Rosa Pich apresenta hoje, na cidade de Pamplona, Espanha, o seu livro: "Como ser feliz com 1, 2, 3... filhos?"
Por Thácio Lincon Soares de Siqueira
ROMA, 21 de Fevereiro de 2014 (Zenit.org) - É cada vez mais difícil ver uma família
com mais de dois ou três filhos... agora, imaginar uma com dezoito é algo que
supera até os contos de fadas ou os nossos avós.
Pois bem, hoje, Rosa Pich está apresentando na cidade de Pamplona, na
Espanha, o seu livro: “Como ser feliz com 1, 2, 3... filhos?”
“É um livro muito prático para católicos, protestantes, budistas... Está
pensado para uma família com um ou dois filhos, porém escrito a partir da
experiência de ter 18 e de ter vindo de uma família numerosa”, diz Pich em
entrevista concedida ao jornal Diário de Navarra.
Rosa Pich e seu marido Chema Postigo, de 48 e 53 anos respectivamente têm 18
filhos. Ela vem de uma família com 15 irmãos e ele de uma com 14. Casaram-se
quando ela cumpriu 23 anos e ele 28.
Apesar da contrariedade dos médicos seguiram adiante. Disse rosa que “Três
dos nossos filhos morreram com doenças do coração severas e o médico nos disse:
‘Não tenham mais filhos’.
Pensando na educação que queriam oferecer aos seus filhos Pich afirmou que “o
melhor que podemos dar aos nossos filhos são irmãos”.
Alimentação e ajuda
Como alimentar um exército tão grande? “Não comemos só frango”, já que, como
afirmou a mãe, dois frangos são suficientes para toda a família. “Primeiramente
preparamos um quilo de arroz ou espaguete, que custa entre 0,80 e 0,90 centavos
e enche muito. Somos de comer muito macarrão. Os meus filhos são esportistas e
comilões. Além do mais, não faz falta comer tanta carne. E acompanhamos tudo com
pão”. Uma média de 10 barras de pão por dia, aproveitando o desconto de 0,20
centavos que uma padaria oferece para a família.
Recebem alguma ajuda do Estado? “A única é da Renfe. O Estado tem que se
mexer. É necessário incentivar a natalidade, porque nos transformaremos em um
país de velhos. O problema não é a falta de comida, porque se desperdiça. O
problema é que está mal distribuída”.
Ter filhos é ser feliz
Rosa comentou que o pior não é ter filhos aos 40, mas ficar só nessa idade.
“Ter filhos é ser muito feliz”, disse. “Parece-me que é preciso aprender que é
possível viver com muito pouco. O importante – destacou Pich – e o que a cada
dia como mãe tento ensinar aos filhos, é que é preciso dar-se aos demais e desde
muito pequeno. Na rua vemos muita gente triste e é por não pensar nos
demais”.
Obviamente que uma família tão numerosa não é um convento de monjas. Diz Rosa
Pich que “Na minha casa existem momentos de caos, caos. Um precisa cortar o
cabelo, outro aconteceu algo na escola... Mas é preciso buscar um momento para
si mesmo. As vezes digo: ‘Mamãe está saindo’. Fecho a porta e dou uma volta no
quarteirão. Também, depois de comer e jantar, temos um momento de conversa e
depois cada um pega seu livro”.
Concluindo a entrevista ao Diario de Navarra Pich quis deixar uma palavra aos
seus pais: “Obrigado, obrigado, obrigado. Ser uma família numerosa implica
muitas renúncias e eles me deram tudo e sempre com alegria. Mãezinha, lembro-me
que eu lhe perguntava: e quando você vai descansar? E me respondia: “na outra
vida”.
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