Caros diocesanos. Quando se chega ao final de um ano, é normal que sejam feitas avaliações e balanços; e isto vale para os diversos setores da nossa vida. Também a Igreja se avalia e se pergunta sobre a eficiência de sua presença missionária. A Diocese de Uruguaiana teve como tema do Ano Pastoral em 2013: A Missão. Sempre mais nos damos conta que somos todos missionários, e estamos em estado permanente de missão. Certamente, nosso testemunho cristão, nossa alegria de termos encontrado Jesus Cristo aprofundou nossa própria participação e levou outros irmãos e irmãs ao encontro do mesmo Senhor. Igualmente, algum contra testemunho ou indiferença missionária talvez dificultaram a atração de outros.
O Anuário Pontifício 2013 (realizado sobre os dados 2010/2011) anuncia que o número de católicos no mundo cresce anualmente em 1,5%. O aumento numérico se dá especialmente na África e na Ásia, enquanto que na Europa continua o registro de sinais negativos. No mundo inteiro, os católicos somam 01 bilhão e 214 milhões; o que representa 17, 5% dos habitantes do planeta. Destes, 48,8% vivem
Em meio a estas informações estamos nós. Mesmo não possuindo dados regionais exatos, estatísticas recentes (Censo 2010) mostram um declínio do número de católicos no Brasil (2000 – 73,6% para 2010 – 64,6%). Surge a pergunta: perdemos fiéis ou muitos dos que nunca o foram assumiram sua situação real? Será que tinham sido verdadeiramente iniciados e encontraram o Senhor e agora o deixam? (IVC 20 e 23) ou navegam pela multiplicidade de credos a fim de encontrar em algum deles ou por sincretismo a solução dos problemas subjetivos? Hoje também muitos têm coragem de se declarar sem religião ou mesmo ateus. Entre a busca das causas da numérica diminuição de católicos em alguns países, Bento XVI alerta para o perigo maior: “Nossa maior ameaça é o medíocre pragmatismo da vida cotidiana da Igreja, no qual, aparentemente, tudo procede com normalidade, mas na verdade a fé vai se desgastando e degenerando em mesquinhez” (DAp 12). Uma Igreja acomodada se torna medíocre e não mais evangeliza. Por isso sentimo-nos desafiados todos à missão permanente, cientes de que a Igreja existe para evangelizar, portanto, sua razão de ser; o verdadeiro discípulo missionário nunca interrompe sua missão.
Dom Aloísio A. Dilli - Bispo de Uruguaiana
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