sábado, 16 de novembro de 2013

Jerusalém e o desafio de evangelizar



 (Zenit.org) Rachel Lemos Abdalla 

Quando Jesus se aproximou de Jerusalém e viu a cidade, começou a chorar (Lucas 19,41-44). Ele chega, vindo do leste, passando pelos pequenos e humildes povoados de Betfagé e Betânia, montado num jumento, mostrando o tipo de realeza que exercia, da paz e da humildade, em oposição aos reis que iam para a guerra montados em cavalos. Esse exemplo de Jesus nos remete a pensar sobre os lugares que a catequese tem passado, como ela se apresenta e onde quer chegar.
A oportunidade de apontar o caminho a ser seguido não pode ser deixada para trás. Segundo o documento de Aparecida: “A nossa maior alegria é ser discípulos de Jesus! Ele chama cada um de nós pelo seu nome, conhecendo profundamente a nossa história (cf. Jo 10,3), para conviver com Ele e enviar-nos a continuar a sua missão (cf. Mc 3,14-15).”
Jesus tinha um propósito em Jerusalém: cumprir a missão que o Pai lhe deu, doar-se até o extremo por amor. Assim, todo discípulo missionário deve ser também, sem desanimar diante dos desafios que se apresentam continuamente, pois, a sua força vem da Palavra de Deus é o cajado que o sustenta de pé.
Pais, catequistas e todo o povo de Deus, que é chamado a ser discípulo missionário, têm o compromisso de ser testemunha da sua fé e do amor de Cristo pelos homens. Muito mais do que ensinar a doutrina, a prática cristã nos encontros de catequese e na vida é a melhor forma de educar e ensinar, pois ela é o espelho da nossa fé que reflete na comunidade, na sociedade e no mundo.
Ainda temos fiéis que batem à porta da nossa Igreja, pois Jesus prometeu que ela nunca seria destruída ao declarar para Pedro: tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja; as portas do inferno não prevalecerão contra ela (Mt 16,16). E nós, como temos recebido esses irmãos que nos procuram? Nós somos os responsáveis por não deixar que as portas de Igreja se fechem! Cada dia mais, ela precisa de pessoas alegres e dispostas, com um sorriso no rosto e confiantes, felizes por conhecerem e caminharem ao lado de Jesus Cristo, acolhendo aqueles que dela se aproximam, e levando esse mesmo dinamismo por onde passam.
Jesus chorou porque Jerusalém não O reconheceu e seria destruída mais tarde. Hoje, também nós choramos pelo mesmo motivo! Quantas famílias, jovens e crianças se encontram à margem da espiritualidade cristã, sem nenhum tipo de orientação e formação que os sustentem no amor, tornando-se vítimas da aridez que o mundo passa! Jesus chorou assim como muitos choram a nossa dureza, a nossa falta de paciência, a nossa visão distorcida, a nossa falta de caridade e de amor.
Como você tem praticado o amor em sua vida e entre os seus? Somente no seu amor próprio? Ou se esforça e trabalha seus sentimentos e seu compromisso com Cristo, em prol do amor que Ele veio ensinar?
Evangelizar é fazer com que as pessoas conheçam Jesus, o Filho de Deus que se fez Homem entre os homens para ensinar o verdadeiro Amor. Foi assim que Jesus fez, se dando a conhecer por onde passava, entre pobres e ricos, sadios e doentes, demonstrando o seu Amor por todos, abrindo as portas do Reino de Deus. Essa evangelização se dá, hoje, a partir experiência do encontro pessoal que cada um tem com Cristo, refletindo, na vida do outro, a Luz que provém do próprio Deus, iluminando o Caminho que o próprio Cristo abriu e trilhou.

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