domingo, 12 de janeiro de 2014

Solenidade do Batismo do Senhor

O Pai, o Filho e o Espírito Santo descem entre os homens e revelam-nos o Seu amor que salva.

"Devemos cumprir toda a justiça", essa frase do Evangelho deste domingo centraliza a mensagem da liturgia do Batismo do Senhor. Mas que justiça é essa? Se entendermos que a encarnação do Verbo contou com a participação das Três Pessoas divinas e o motivo foi a redenção do gênero humano, ficará para nós que a justiça da qual Jesus fala com João Batista é a instauração do Reino. João Batista participa da realização dessa justiça, da missão do Redentor, ao pregar e conferir o batismo de penitência.

A ação de Jesus ao aceitar o gesto do Batista recebe a aprovação das Outras duas Pessoas divinas, pois quando sai das águas do Jordão “o céu se abre e o Espírito vem sobre ele e nele pousa”.

Nesse momento recordemos as palavras de Isaías na primeira leitura: “Eu, o Senhor, te chamei para a justiça e te tomei pela mão; eu te formei e te constituí como centro da aliança do povo, luz das nações, para abrires os olhos aos cegos, tirar os cativos da prisão, livrar do cárcere os que vivem nas trevas”. Ele é rei e sacerdote, foi ungido para cumprir toda a justiça dando origem ao Reino de Deus.

Recordemos o nosso batismo. Fomos inseridos no Povo de Deus também para essa missão, cumprir a justiça, não apenas para nos salvar. Temos uma missão apostólica, colaborar com o Senhor na instauração da justiça, da solidariedade, da acolhida a todos, especialmente daqueles que são marginalizados porque pecadores. Ser batizado é ter um coração misericordioso e integrador, como o de Jesus.

Ao celebrarmos a festa do Batismo do Senhor, ocasião propícia para renovarmos nossos compromissos batismais, voltemo-nos para nós mesmos e façamos um exame sobre nossa conduta, sobre nossa presença no meio da sociedade. Até que ponto somos pessoas libertadoras, pessoas que podem ser reconhecidas como abertas à ação de Deus, fautoras do bem, portadoras de vida moradas de Deus em meio aos homens?

Mais ainda: somos alegres, sorridentes ou carrancudos? Somos sinceros ou falsos? Somos éticos ou moralistas? Somos construtores ou demolidores? Somos colaboradores do Senhor ou atrapalhamos a instauração do Reino?

Padre Cesar Augusto dos Santos, SJ

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