Papa Francisco exorta a estarmos, como Maria, vigilantes e preparados para a vinda do Senhor
Roma, (Zenit.org) Luca Marcolivio
Estes dias são dias de espera. Dias em que, junto a Maria, estamos à espera de um parto. Como todas as mulheres, a mãe de Jesus sente essas “percepções interiores em seu corpo, em sua alma”, de que o filho está chegando. Destacou papa Francisco durante a homilia por ocasião da missa em Santa Marta.
Nós, como Igreja, recordou, “acompanhamos Nossa Senhora neste caminho de espera” e quase “queremos apressar este nascimento” de Jesus.
O nascimento que celebramos é duplo: o “nascimento físico” e aquele em que “virá no final para fechar a história”. Mas, como diz São Bernardo, há também uma terceira vinda: “a de cada dia”.
Quando o Senhor visita “cada um de nós”, disse o Papa, “a nossa alma se assemelha à Igreja, a nossa alma se assemelha a Maria”. Os Padres do deserto dizem que Maria, a Igreja e a nossa alma são femininas, portanto, a nossa alma também está à espera, nesta expectativa pela vinda do Senhor; uma alma aberta que chama: “Vem, Senhor!”.
Estar “vigilante, à espera”, destacou o Pontífice, significa ser “peregrino” e não simplesmente “errante”. É a diferença entre estarmos “seguros em um albergue, ao longo do caminho”, à espera do Senhor, abrindo caminho para Ele, e não para as "compras" e para o "barulho" dos dias de hoje.
“A nossa alma está aberta, como está aberta a Santa Mãe Igreja, e como estava aberta Nossa Senhora? Ou a nossa alma está fechada e colocamos na porta um aviso, muito educado, que diz: 'Por favor, não perturbe!'”, perguntou o Santo Padre.
O mundo, concluiu o Papa, “não acaba conosco, nós não somos mais importante que mundo”, então, disse ainda, “que nós fará bem repetir” a invocação: “Ó Sabedoria, o chave de Davi, o Rei das nações, vem”.
(Trad.:MEM)
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