O comprometimento na vida adulta merece uma catequese não só de iniciação.
Por José Barbosa de Miranda
BRASíLIA, 21 de Março de 2014 (Zenit.org) -
A catequese com adultos, quando contém maturidade de atitudes, conduz ao encontro da essência da verdade, Jesus Cristo.
No artigo anterior refletimos como a ação catequética deve conduzir o adulto a uma revisão de seus atos, provocando uma mudança radical de vida. Depois da estada de Jesus com Zaqueu, em sua casa (cf. Lc 19, 1-9), ele fez justiça, revendo os atos que praticara. Neste encontro veremos que a mudança não é só pessoal, mas envolve outras pessoas, aderindo ao conceito da verdade com a descoberta de Jesus Cristo.
OPÇÃO PARA SEGUIR JESUS
Conta-nos o evangelista Lucas que Jesus “saiu, viu um publicano, chamado Levi, sentado na coletoria de impostos e disse-lhe: ‘Segue-me! ’ E, levantando-se, ele deixou tudo e o seguiu” (Lc 5,27-28). O mesmo fato é narrado por Mc 2,13-14. Em Mt 9,9 Levi é Mateus. Tanto Levi como Mateus é o discípulo missionário Mateus escolhido por Jesus para formar o seu colégio apostólico. Em seguida os evangelistas dizem que “Levi ofereceu a Jesus uma grande festa, e com eles estava à mesa numerosa multidão de publicanos e outras pessoas” (Lc 5,29; Mt 9, 10; Mc 2,15).
Mateus se permitiu fazer opção no seguimento de Jesus. Depois do encontro com o Mestre, ele que tanto prezava os seus companheiros de profissão, os chamados pecadores públicos, convida-os para conhecer o seu novo amigo. É uma oportunidade especial, uma refeição em família que envolve pessoas de sua inteira confiança. Só convidamos para fazer parte da nossa mesa pessoas próximas. Mateus já aceitara a mudança de vida, de pecador público tonara-se discípulo e frequentava a escola de Jesus. Agora não se esquece dos companheiros.
CÉLULAS MULTIPLICANDO CÉLULAS
Essa é uma das qualidades da catequese permanente com adultos: células multiplicando células. O envolvimento com a verdade de Jesus não cabe em um único coração, precisa ser compartilhado. A catequese permanente com adultos leva a essa descoberta de Cristo para vivê-lo aqui e agora. Viver é testemunhar. O leigo adulto é capaz de transformar o seu meio, pois está no mundo, vive no mundo e administra o mundo. Mateus, pecador público como o era Zaqueu, aderiu a Cristo, por meio deles o Mestre permanece conosco e é anunciado como Boa Nova. É o Evangelho sendo multiplicado de geração em geração. E tudo começa com o convite, a conversão e a perseverança. O Diretório Geral da Catequese nos exorta a aprofundar este momento: “Ao anunciar ao mundo a Boa Nova da Revelação, a evangelização convida homens e mulheres à conversão e à fé. O chamado de Jesus, ‘arrependei-vos e crede no Evangelho’ (Mc 1,15), continua a ressoar hoje, mediante a evangelização da Igreja. A fé cristã é, antes de mais nada, conversão a Jesus Cristo, adesão plena e sincera à sua pessoa, e decisão de caminhar na sua sequela. A fé é um encontro pessoal com Jesus Cristo, é tornar-se seu discípulo. Isso exige o empenho permanente para pensar como ele, de julgar como ele e de viver como ele viveu” (DGC n.53).
ANÚNCIO COM VERDADE E CARIDADE
O primeiro passo do catequista é sair de si mesmo para encontrar-se com o outro, na sua realidade. Desalojar-se. Não ficar na “sua igreja”, mas estar como Igreja nas casas, na repartição pública, na empresa, na mídia, na política, na escola, no clube. “Não peço que os tire do mundo, mas que os guarde do Maligno” (Jo 17,15). Ora, para anunciar no contexto do adulto, é preciso, primeiro, conhecer esse contexto. Os evangelistas não dizem que Jesus condenou sumariamente o meio em que se encontravam os homens, mas procurou jogar a boa semente na terra, esperando que os homens se abrissem ao Semeador. Não se trata de condenar, mas de curar (cf. Lc 19,9). As pessoas são más porque não conhecem o lado bom do Reino de Deus. Basta uma pequena gota de corante para mudar a coloração da água. Uma pequena verdade modifica a conduta das pessoas, tornando-as fermento no mundo (cf. Lc 13,20).
A catequese com adultos parte da premissa de que nada se impõe, mas tudo no mundo é possível de questionamento para colocar a fé como centro basilar. É um gesto de dar as mãos para caminhar juntos. Quando uma ideia é aceita, ela se multiplica. E no meio adulto há um campo fértil para isso. A mudança de comportamento, pela catequese, deve ter efeito multiplicador, não ficar escondido, mas transmitido a outros. É como a multiplicação dos talentos (cf. Mt 25,14-29), consequência de conversão consciente (intelectual) e não emocional. Parte da razão para atingir o coração. E isso se consegue com uma catequese bem fundada e estruturada. Mateus não só aderiu a Cristo, mas convidou os amigos a fazerem o mesmo, tornando-se sal da terra e luz do mundo (CF. Mt 5,13-14). É missão de todos.
A catequese não se confina num pequeno espaço físico, porque o Cristo deve ser anunciado a toda criatura (cf. Mc 16,15).
