Caros diocesanos. Chegamos ao quarto e último capítulo da Carta Encíclica – Lumen Fidei (A Luz da Fé) que o Papa Francisco publicou no final de junho de 2013. Depois de ter refletido sobre a fé como encontro, como resposta ao amor gratuito de Deus (primeiro capítulo), acentuou que é imprescindível que a pessoa humana construa sua fé sobre a verdade objetiva – presença do Deus fiel -, pois sem ela não subsiste na instabilidade da vida (segundo capítulo). O Papa Francisco também afirmou que não se pode crer sozinho. O dom da fé não pode ser guardado para si mesmo, mas realiza-se na comunhão eclesial. Ele precisa ecoar para os outros, em todos os tempos, convidando-os para a mesma alegria da vida nova que brota da fé. É necessária a harmonia entre o creio pessoal e o cremos eclesial. A fé não é transmissão simplesmente doutrinal, mas visa transformar-nos pelo que professamos e celebramos, sobretudo nos sacramentos. Nesse caminho ao encontro do Deus Vivo recebem ainda importância especial na memória da Igreja o Símbolo da Fé, o Pai Nosso e o Decálogo (terceiro capítulo). No quarto e último capítulo da Lumen Fidei o Papa Francisco apresenta a fé como edificação: “Preparação de um lugar onde os homens possam habitar uns com os outros” (LF 50). Deus quer preparar para seu povo uma cidade com alicerces estáveis: “A fé revela quão firmes podem ser os vínculos entre os homens, quando Deus Se torna presente no meio deles” (LF 50). Percebemos que a fé é amiga do ser humano; não afasta do mundo, não visa somente uma cidade eterna, mas torna-se bem comum, com esperança para o futuro: “As mãos da fé levantam-se para o céu, mas fazem-no ao mesmo tempo que edificam, na caridade, uma cidade construída sobre relações que têm como alicerce o amor de Deus” (LF 51).
Na construção da cidade dos homens, a partir da fé, destaca-se primeiramente a família, onde acontece a união estável do homem e da mulher, no matrimônio, que nasce do seu amor, sinal e presença do amor de Deus, capazes de gerar nova vida: “Fundados sobre este amor, homem e mulher podem prometer-se amor mútuo com um gesto que compromete a vida inteira e que lembra muitos traços da fé: prometer um amor que dure para sempre é possível quando se descobre um desígnio maior que os próprios projetos, que nos sustenta e permite doar o futuro inteiro à pessoa amada” (LF 52). A fé acompanha todas as etapas da vida, atraindo para a vocação do amor (LF 53). A fé é também uma luz para vida da sociedade. Na história já se tentou construir fraternidade universal, mas sem Pai comum e não subsistiu: “O homem descobre que Deus quer fazer a todos participar como irmãos da única bênção, que encontra a sua plenitude em Jesus, para que todos se tornem um só” (LF 54). A fé respeita a dignidade das pessoas e olha a natureza como dom. Quando esmorece a fé, esmorecem os fundamentos da vida: “Se tiramos a fé em Deus das nossas cidades, enfraquecer-se-á a confiança entre nós, apenas o medo nos manterá unidos, e a estabilidade ficará ameaçada” (LF 55). Segue ainda uma palavra sobre o sofrimento humano: “O cristão sabe que o sofrimento não pode ser eliminado, mas pode adquirir um sentido: pode tornar-se ato de amor, entrega nas mãos de Deus que não nos abandona... A fé não é luz que dissipa todas as nossas trevas, mas lâmpada que guia os nossos passos na noite, e isto basta para o caminho” (LF 57). O Papa Francisco conclui com bela integração entre as virtudes teologais: “Unida à fé e à caridade, a esperança projeta-nos para um futuro certo, que se coloca numa perspectiva diferente relativamente às propostas ilusórias dos ídolos do mundo, mas que dá novo impulso e nova força à vida de todos os dias. Não deixemos que nos roubem a esperança” (LF 57).
Na construção da cidade dos homens, a partir da fé, destaca-se primeiramente a família, onde acontece a união estável do homem e da mulher, no matrimônio, que nasce do seu amor, sinal e presença do amor de Deus, capazes de gerar nova vida: “Fundados sobre este amor, homem e mulher podem prometer-se amor mútuo com um gesto que compromete a vida inteira e que lembra muitos traços da fé: prometer um amor que dure para sempre é possível quando se descobre um desígnio maior que os próprios projetos, que nos sustenta e permite doar o futuro inteiro à pessoa amada” (LF 52). A fé acompanha todas as etapas da vida, atraindo para a vocação do amor (LF 53). A fé é também uma luz para vida da sociedade. Na história já se tentou construir fraternidade universal, mas sem Pai comum e não subsistiu: “O homem descobre que Deus quer fazer a todos participar como irmãos da única bênção, que encontra a sua plenitude em Jesus, para que todos se tornem um só” (LF 54). A fé respeita a dignidade das pessoas e olha a natureza como dom. Quando esmorece a fé, esmorecem os fundamentos da vida: “Se tiramos a fé em Deus das nossas cidades, enfraquecer-se-á a confiança entre nós, apenas o medo nos manterá unidos, e a estabilidade ficará ameaçada” (LF 55). Segue ainda uma palavra sobre o sofrimento humano: “O cristão sabe que o sofrimento não pode ser eliminado, mas pode adquirir um sentido: pode tornar-se ato de amor, entrega nas mãos de Deus que não nos abandona... A fé não é luz que dissipa todas as nossas trevas, mas lâmpada que guia os nossos passos na noite, e isto basta para o caminho” (LF 57). O Papa Francisco conclui com bela integração entre as virtudes teologais: “Unida à fé e à caridade, a esperança projeta-nos para um futuro certo, que se coloca numa perspectiva diferente relativamente às propostas ilusórias dos ídolos do mundo, mas que dá novo impulso e nova força à vida de todos os dias. Não deixemos que nos roubem a esperança” (LF 57).
Dom Aloísio A. Dilli - Bispo de Uruguaiana
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