O Mestre de Cerimônias Papal, Monsenhor Guido Marini exorta a manter vivas as tradições musicais e o presépio
Por Sergio Mora
ROMA, 18 de Dezembro de 2013 (Zenit.org) -
Na igreja de Santa Maria in Navicella,
mais conhecida como “Igreja Nova”, situada entre o Vaticano e o centro histórico
de Roma, no passado 14 de dezembro, o Coro pontifício da Capela Sistina teve um
concerto de Natal, que começou com um canto gregoriano e terminou com um Adeste
Fidelis, em uma versão que acrescenta uma parte da versão britânica, que entrou
no repertório depois de que o coro da Sistina cantou com o coro anglicano de
Westminster , em Londres.
Concluído o evento, o Mestre de Cerimônias, monsenhor Guido Marini, dirigiu
algumas palavras aos presentes e ao coro dirigido pelo salesiano mons. Massimo
Palombella, agradecendo-lhes não só pelo concerto do sábado passado, mas por
todo o trabalho feito durante o ano, nas celebrações litúrgicas do Papa.
Olhando para o coro, Monsenhor Marini acrescentou: "Vocês tem esta grande
graça e esta grande tarefa de ser de alguma forma o eco do canto dos anjos na
liturgia, e agradecemos isso”. Depois exteriorizou este pensamento: “ao mesmo
tempo sabemos que não podemos cantar com as nossas vozes como na Capela Sistina
e muito menos como os anjos do Natal, mas podemos de alguma forma glorificar com
a nossa vida, e na medida em que está em sintonia com o Senhor, a nossa vida se
torna um canto de glória”.
"O que desejamos este ano é isso: que depois de ter participado deste
concerto e de ter ir ido com o pensamento na gruta de Belém, os anjos que cantam
nos ajudem a recordar que a nossa vida é autêntica na medida em que se torna um
canto e adere sempre mais à vontade de Deus”, disse.
" Porque o voto mais belo que podemos desejar a quem canta – acrescentou
Monsenhor Marini – não é somente que esta experiência do canto possa continuar
mas também e especialmente que a sua vida possa ser um canto”.
Após a cerimônia, perguntado por ZENIT sobre a importância de que as famílias
se comprometam a armar o presépio e também de organizar algum canto para Jesus
Menino, Marini disse: “Acho que seja importante, porque a tradição do presépio,
assim como nasceu no coração e na mente de São Francisco, é justamente o desejo
de fazer sensível, palpável de alguma forma, o mistério grande do Natal. Em uma
forma também muito popular, portanto muito compreensível também a todos. Assim,
acho que manter viva esta tradição, consolidá-la, alimentá-la seja muito
importante para que se possa realmente ter familiaridade com o coração do
mistério do Natal”.
"E, ao mesmo tempo - disse o mestre de cerimônias do Papa – o canto do natal
entre as famílias, nesta dimensão popular do canto , é importante porque é um
reflexo do canto angelical e, especialmente no Natal, a nossa vida deve ser um
canto e o é na medida em que aderimos àquele Deus que se faz criança”.
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