quinta-feira, 7 de novembro de 2013

NO JEITO DE JESUS


      



                    
O caminho da salvação esta em se comprometer com o projeto de Jesus. Ele veio por causa dos pobres, dos simples.
Jesus veio de Nazaré, partiu da periferia para o centro, saiu de junto dos excluídos. Ele viveu entre eles, conhecia o sofrimento e a angustia deste povo, por se sentir distante de Deus.
Jesus sentia compaixão por  esse povo, eram “ como ovelhas sem pastor” e foi por eles e para eles, que saiu a pregar a Boa Nova.
Durante  os 3 anos de pregação, Jesus foi mostrando por que veio, qual a sua missão. Ele reuniu multidões, formou o grupo de 72 discípulos, separou os 12 apóstolos, tinha 3 mais íntimos, Pedro, Tiago e João, e destacou o Pedro a quem deixou a continuidade de sua proposta evangelizadora, a Igreja.
Jesus apresentou uma nova proposta de vida, baseada no amor, na solidariedade e na caridade, buscando a justiça. Ele propôs uma mudança de vida que abrange as estruturas sócias, criando uma sociedade fraterna e solidária.
Durante 3 anos pregou ao povo, reuniu multidões, que aos poucos foram se retirando, e aos pés da cruz ficaram poucos, porém cientes do seu compromisso com projeto do Reino de Deus.
 Há diferentes graus de fé, de participação e de compromisso pessoal com a comunidade, e para cada situação devemos dar uma resposta adequada, pois a fé é uma graça de Deus, e atingir os corações é a meta de todo aquele que quer anunciar a Boa Nova de Jesus.
O Evangelho de São Marcos  dá exemplo do agir de Jesus,  relata a pratica e atividades de Jesus, que através de sua ação foi revelando a vontade do Pai.
São destaques sete atitudes de Jesus:
1-     Mc 1, 17 – reúne pessoas para o seguirem.
Então, reunir pessoas em torno de Jesus, para uma experiência de comunidade, para viver em comunhão com Deus e testemunhar a Igreja. Saber viver em comunhão requer ternura pelo o ser humano, é ter compaixão  pelo outro. É saber partilhar, ser solidário com os mais necessitados. É fazer o outro sentir-se importante para Deus. Ser para o outro o rosto da Igreja, saber acolher com carinho cada irmão, fazer com que cada um sinta a alegria de ser cristão e a caminho da salvação. Enfim testemunhar que somos capazes de viver juntos como irmãos, do jeito que Jesus ensinou. Viver em comunidade.

2-    Mc 1, 21-22 – fala com autoridade.
Faz nascer a consciência critica, discernimento. Ajudar as pessoas a terem critérios de escolhas, o bem, o limite. O caminho da salvação passa por atitudes e posicionamentos bem concretos em relação ao que se passa em nossa volta. Não podemos querer fugir dos apelos que chegam até nós. É ilusão pensar que a Igreja está a parte do mundo, onde entram influencias externas tanto negativas como positivas.
Hoje existem temas que estão em discussão a nível mundial, questões como os embriões, homossexualidade, eutanásia, entre outros, e é preciso tomar uma posição a luz dos ensinamentos da Igreja.
Somos capazes de mudar, isso é uma conquista, é uma virtude. Assim missão é movimento, á ação mudança conversão. É deixar de ser o que era para vir a ser o que não era. É converter-se, é uma troca de identidade.

3-    Mc 1, 23-29. Manda até os espíritos maus.
Identificar o mal que estraga a vida. A nossa missão vai exigir preparo e discernimento, saber o que é essencial, ter argumentos para poder  convencer e converter.

4-    Mc 1, 29-31.  Curou e  segurou a mão,  mandou levantar-se.
Recuperar a dignidade humana. A evangelização abrange integralmente a pessoa, corpo e espírito. Somos todos imagem e semelhança de Deus. Não podemos permitir que nosso irmão passe necessidade. Alimentar o corpo, recuperar o irmão para servir a comunidade. Não bata ler estatísticas sobre a pobreza, é preciso dar prioridade a projetos que ajudam a mudar a situação.
É necessário que levemos o amor até os excluídos, até aqueles que estão nas prisões, aos drogados. Eles têm o direito de conhecer o amor, a verdade de Cristo, para poderem ser recuperados na sua dignidade e para receberem a luz.

5-    Mc 1, 35. Foi rezar em um lugar deserto.
Manter-se unido ao Pai por uma vida de oração. Precisamos nos disciplinar, cultivar o silencio e interiorização que nos faz crescer, que da sintonia com Deus.

6-    Mc 1, 36-39.  Vamos para as aldeias vizinhas.
Sair e ir espalhar o Evangelho a exemplo de Jesus é a nossa missão, não desanimar, sempre recomeçar, saber que somos apenas semeadores, que a colheita não é nossa. Ir até aqueles que estão distantes geograficamente e socialmente. Os pés nos ajudam a chegar mais perto, o pé ajuda a converter a cabeça e o coração. Leva-nos a ver e sentir a situação e toca o coração para transformar a realidade. Ir para outros lugares, eis a missão.

7-     Mc 1, 40-45. Não conte nada a ninguém.
Reconduzir o excluído a convivência, a Igreja deve ser sinal vivo de que é possível organizar as relações humanas, com prioridade absoluta a caridade fraterna. A missão deve fortalecer o trabalho da Igreja neste sentido. Jesus não andou com os mais santos, andou no meio do povo simples, excluído, doente e pecador.

Não há como ser cristão sem defender os pequenos, pois a missão nasce da contemplação de Jesus, que tem um projeto de vida para toda a humanidade, o Reino de Deus.
A fé de Jesus exige que se coloque a vida humana como prioridade por que entende que é isso que o Pai quer.
     
                                                 Maria Ronety Canibal                           


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