segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

FAMILIA NESTE CONTEXTO SOCIAL







           Estamos vivendo em uma sociedade capitalista, regida pelo dinheiro. O outro sempre é um concorrente, o qual eu preciso derrotar, de qualquer maneira para eu poder alcançar o sucesso.
          Estamos vivendo um tempo que a vida não tem valor, um tempo de corrupção e traição, um mundo egoísta e individualista.
           Um mundo violento, onde principalmente os jovens estão vivendo sem limites, e caindo nos vícios, tanto da bebida como da luxuria, quando não vão para as drogas mais pesadas.
 
          É isso que queremos para as nossas crianças?
          É esse o mundo que Deus quer para seus filhos?
          O que fazer?
        
          São Paulo nos diz que: “devemos viver no mundo sem ser do mundo”. Somos filhos de Deus, não filhos do mundo, o nosso caminho é para Deus. Jesus nos deixou um caminho para Deus. A Igreja.
           A Igreja é a família de Deus aqui no mundo. Todo o batizado faz parte desta grande família, que tem como meta viver o amor fraterno.
           A vivencia do amor inicia na família, que é constituída de pai, mãe e filhos. Jesus nasceu em uma família, cresceu em estatura, graça e sabedoria junto de seus pais.
          A família é sagrada, pois é o lugar privilegiado do amor, ali surge à vida e a vida é um dom de Deus. É na família que a criança vai crescer e deve, portanto, receber os primeiros ensinamentos cristãos, aprender os valores éticos e morais que vão permanecer por toda a sua vida, para tornar-se um adulto equilibrado, consciente e comprometido com a Verdade.
          Em 2Tm 3, 15-17, São Paulo afirma: “ E desde a infância conheces as Sagradas Escrituras e sabes que elas têm o condão de te proporcionar a sabedoria que conduz a salvação, pela fé em Jesus Cristo. Toda a Escritura é inspirada por Deus, e útil para ensinar, para repreender, para corrigir e para formar na justiça. Por ela, o homem de Deus se torna perfeito para toda boa obra.”
           A família é o menor grupo natural, a menor comunidade e tem a responsabilidade com a Igreja e a sociedade, de criar pessoas de bem, educadas para a vida e para o amor fraterno.
            Cabe a família educar para a fé, através da vivencia do amor, da oração e da participação na comunidade de fé. Precisa ser fiel aos ensinamentos de Cristo, pois os pais têm o dever de prover as necessidades físicas e espirituais de seus filhos.
            O Catecismo da Igreja no artigo 2685 diz: A  família cristã é o primeiro lugar da educação para a oração. Fundada sobre o sacramento do matrimonio, ele é a Igreja domestica, onde os filhos de Deus aprendem a orar na Igreja e perseverar na oração. Para as crianças , particularmente a oração familiar cotidiana é a primeira testemunha da memória viva da Igreja reavivada pacientemente pelo Espírito Santo.”
              A melhor maneira de ensinarmos nossas crianças é com exemplos, pois não podemos querer façam algo que nunca nos virar fazer. Somos para nossos filhos um referencial muito forte, por isso precisamos praticar o que queremos ensinar.
              Como posso querer que meu filho vá a missa se eu nunca vou?
              Como posso querer que meu filho seja amável se eu sou áspera ?
               Como posso querer que meu filho seja honesto se eu minto?
               Teríamos muitas perguntas fazer, precisamos nos conscientizar, de que como família não estamos de fato cumprindo o nosso dever.
              No corre-corre do dia a dia, não há mais tempo para dedicar as crianças. A mãe  também trabalha fora para poder sustentar a casa, para dar mais conforto e satisfazer os caprichos dos filhos.
             Hoje, substitui-se a falta de tempo para com as crianças com presentes. A mãe não cuida das crianças. E a família sem perceber esta delegando a outros o privilégio de ensinar os filhos.
               Já desde tenra idade as crianças estão na creche, sendo ensinados por estranhos. Depois os pais passam a responsabilidade para a escola. E na parte espiritual querem que a catequista transforme cada criança como que num passe de mágica.
                Mas responsabilidade é da família.
                 O Catecismo da Igreja afirma nos artigos 2224, 5,6 e 7 que:
O lar constitui um ambiente natural para a iniciação do ser humano na solidariedade e nas responsabilidades comunitárias. Os pais ensinarão os filhos a se precaverem dos comprometimentos e das desordens que ameaçam as sociedades humanas.”
“Pela graça do sacramento do matrimonio, os pais receberam a responsabilidade e o privilegio de evangelizar os filhos. Por isso os iniciarão desde a tenra idade nos mistérios da fé, da qual são para os filhos os primeiros arautos. Associá-los desde a primeira infância a vida da Igreja. A experiência da vida em família pode alimentar as disposições afetivas que por toda a vida constituirão autênticos preâmbulos e apoios de uma vida de fé.”
“A educação para a fé por parte dos pais deve começar desde a mais tenra infância. Ocorre já quando os membros da família se ajudam a crescer na fé pelo testemunho de uma vida cristã de acordo com o Evangelho. A catequese familiar precede, acompanha e enriquece as outras formas de ensinamentos da fé. Os pais têm a missão de ensinar os filhos a orar e a descobrir sua vocação de filhos de Deus. A paróquia é a comunidade eucarística e o centro da a vida litúrgica das famílias cristãs ; ela é um lugar privilegiado da catequese dos filhos e dos pais.”
“Os filhos, por sua vez, contribuem para o crescimento de seus pais em santidade. Todos e cada um se darão generosamente e sem se cansar o perdão mutuo pelas ofensas, as rixas, as injustiças e os abandonos. Sugere-o a mutua afeição. Exige-o a caridade de Cristo.”
                                                                    Maria Ronety Canibal
     

Nenhum comentário:

Postar um comentário