Estamos vivendo em uma sociedade capitalista, regida pelo dinheiro. O
outro sempre é um concorrente, o qual eu preciso derrotar, de qualquer maneira
para eu poder alcançar o sucesso.
Estamos vivendo um tempo que a vida não tem valor, um tempo de corrupção
e traição, um mundo egoísta e individualista.
Um
mundo violento, onde principalmente os jovens estão vivendo sem limites, e
caindo nos vícios, tanto da bebida como da luxuria, quando não vão para as
drogas mais pesadas.
É isso
que queremos para as nossas crianças?
É esse
o mundo que Deus quer para seus filhos?
O que
fazer?
São
Paulo nos diz que: “devemos viver no mundo sem ser do mundo”. Somos filhos de
Deus, não filhos do mundo, o nosso caminho é para Deus. Jesus nos deixou um
caminho para Deus. A Igreja.
A
Igreja é a família de Deus aqui no mundo. Todo o batizado faz parte desta
grande família, que tem como meta viver o amor fraterno.
A
vivencia do amor inicia na família, que é constituída de pai, mãe e filhos.
Jesus nasceu em uma família, cresceu em estatura, graça e sabedoria junto de
seus pais.
A
família é sagrada, pois é o lugar privilegiado do amor, ali surge à vida e a
vida é um dom de Deus. É na família que a criança vai crescer e deve, portanto,
receber os primeiros ensinamentos cristãos, aprender os valores éticos e morais
que vão permanecer por toda a sua vida, para tornar-se um adulto equilibrado,
consciente e comprometido com a Verdade.
Em
2Tm 3, 15-17, São Paulo afirma: “ E desde a infância conheces as Sagradas
Escrituras e sabes que elas têm o condão de te proporcionar a sabedoria que
conduz a salvação, pela fé em Jesus Cristo. Toda a Escritura é inspirada por
Deus, e útil para ensinar, para repreender, para corrigir e para formar na
justiça. Por ela, o homem de Deus se torna perfeito para toda boa obra.”
A
família é o menor grupo natural, a menor comunidade e tem a responsabilidade
com a Igreja e a sociedade, de criar pessoas de bem, educadas para a vida e
para o amor fraterno.
Cabe
a família educar para a fé, através da vivencia do amor, da oração e da
participação na comunidade de fé. Precisa ser fiel aos ensinamentos de Cristo,
pois os pais têm o dever de prover as necessidades físicas e espirituais de
seus filhos.
O
Catecismo da Igreja no artigo 2685 diz: “
A
família cristã é o primeiro lugar da educação para a oração. Fundada
sobre o sacramento do matrimonio, ele é a Igreja domestica, onde os filhos de
Deus aprendem a orar na Igreja e perseverar na oração. Para as crianças ,
particularmente a oração familiar cotidiana é a primeira testemunha da memória
viva da Igreja reavivada pacientemente pelo Espírito Santo.”
A
melhor maneira de ensinarmos nossas crianças é com exemplos, pois não podemos
querer façam algo que nunca nos virar fazer. Somos para nossos filhos um
referencial muito forte, por isso precisamos praticar o que queremos ensinar.
Como posso querer que meu filho vá a missa se eu nunca vou?
Como posso querer que meu filho seja amável se eu sou áspera ?
Como posso querer que meu filho seja honesto se eu minto?
Teríamos muitas perguntas fazer, precisamos nos conscientizar, de que
como família não estamos de fato cumprindo o nosso dever.
No
corre-corre do dia a dia, não há mais tempo para dedicar as crianças. A
mãe também trabalha fora para poder
sustentar a casa, para dar mais conforto e satisfazer os caprichos dos filhos.
Hoje, substitui-se a falta de tempo para com as crianças com presentes.
A mãe não cuida das crianças. E a família sem perceber esta delegando a outros
o privilégio de ensinar os filhos.
Já desde tenra idade as crianças estão na creche, sendo ensinados por
estranhos. Depois os pais passam a responsabilidade para a escola. E na parte
espiritual querem que a catequista transforme cada criança como que num passe
de mágica.
Mas responsabilidade é da família.
O Catecismo da Igreja afirma nos artigos 2224, 5,6 e 7 que:
“ O lar constitui um ambiente natural para a
iniciação do ser humano na solidariedade e nas responsabilidades comunitárias.
Os pais ensinarão os filhos a se precaverem dos comprometimentos e das
desordens que ameaçam as sociedades humanas.”
“Pela graça do sacramento do matrimonio, os pais
receberam a responsabilidade e o privilegio de evangelizar os filhos. Por isso
os iniciarão desde a tenra idade nos mistérios da fé, da qual são para os
filhos os primeiros arautos. Associá-los desde a primeira infância a vida da
Igreja. A experiência da vida em família pode alimentar as disposições afetivas
que por toda a vida constituirão autênticos preâmbulos e apoios de uma vida de
fé.”
“A educação para a fé por parte dos pais deve começar
desde a mais tenra infância. Ocorre já quando os membros da família se ajudam a
crescer na fé pelo testemunho de uma vida cristã de acordo com o Evangelho. A
catequese familiar precede, acompanha e enriquece as outras formas de
ensinamentos da fé. Os pais têm a missão de ensinar os filhos a orar e a
descobrir sua vocação de filhos de Deus. A paróquia é a comunidade eucarística
e o centro da a vida litúrgica das famílias cristãs ; ela é um lugar
privilegiado da catequese dos filhos e dos pais.”
“Os filhos, por sua vez, contribuem para o crescimento
de seus pais em santidade. Todos e cada um se darão generosamente e sem se
cansar o perdão mutuo pelas ofensas, as rixas, as injustiças e os abandonos.
Sugere-o a mutua afeição. Exige-o a caridade de Cristo.”
Maria Ronety Canibal