Caros diocesanos. Hoje continuaremos nossa reflexão sobre o tema da Missão, a partir do Documento de Aparecida (maio de 2007) que teve a missão como tema central de todo evento: não há como ser discípulo sem ser missionário e não pode haver verdadeira Igreja sem que ela seja missionária. O princípio da missionaridade está enraizado na própria Santíssima Trindade: assim como o Pai havia enviado Jesus para a salvação do mundo, ele estava enviando seus discípulos para esta mesma missão (Jo 20, 21). O encontro com a Pessoa de Jesus Cristo dá novo horizonte e orientação decisiva à vida (DAp 12): “Conhecer a Jesus Cristo pela fé é nossa alegria; segui-lo é uma graça, e transmitir este tesouro aos demais é uma tarefa que o Senhor nos confiou ao nos chamar e nos escolher” (DAp 18). Ao encontrar-se verdadeiramente com Jesus Cristo, o discípulo missionário vê nele “o rosto humano de Deus e o rosto divino do homem” (DAp 107). Assim descobre, a partir dele, o mistério do homem e sua altíssima vocação: ser dele e fazer parte dos seus e participar de sua missão. Na Igreja não há discipulado sem missão e nem é possível discipulado sem comunhão eclesial, onde a fé se nutre, sobretudo, com o Pão da Palavra e da Eucaristia. A Igreja atrai quando vive em comunhão; ela cresce, não por proselitismo, mas por atração, por fascínio. Assim, a comunhão e a missão estão profundamente unidas entre si; a comunhão é missionária e a missão é para a comunhão (DAp 154 - 163). A Igreja particular e a Paróquia – Comunidade de comunidades – e outras formas de Comunidades e grupos eclesiais são convidados a ser escolas e casas de comunhão, lugares privilegiados dessa comunhão missionária (DAp 164, 170, 178 e 180).
Eis o itinerário da formação do discípulo missionário: encontro – conversão – discipulado – comunhão – missão (DAp 278). Esse caminho deve conduzir a uma espiritualidade de ação missionária, não fechada e cômoda num intimismo recôndito. A Igreja precisa de pessoas generosas e criativas, felizes no anúncio e no serviço missionário (DAp 285): “Necessitamos sair ao encontro das pessoas, das famílias, das comunidades e dos povos para lhes comunicar e compartilhar o dom do encontro com Cristo, que tem preenchido nossas vidas de ‘sentido’, de verdade e de amor, de alegria e de esperança! Não podemos ficar tranqüilos em espera passiva em nossos templos, mas é urgente ir em todas as direções para proclamar que o mal e a morte não têm a última palavra, que o amor é mais forte, que fomos libertos e salvos pela vitória pascal do Senhor da história...” (DAp 548).
A missão deve estar a serviço da vida plena para todos (Jo 10, 10), especialmente para os mais necessitados. A Igreja precisa de forte comoção que a impeça de se instalar na comodidade, no estancamento e na indiferença, à margem daqueles que sofrem: “É uma contradição dolorosa que o Continente com o maior número de católicos seja também o de maior iniqüidade social” (DAp 527). Exige-se proximidade afetuosa: misericórdia, solidariedade, compaixão, diálogo, compromisso com a justiça social e capacidade de compartilhar, como Jesus o fez (DAp 362-263). Dizia o Papa Bento XVI no discurso inaugural de Aparecida: “A opção preferencial pelos pobres está implícita na fé cristológica” (DAp 392). Enfim, precisamos converter a cultura da morte em cultura da vida. Consideramos a vida “presente gratuito de Deus, dom e tarefa que devemos cuidar desde a concepção, em todas as suas etapas, até a morte natural, sem relativismos” (DAp 464). Enfim, necessita-se de uma pastoral que vá além da mera conservação para uma pastoral decididamente missionária (DAp 367 e 370).
A missão deve estar a serviço da vida plena para todos (Jo 10, 10), especialmente para os mais necessitados. A Igreja precisa de forte comoção que a impeça de se instalar na comodidade, no estancamento e na indiferença, à margem daqueles que sofrem: “É uma contradição dolorosa que o Continente com o maior número de católicos seja também o de maior iniqüidade social” (DAp 527). Exige-se proximidade afetuosa: misericórdia, solidariedade, compaixão, diálogo, compromisso com a justiça social e capacidade de compartilhar, como Jesus o fez (DAp 362-263). Dizia o Papa Bento XVI no discurso inaugural de Aparecida: “A opção preferencial pelos pobres está implícita na fé cristológica” (DAp 392). Enfim, precisamos converter a cultura da morte em cultura da vida. Consideramos a vida “presente gratuito de Deus, dom e tarefa que devemos cuidar desde a concepção, em todas as suas etapas, até a morte natural, sem relativismos” (DAp 464). Enfim, necessita-se de uma pastoral que vá além da mera conservação para uma pastoral decididamente missionária (DAp 367 e 370).
Dom Aloísio A. Dilli - Bispo de Uruguaiana
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