domingo, 24 de novembro de 2013

Os cidadãos europeus pedem a defesa da vida




O porta-voz do comitê italiano do projeto Um de Nós fala do grande sucesso da iniciativa popular

Roma,  (Zenit.orgMaria Grazia Colombo 

A larga superação de um milhão de assinaturas coletadas para o abaixo-assinado Um de Nós é um sinal tangível da grande atenção à questão da vida que existe na Itália e em toda a Europa. Em total, foram coletadas quase 1 milhão e novecentas mil assinaturas.
A Itália foi a força motriz da campanha, mas o aumento constante e incansável na quantidade de assinaturas em todos os países da União Europeia mostra que essa iniciativa não aconteceu por acidente, mas envolveu uma sensibilidade inata da população diante desses temas, sensibilidade que encontrou uma maneira de se tornar explícita em plenitude graças a essa mobilização.
Estamos acumulando uma riqueza de consciência e de receptividade das pessoas que não é casual, nem deverá dispersar-se depois desta conquista.
Por trás de cada assinatura há uma face, há uma pessoa que insiste em seu "sim" à vida, e, mais precisamente, no reconhecimento da dignidade humana do embrião.
Como associações, movimentos, pessoas leigas, nós, desta Europa, tão influente e representativa de uma grande história, bradamos pela beleza da vida, afirmamos a pessoa, feita de relações, reconhecida em um povo. Esta iniciativa dá voz a um povo. Nunca nos esqueçamos disso!
O comitê italiano do projeto Um de Nós lançou um desafio a todos. Não é uma defesa de valores abstratos, mas uma ocasião para a reflexão sobre a vida, a família, a sociedade que queremos construir para o futuro. A batalha pelo reconhecimento do embrião é uma questão laica, não ideológica nem restrita a certas partes. Interessa ao homem, à mulher, a todo o mundo. Desafia a todos, levando-nos a adotar uma posição de defesa da vida e da sua dignidade.
As pessoas respondem, expressam através da assinatura aquilo de que são feitas, saem daquela solidão de pensamento que é hoje tão preocupante. Defender a vida em todas as suas fases, da concepção até a morte natural, é construir um pouco da nossa história, não só italiana, mas europeia, dessa nossa Europa tão conturbada.
A campanha Um de Nós coloca no centro a pessoa humana, em sua totalidade e no seu direito a crescer, a viver, a ser um cidadão completo do mundo. É com essa crença, comum e compartilhada, que esta iniciativa foi apoiada pelo Movimento pela Vida e abraçada, ainda, por cerca de trinta associações e movimentos que formaram o comitê Um de Nós, a fim de montar um trabalho de estratégia muito vivaz e muito interessante. A Itália associativa, a Itália da sociedade civil, trabalhou duro num clima de encontro, de construção de relações, nunca de confronto. A vida é um bem precioso que deve nos enriquecer, criando mais oportunidades para a unidade na verdade.
A intuição de um grande movimento, como é o Movimento pela Vida, se tornou intuição e trabalho associativo de todos. Por quê? Para chegar à marca de um milhão de assinaturas, mas, ainda mais do que isso, para aprendermos a lidar uns com os outros, a estimar uns aos outros, trabalhando juntos pelo bem comum.
Após esta conquista fantástica, olhemos com muita atenção para a Europa, junto com todos os outros movimentos europeus, seguindo passo a passo os pontos estabelecidos por essa iniciativa popular europeia na segunda fase desse projeto maravilhoso.
Cada assinatura é preciosa e não deve se perder, testemunhando a generosidade de todos os italianos. Através das assinaturas, recebemos um mandamento, o de ser o povo do Um de Nós. Agradeço às famílias, às paróquias, que são famílias de famílias, às escolas e a cada lugar em que foi feita a coleta de uma assinatura. Uma assinatura que eu gosto de chamar de diálogo e de encontro.

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