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Estamos no mês de agosto, normalmente, denominado Mês das Vocações, no qual a Igreja deseja contemplar todos os estados de vida e os diversos ministérios que enriquecem sua unidade.Desde o pontificado de Paulo VI, o papa costuma enviar uma mensagem para o Dia Mundial de Oração pelas Vocações, especialmente sacerdotais e religiosas, celebrado no IV Domingo de Páscoa. Em 2013, foi ainda Bento XVI que a enviou durante seu pontificado, com o título: As Vocações – Sinal da Esperança fundada na Fé. O objetivo principal da mesma é “implorar de Deus o dom de santas vocações e propor de novo à reflexão de todos a urgência da resposta à chamada divina”.
Como anuncia o título, a presente reflexão vocacional gira em torno da esperança, fundada na fé. A esperança é considerada como expectativa positiva em relação ao futuro, mas também ao presente, diante da fidelidade de Deus, força-motriz que perpassa a história da salvação. Afirma a mensagem: “Deus nunca nos deixa sozinhos e permanece fiel à palavra dada”. Ter esperança significa, portanto, confiar no Deus que é fiel, Aquele que mantém as promessas da aliança. Assim, fé e esperança estão intimamente unidas: a esperança se fundamenta na fé.
Em que consiste esta fidelidade de Deus na qual podemos confiar totalmente? Consiste no seu amor. Este amor foi manifestado de forma plena
Jesus continua a passar pelos caminhos de nossa vida, imersos em atividades, com nossos desejos e necessidades. Ele dirige sua palavra, convidando-nos a realizar a vida com Ele, “o único capaz de saciar nossa sede de esperança”. Para acolher seu convite “é preciso deixar de escolher por si mesmo o próprio caminho. Segui-Lo significa entranhar a própria vontade na vontade de Jesus”. Então Ele terá a precedência em tudo o que faz parte da vida: família, trabalho, interesses pessoais, nós mesmos... Significa viver em sua intimidade e por Ele entrar em comunhão com a Trindade e entregar-se de forma incondicional aos irmãos e irmãs do Povo de Deus.
Bento XVI ainda afirma: “As vocações sacerdotais e religiosas nascem da experiência do encontro pessoal com Cristo, do diálogo sincero com Ele, para entrar na sua vontade. Por isso, é necessário crescer na experiência de fé, entendida como profunda relação com Jesus”. Esta resposta fiel é possível no ambiente de fé das comunidades cristãs: testemunho evangélico, ardor missionário, alimento sacramental e vida de oração. A oração constante faz crescer a fé da comunidade cristã e lhe dá a certeza de que Deus não deixará de providenciar vocações sacerdotais e religiosas para seu povo, “como sinais de esperança para o mundo”. A mensagem do 50º Dia Mundial de Oração pelas Vocações termina com palavras animadoras, convidando os jovens para cultivar os valores do serviço aos outros, seguindo os passos de Jesus: “Amados jovens, não tenhais medo de seguir Jesus e de percorrer os caminhos exigentes e corajosos da caridade e do compromisso generoso. Sereis felizes por servir, sereis testemunhas daquela alegria que o mundo não pode dar, sereis chamas vivas de um amor infinito e eterno, aprendereis a ‘dar a razão da vossa esperança’ (1Pd 3, 15)”. O Dia do Padre e dos Religiosos/as façam refletir esta mensagem papal.
Dom Aloísio A. Dilli - Bispo de Uruguaiana
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