PARA REFLEXÃO
O que está faltando, nas comunidades, para que haja uma catequese com adultos? Não a de iniciação cristã, mas de comprometimento com a fé adulta.
A catequese com adultos, quando contém maturidade de atitudes, conduz ao encontro da essência da verdade, Jesus Cristo.
No artigo anterior refletimos como a ação catequética deve conduzir o adulto a uma revisão de seus atos, provocando uma mudança radical de vida. Depois da estada de Jesus com Zaqueu, em sua casa (cf. Lc 19, 1-9), ele fez justiça, revendo os atos que praticara. Neste encontro veremos que a mudança não é só pessoal, mas envolve outras pessoas, aderindo ao conceito da verdade com a descoberta de Jesus Cristo.
OPÇÃO PARA SEGUIR JESUS
Conta-nos o evangelista Lucas que Jesus “saiu, viu um publicano, chamado Levi, sentado na coletoria de impostos e disse-lhe: ‘Segue-me! ’ E, levantando-se, ele deixou tudo e o seguiu” (Lc 5,27-28). O mesmo fato é narrado por Mc 2,13-14. Em Mt 9,9 Levi é Mateus. Tanto Levi como Mateus é o discípulo missionário Mateus escolhido por Jesus para formar o seu colégio apostólico. Em seguida os evangelistas dizem que “Levi ofereceu a Jesus uma grande festa, e com eles estava à mesa numerosa multidão de publicanos e outras pessoas” (Lc 5,29; Mt 9, 10; Mc 2,15).
Mateus se permitiu fazer opção no seguimento de Jesus. Depois do encontro com o Mestre, ele que tanto prezava os seus companheiros de profissão, os chamados pecadores públicos, convida-os para conhecer o seu novo amigo. É uma oportunidade especial, uma refeição em família que envolve pessoas de sua inteira confiança. Só convidamos para fazer parte da nossa mesa pessoas próximas. Mateus já aceitara a mudança de vida, de pecador público tonara-se discípulo e frequentava a escola de Jesus. Agora não se esquece dos companheiros.
CÉLULAS MULTIPLICANDO CÉLULAS
Essa é uma das qualidades da catequese permanente com adultos: células multiplicando células. O envolvimento com a verdade de Jesus não cabe em um único coração, precisa ser compartilhado. A catequese permanente com adultos leva a essa descoberta de Cristo para vivê-lo aqui e agora. Viver é testemunhar. O leigo adulto é capaz de transformar o seu meio, pois está no mundo, vive no mundo e administra o mundo. Mateus, pecador público como o era Zaqueu, aderiu a Cristo, por meio deles o Mestre permanece conosco e é anunciado como Boa Nova. É o Evangelho sendo multiplicado de geração em geração. E tudo começa com o convite, a conversão e a perseverança. O Diretório Geral da Catequese nos exorta a aprofundar este momento: “Ao anunciar ao mundo a Boa Nova da Revelação, a evangelização convida homens e mulheres à conversão e à fé. O chamado de Jesus, ‘arrependei-vos e crede no Evangelho’ (Mc 1,15), continua a ressoar hoje, mediante a evangelização da Igreja. A fé cristã é, antes de mais nada, conversão a Jesus Cristo, adesão plena e sincera à sua pessoa, e decisão de caminhar na sua sequela. A fé é um encontro pessoal com Jesus Cristo, é tornar-se seu discípulo. Isso exige o empenho permanente para pensar como ele, de julgar como ele e de viver como ele viveu” (DGC n.53).
ANÚNCIO COM VERDADE E CARIDADE
O primeiro passo do catequista é sair de si mesmo para encontrar-se com o outro, na sua realidade. Desalojar-se. Não ficar na “sua igreja”, mas estar como Igreja nas casas, na repartição pública, na empresa, na mídia, na política, na escola, no clube. “Não peço que os tire do mundo, mas que os guarde do Maligno” (Jo 17,15). Ora, para anunciar no contexto do adulto, é preciso, primeiro, conhecer esse contexto. Os evangelistas não dizem que Jesus condenou sumariamente o meio em que se encontravam os homens, mas procurou jogar a boa semente na terra, esperando que os homens se abrissem ao Semeador. Não se trata de condenar, mas de curar (cf. Lc 19,9). As pessoas são más porque não conhecem o lado bom do Reino de Deus. Basta uma pequena gota de corante para mudar a coloração da água. Uma pequena verdade modifica a conduta das pessoas, tornando-as fermento no mundo (cf. Lc 13,20).
A catequese com adultos parte da premissa de que nada se impõe, mas tudo no mundo é possível de questionamento para colocar a fé como centro basilar. É um gesto de dar as mãos para caminhar juntos. Quando uma ideia é aceita, ela se multiplica. E no meio adulto há um campo fértil para isso. A mudança de comportamento, pela catequese, deve ter efeito multiplicador, não ficar escondido, mas transmitido a outros. É como a multiplicação dos talentos (cf. Mt 25,14-29), consequência de conversão consciente (intelectual) e não emocional. Parte da razão para atingir o coração. E isso se consegue com uma catequese bem fundada e estruturada. Mateus não só aderiu a Cristo, mas convidou os amigos a fazerem o mesmo, tornando-se sal da terra e luz do mundo (CF. Mt 5,13-14). É missão de todos.
A catequese não se confina num pequeno espaço físico, porque o Cristo deve ser anunciado a toda criatura (cf. Mc 16,15).
PARA REFLEXÃO
O que está faltando, nas comunidades, para que haja uma catequese com adultos? Não a de iniciação cristã, mas de comprometimento com a fé adulta.
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