segunda-feira, 22 de julho de 2013

SEMANA MISSIONÁRIA - JMJ



Caros diocesanos, caros jovens. Vivemos a graça da Jornada Mundial da Juventude, com milhares de jovens se preparando e se dirigindo para o Rio de Janeiro, vindos de todas as partes do mundo católico, a fim de participar de um evento extraordinário, inclusive com a presença do Papa Francisco. Após um longo período de iniciativas preparatórias, chega-se à Semana Missionária e ao evento maior do Rio, com o lema, de cunho missionário: “Ide e fazei discípulos entre todas as nações” (Mt 28, 19). A Diocese de Uruguaiana vive o ano da Missão, portanto, acompanhando ao natural o espírito missionário da Jornada Mundial da Juventude. Novamente nos damos conta que a missão não é uma questão opcional, mas está inerente ao nosso ser cristão, pertencendo à nossa identidade, desde o batismo, como lembra o Documento de Aparecida: “Os fiéis, em virtude de seu batismo, são chamados a ser discípulos missionários de Jesus Cristo” (DAp 10). Esta missão é a mesma de Jesus. É por causa dela que temos uma Igreja e não o contrário. A missão é a razão de ser da Igreja, pois a dimensão missionária é o coração da Igreja. Portanto, se ela não for missionária, perde sua razão de ser ou deixa de ser Igreja.
O lema da Jornada Mundial recorda a missão que Jesus deixou aos discípulos, antes de partir. É como seu testamento: “Ide e fazei discípulos entre todas as nações” (Mt 28, 19). A Igreja, como Povo de Deus, quer ser fiel a esta missão no mundo inteiro, ou seja, uma fidelidade missionária que atinja todas as estruturas pastorais, movimentos, organismos, congregações, serviços, associações, escolas, entidades, grupos... Ninguém pode dispensar a convocação do “Ide”, qual imperativo que impulsiona para a missão; o que fica muito claro com a conhecida frase de São Paulo: “Ai de mim se não evangelizar” (1Cor 9, 16).
A Jornada Mundial da Juventude quer ser um apelo missionário todo particular para os jovens a fim de que sejam evangelizados e para que participem do processo evangelizador, sobretudo em relação aos próprios jovens, como lembrava o Papa Paulo VI: “É necessário que os jovens, bem formados na fé e na oração, se tornem cada vez mais os apóstolos da juventude. A Igreja põe grandes esperanças na sua generosa contribuição nesse sentido” (EN 72). Estas palavras evocam o Documento de Aparecida, ao afirmar: “Quando cresce no cristão a consciência de se pertencer a Cristo, em razão da gratuidade e alegria que produz, cresce também o ímpeto de comunicar a todos o dom desse encontro. A missão não se limita a um programa ou projeto, mas em compartilhar a experiência do acontecimento do encontro com Cristo, testemunhá-lo e anunciá-lo de pessoa a pessoa, de comunidade a comunidade e da Igreja a todos os confins do mundo” (At 1,8; DAp 145).
Caros jovens, concluímos nossa mensagem com a convocação que o manual de instruções para a Semana Missionária vos faz: “Nesta Semana Missionária em especial, vocês são chamados a colocarem em prática o que desde o batismo receberam; com certeza esta Semana Missionária irá aguçar seu espírito para estarem sempre prontos para a missão que não é uma moda que passará, mas que deverá ser vivida dia-a-dia em sua comunidade, em estado permanente. Assim sejamos jovens sempre conectados à vontade de Deus que nos pergunta: ‘Quem enviarei?’ E sem medo responderemos: ‘Eis-me aqui, envia-me!’”.
Que nossa Mãe Conquistadora acompanhe os peregrinos e abençoe a Semana Missionária e o evento da Jornada no Rio, a fim de que aconteça sempre mais a evangelização da juventude.
Dom Aloísio A. Dilli - Bispo de Uruguaiana

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