Na homilia em Santa Marta, Francisco encoraja a ter confiança em Deus também nas situações extremas, a exemplo dos mártires de todos os tempos
Por Salvatore Cernuzio
ROMA, 25 de Novembro de 2013 (Zenit.org) - Não é possível ser cristãos mornos. Que o
escreva São João no Apocalipse, ou o diga Bento XVI na lectio aos bispos do
sínodo no ano passado, o conceito é sempre o mesmo: o cristão não pode
lagartear-se em uma moleza moral ou em escolhas entre um “talvez sim, talvez
não”. Quem segue a Cristo é chamado a escolhas definitivas, a confiar em Deus
também nas situações que estão no limite da resistência humana. Seguindo o
exemplo dos mártires que, com coragem e confiança, confiaram tudo ao Senhor,
chegando muitas vezes a “ganhar” a morte.
Este aviso - um dos "cavalos de batalha” do pontificado de Bergoglio – voltou hoje na homilia da Missa em Santa Marta. Na sua reflexão, o Papa retomou as leituras do dia, observando como nas duas passagens se fale de cristãos que escolhem o Senhor também “em situações extremas”. São os três jovens hebreus da leitura do Livro de Daniel, que preferem sofrer a condenação do rei Nabucodonosor queimando numa fornalha ardente, do que ajoelhar-se diante da sua estátua e negar a própria fé em Deus. E é a viúva do Evangelho de Lucas, que, apesar da profunda pobreza, deposita todos os seus pertences no tesouro do Templo.
“Todos os dois – a viúva e os jovens – arriscaram”, afirmou o Pontífice, e “no seu risco escolheram o Senhor, com um coração grande, sem interesse pessoal, sem mesquinhez”. Eles ‘arriscaram tudo’ por Deus, não “por uma força fanática” do tipo: ‘Devemos fazer isso Senhor’”, destacou o Papa. Mas porque “confiaram naquela fidelidade que sempre existe, porque o Senhor não pode mudar: sempre é fiel, não pode não ser fiel, não pode negar a si mesmo”.
Firmes nessa fé, os protagonistas da Liturgia de hoje escolheram renunciar a tudo, na certeza de que Deus é mais potente do que a miséria ou do que a morte. E o Senhor de fato, lembrou o Papa, livra os escravos hebreus do fim certo e não esquece de ajudar a viúva e de louvá-la pelo seu gesto.
"Também na história da Igreja – disse Bergoglio – existem homens, mulheres, anciãos, jovens, que fazem esta escolha” de entregar-se a Deus em tudo e para tudo. São estes mártires, muito mais presentes hoje do que no passado, que por causa da sua fé vivem uma vida de riscos e turbulências, uma vida “no limite”. “Quando nós ouvimos a vida dos mártires, quando lemos nos jornais as perseguições contra os cristãos, hoje, pensamos neste irmãos e irmãos em situações limites, que fazem esta escolha” disse o Papa. Eles, continuou, “são um exemplo para nós e nos encorajam a colocar no tesouro da Igreja tudo aquilo que temos para viver”.
Mas também são um exemplo todas aquelas pessoas cujo heroísmo não se expressa em atos extremos, mas em decisões cotidianas tomadas com fé e coragem. Disse, de fato, Francisco: “Pensemos também em tantas mães, em tantos pais de família que a cada dia fazem escolhas definitivas para seguir adiante com as suas famílias, com os seus filhos. E isto é um tesouro na Igreja. Eles nos dão testemunho”. Diante desses modelos de cristãos ‘não mornos’ que arriscam tudo porque estão inflamados pela fé em Deus, “peçamos ao Senhor a graça da coragem” exortou o Santo Padre. Peçamos, ou seja, aquela coragem “de seguir em frente na nossa vida cristã, nas situações normais, comuns, de cada dia e também nas situações extremas”.
Este aviso - um dos "cavalos de batalha” do pontificado de Bergoglio – voltou hoje na homilia da Missa em Santa Marta. Na sua reflexão, o Papa retomou as leituras do dia, observando como nas duas passagens se fale de cristãos que escolhem o Senhor também “em situações extremas”. São os três jovens hebreus da leitura do Livro de Daniel, que preferem sofrer a condenação do rei Nabucodonosor queimando numa fornalha ardente, do que ajoelhar-se diante da sua estátua e negar a própria fé em Deus. E é a viúva do Evangelho de Lucas, que, apesar da profunda pobreza, deposita todos os seus pertences no tesouro do Templo.
“Todos os dois – a viúva e os jovens – arriscaram”, afirmou o Pontífice, e “no seu risco escolheram o Senhor, com um coração grande, sem interesse pessoal, sem mesquinhez”. Eles ‘arriscaram tudo’ por Deus, não “por uma força fanática” do tipo: ‘Devemos fazer isso Senhor’”, destacou o Papa. Mas porque “confiaram naquela fidelidade que sempre existe, porque o Senhor não pode mudar: sempre é fiel, não pode não ser fiel, não pode negar a si mesmo”.
Firmes nessa fé, os protagonistas da Liturgia de hoje escolheram renunciar a tudo, na certeza de que Deus é mais potente do que a miséria ou do que a morte. E o Senhor de fato, lembrou o Papa, livra os escravos hebreus do fim certo e não esquece de ajudar a viúva e de louvá-la pelo seu gesto.
"Também na história da Igreja – disse Bergoglio – existem homens, mulheres, anciãos, jovens, que fazem esta escolha” de entregar-se a Deus em tudo e para tudo. São estes mártires, muito mais presentes hoje do que no passado, que por causa da sua fé vivem uma vida de riscos e turbulências, uma vida “no limite”. “Quando nós ouvimos a vida dos mártires, quando lemos nos jornais as perseguições contra os cristãos, hoje, pensamos neste irmãos e irmãos em situações limites, que fazem esta escolha” disse o Papa. Eles, continuou, “são um exemplo para nós e nos encorajam a colocar no tesouro da Igreja tudo aquilo que temos para viver”.
Mas também são um exemplo todas aquelas pessoas cujo heroísmo não se expressa em atos extremos, mas em decisões cotidianas tomadas com fé e coragem. Disse, de fato, Francisco: “Pensemos também em tantas mães, em tantos pais de família que a cada dia fazem escolhas definitivas para seguir adiante com as suas famílias, com os seus filhos. E isto é um tesouro na Igreja. Eles nos dão testemunho”. Diante desses modelos de cristãos ‘não mornos’ que arriscam tudo porque estão inflamados pela fé em Deus, “peçamos ao Senhor a graça da coragem” exortou o Santo Padre. Peçamos, ou seja, aquela coragem “de seguir em frente na nossa vida cristã, nas situações normais, comuns, de cada dia e também nas situações extremas”.
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