromisso missionário’ (Giorgio Paleari – PIME).
Ela chegou no mês dedicado às missões; de modo particular, à Missão além-fronteiras, Ad Gentes. Por esses dias, somos chamados a refletir com responsabilidade adulta sobre a dimensão missionária de nossa Fé. Ser missionário não é um apêndice, algo opcional; mas está intimamente ligado ao cerne, pertence à essência, está na raiz do cristianismo: “ou somos missionários ou não somos cristãos”. É compromisso batismal; é mandato de Nosso Senhor Jesus Cristo, o Missionário do Pai. Bento XVI escreveu para o dia mundial das missões 2012: ‘Muitos sacerdotes, religiosos e religiosas, de todas as partes do mundo, numerosos leigos e até mesmo famílias inteiras deixam os seus próprios países, as suas comunidades locais e vão para outras Igrejas (Dioceses) testemunhar e anunciar o Nome de Cristo, no qual encontra a salvação a humanidade’.
Nessa mensagem, o Papa amplia o horizonte de comprometimento na Missão: ‘Assim, para um Pastor, o mandato de pregar o Evangelho não se esgota com a solicitude pela porção do Povo de Deus confiada aos seus cuidados pastorais, nem com o envio de qualquer sacerdote, leigo ou leiga - fidei donum. O referido mandato deve envolver toda a atividade da Igreja particular, todos os seus setores, em suma, todo o seu ser e operar: indicou-o claramente o Concílio Vaticano II, e o Magistério sucessivo reiterou-o com vigor. Isto exige que estilos de vida, planos pastorais e organização diocesana se adaptem, constantemente, a esta dimensão fundamental de ser Igreja, sobretudo num mundo como o nosso em contínua transformação’. São palavras fortes que necessitam encontrar eco no coração de cada batizado e na consciência de todo Pastor.
Compreendemos: missionário não é apenas aquele que vai a terras distantes, pois, onde estamos, devemos ser anunciadores da Boa Nova de Jesus. Contudo, há muito que fazer mundo a fora para que Cristo seja conhecido e amado. Percebo, também, cá em Moçambique, com forte presença muçulmana, que é muito importante como Igreja estarmos aqui: com respeito, misericórdia, profetismo e amor; proclamando o Evangelho da vida e defendendo a dignidade de cada pessoa humana; dialogando e convivendo com o diferente; bem como, animando e fortalecendo a minoria cristã.A jovem Daniela deixa pátria, família, amigos, faculdade, emprego... Que seu exemplo desperte mais cristãos para a Missão. Bem vinda à África, Dani!”.
Ela chegou no mês dedicado às missões; de modo particular, à Missão além-fronteiras, Ad Gentes. Por esses dias, somos chamados a refletir com responsabilidade adulta sobre a dimensão missionária de nossa Fé. Ser missionário não é um apêndice, algo opcional; mas está intimamente ligado ao cerne, pertence à essência, está na raiz do cristianismo: “ou somos missionários ou não somos cristãos”. É compromisso batismal; é mandato de Nosso Senhor Jesus Cristo, o Missionário do Pai. Bento XVI escreveu para o dia mundial das missões 2012: ‘Muitos sacerdotes, religiosos e religiosas, de todas as partes do mundo, numerosos leigos e até mesmo famílias inteiras deixam os seus próprios países, as suas comunidades locais e vão para outras Igrejas (Dioceses) testemunhar e anunciar o Nome de Cristo, no qual encontra a salvação a humanidade’.
Nessa mensagem, o Papa amplia o horizonte de comprometimento na Missão: ‘Assim, para um Pastor, o mandato de pregar o Evangelho não se esgota com a solicitude pela porção do Povo de Deus confiada aos seus cuidados pastorais, nem com o envio de qualquer sacerdote, leigo ou leiga - fidei donum. O referido mandato deve envolver toda a atividade da Igreja particular, todos os seus setores, em suma, todo o seu ser e operar: indicou-o claramente o Concílio Vaticano II, e o Magistério sucessivo reiterou-o com vigor. Isto exige que estilos de vida, planos pastorais e organização diocesana se adaptem, constantemente, a esta dimensão fundamental de ser Igreja, sobretudo num mundo como o nosso em contínua transformação’. São palavras fortes que necessitam encontrar eco no coração de cada batizado e na consciência de todo Pastor.
Compreendemos: missionário não é apenas aquele que vai a terras distantes, pois, onde estamos, devemos ser anunciadores da Boa Nova de Jesus. Contudo, há muito que fazer mundo a fora para que Cristo seja conhecido e amado. Percebo, também, cá em Moçambique, com forte presença muçulmana, que é muito importante como Igreja estarmos aqui: com respeito, misericórdia, profetismo e amor; proclamando o Evangelho da vida e defendendo a dignidade de cada pessoa humana; dialogando e convivendo com o diferente; bem como, animando e fortalecendo a minoria cristã.A jovem Daniela deixa pátria, família, amigos, faculdade, emprego... Que seu exemplo desperte mais cristãos para a Missão. Bem vinda à África, Dani!”.
Dom Aloísio A. Dilli - Bispo de Uruguaiana
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