quinta-feira, 1 de agosto de 2013

ORAÇÃO PELAS VOCAÇÕES

Estamos no mês de agosto, normalmente, denominado Mês das Vocações, no qual a Igreja deseja contemplar todos os estados de vida e os diversos ministérios que enriquecem sua unidade.
Desde o pontificado de Paulo VI, o papa costuma enviar uma mensagem para o Dia Mundial de Oração pelas Vocações, especialmente sacerdotais e religiosas, celebrado no IV Domingo de Páscoa. Em 2013, foi ainda Bento XVI que a enviou durante seu pontificado, com o título: As Vocações – Sinal da Esperança fundada na Fé. O objetivo principal da mesma é “implorar de Deus o dom de santas vocações e propor de novo à reflexão de todos a urgência da resposta à chamada divina”.
Como anuncia o título, a presente reflexão vocacional gira em torno da esperança, fundada na fé. A esperança é considerada como expectativa positiva em relação ao futuro, mas também ao presente, diante da fidelidade de Deus, força-motriz que perpassa a história da salvação. Afirma a mensagem: “Deus nunca nos deixa sozinhos e permanece fiel à palavra dada”. Ter esperança significa, portanto, confiar no Deus que é fiel, Aquele que mantém as promessas da aliança. Assim, fé e esperança estão intimamente unidas: a esperança se fundamenta na fé.
Em que consiste esta fidelidade de Deus na qual podemos confiar totalmente? Consiste no seu amor. Este amor foi manifestado de forma plena 
em Jesus Cristo e interpela também nossa existência, solicitando uma resposta sobre o que cada um deseja fazer da sua vida “e quanto está disposto a apostar para realizá-la plenamente”. Este amor sempre alcança os que se deixam encontrar. Ele é exigente e profundo, infunde-nos coragem, dá-nos esperança, no hoje e no amanhã. Faz com que confiemos na história, nos outros e em nós mesmos. “Que seria de nossa vida, sem este amor?”.
Jesus continua a passar pelos caminhos de nossa vida, imersos em atividades, com nossos desejos e necessidades. Ele dirige sua palavra, convidando-nos a realizar a vida com Ele, “o único capaz de saciar nossa sede de esperança”. Para acolher seu convite “é preciso deixar de escolher por si mesmo o próprio caminho. Segui-Lo significa entranhar a própria vontade na vontade de Jesus”. Então Ele terá a precedência em tudo o que faz parte da vida: família, trabalho, interesses pessoais, nós mesmos... Significa viver em sua intimidade e por Ele entrar em comunhão com a Trindade e entregar-se de forma incondicional aos irmãos e irmãs do Povo de Deus.
Bento XVI ainda afirma: “As vocações sacerdotais e religiosas nascem da experiência do encontro pessoal com Cristo, do diálogo sincero com Ele, para entrar na sua vontade. Por isso, é necessário crescer na experiência de fé, entendida como profunda relação com Jesus”. Esta resposta fiel é possível no ambiente de fé das comunidades cristãs: testemunho evangélico, ardor missionário, alimento sacramental e vida de oração. A oração constante faz crescer a fé da comunidade cristã e lhe dá a certeza de que Deus não deixará de providenciar vocações sacerdotais e religiosas para seu povo, “como sinais de esperança para o mundo”. A mensagem do 50º Dia Mundial de Oração pelas Vocações termina com palavras animadoras, convidando os jovens para cultivar os valores do serviço aos outros, seguindo os passos de Jesus: “Amados jovens, não tenhais medo de seguir Jesus e de percorrer os caminhos exigentes e corajosos da caridade e do compromisso generoso. Sereis felizes por servir, sereis testemunhas daquela alegria que o mundo não pode dar, sereis chamas vivas de um amor infinito e eterno, aprendereis a ‘dar a razão da vossa esperança’ (1Pd 3, 15)”. O Dia do Padre e dos Religiosos/as façam refletir esta mensagem papal.
Dom Aloísio A. Dilli - Bispo de Uruguaiana

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