500 mil pessoas contrárias ao casamento homossexual, à lei ABCD e à lei de reprodução assistida
Por Sergio Mora
ROMA, 03 de Fevereiro de 2014 (Zenit.org) - Milhares de pessoas se manifestaram neste
domingo, na França, contra uma série de medidas contrárias à família adotadas
pelo governo socialista do presidente François Hollande. Entre elas, a aprovação
da lei que autoriza o casamento e a possibilidade de adoção de filhos por parte
de casais homossexuais. Em número que oscila entre 80 mil, segundo a polícia, e
500 mil, segundo os organizadores, os franceses marcharam com o lema “Família,
educação, solidariedade, dignidade”.
Os manifestantes foram reunidos pelo movimento “La manif pour tous” (A
manifestação para todos), que, no ano passado, levou às ruas aproximadamente um
milhão de pessoas para protestar contra os projetos dessas mesma leis, hoje
agrupados na “lei Taubira”..
Entre os manifestantes há desde setores conservadores católicos até
muçulmanos, judeus, associações laicas e até mesmo associações homossexuais que
não concordam nem com o casamento nem com as adoções por parte de
homossexuais.
Em grande número, os pais e mães franceses se uniram à marcha. Nos últimos
dias, eles não levaram os filhos à escola porque decidiram boicotar uma matéria
experimental sobre a “teoria de gênero”, denominada “ABCD da Igualdade” e
imposta pelo Ministério da Educação do país.
O boicote às escolas teve grande adesão. Segundo a mídia local, alguns
colégios viram um terço dos alunos ficarem em casa e outros tiveram até 50% dos
alunos ausentes das aulas.
O ministro francês da Educação, Vincent Peillon, se viu obrigado na última
terça-feira a declarar que “as escolas francesas não ensinam a homossexualidade
às crianças”.
Os manifestantes lamentam também a aprovação do aborto pela Câmara de
Deputados e destacam o perigo de que o próximo passo seja a reprodução assistida
para lésbicas e o uso de “barrigas de aluguel”, projetos que devem ser propostos
ao parlamento em abril.
Esta marcha acontece uma semana depois dos protestos contra o governo de
Hollande que deixaram 19 policiais feridos e mais de 200 cidadãos presos. O
ministro do Interior, Manuel Valls, declarou: “Não toleraremos nenhum excesso
violento, nenhum ataque contra a polícia”.
“Não houve violência nenhuma”, disseram os porta-vozes de “La Manif pour
Tous”, reiterando que não se trata de uma questão política, mas de princípios
universais
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